‘Hipster da Federal’ é afastado do cargo após exposição em redes sociais e programa de TV

O agente da Polícia Federal Lucas Valença, que ganhou fama repentina ao escoltar Eduardo Cunha durante a prisão do ex-deputado, foi afastado do cargo e vai tirar férias forçadas. A informação foi divulgada pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, e confirmada por Luís Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policias Federais.

O motivo da punição teria sido a grande exposição em veículos de comunicação e redes sociais após a prisão de Cunha em Curitiba, na semana passada. O estilo do rapaz chamou atenção e suas fotos na praia com os amigos e com os cachorros de estimação viralizaram na internet. Após o episódio, policiais foram orientados a usar máscaras nas prisões de maior repercussão. 

Nesta segunda-feira (24), o ‘hipster da federal’ foi convidado do programa Encontro com Fátima Bernardes e riu quando a apresentadora perguntou se houve alguma turbulência no voo entre Rio de Janeiro e Curitiba. 

No programa, ele falou sobre a repercussão da fama repentina. “Tinha uns mil amigos e agora tem mais de 200 mil. Não consigo mais responder para todo mundo.”

Assista:

‘Hipster da Federal’ vai responder a processo disciplinar após aparecer no programa ‘Encontro’

Após conceder entrevistas e participar de programas de TV, Lucas Valença, o “hipster da Federal”, vai receber um processo disciplinar da Polícia Federal (PF) por desrespeitar as normas da instituição.  
 
Na manhã desta segunda-feira (25), Valença foi um dos convidados no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da TV Globo. Questionado sobre o trabalho, o policial disse que não poderia falar detalhes sobre sua rotina, no entanto, confirmou com a cabeça que acompanhou Cunha no voo. Segundo a PF, os membros da corporação não têm autorização para dar declarações relacionadas ao trabalho no órgão sem consentimento da própria instituição. 
 
No palco, o agente ainda falou sobre a fama repentina após escoltar o deputado cassado Eduardo Cunha para o embarque no avião da PF, que levou o ex-presidente da Câmara dos Deputados a Curitiba.
 
Natural da cidade de Posse, região Norte de Goiás, Lucas disse que após toda a repercussão “vai dar um tempo” nas redes sociais.
 
Para evitar novas polêmicas, a PF determinou o uso de máscaras dos agentes durantes as operações.
 

Após sucesso na web, ‘hipster da Federal’ manda recado sobre prisão de Eduardo Cunha: ‘honrado’

O goiano Lucas Valença, que ganhou fama instantânea durante a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, quebrou o silêncio e postou um vídeo comentando a repercussão nas redes sociais. Apelidado de “hipster da Federal”, ele conquistou milhares de fãs e seguidores após escoltar Cunha.

Sem camisa, o policial publicou um vídeo em seu perfil pessoal no Instagram onde revela estar surpreso com a fama: “Bom dia galera, eu nem sei bem por onde começar. Não tinha aparecido até hoje porque estou surpreso com toda essa repercussão e tudo isso que está acontecendo“, explicou. Nas redes sociais, o rapaz já acumula mais de 192 000 de seguidores. 

O post foi feito na manhã deste sábado (22).

Assista:  

Agentes da PF usam máscara após episódio do ‘Lenhador da Federal’

Após a repercussão da aparência de um dos agentes que participaram da prisão de Eduardo Cunha, que ganhou notoriedade na internet como “Lenhador da Federal”, policiais que participam da Lava Jato foram orientados a usar máscaras para evitar a exposição. O acessório já foi usado para a escolta do ex-presidente da Câmara ao IML (Instituto de Medicina-Legal) na quinta (20), onde ele realizou exame de corpo de delito. 

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a orientação foi para “evitar exposição” – tal como a do agente que foi apelidado em redes sociais como “Lenhador da PF” e atuou na prisão de Cunha, em Brasília, no dia anterior.

A assessoria da PF nega e diz que é prerrogativa dos policiais usarem ou não a balaclava, como ocorreu em operações anteriores.

Muitos agentes preferem vestir a máscara porque precisam do anonimato, por trabalharem infiltrados ou em regiões de conflito.

Antes do caso do “Lenhador”, outro policial federal havia ganho notoriedade com a exposição em escoltas da Operação Lava Jato.

Newton Ishii, conhecido como “Japonês da Federal”, virou tema de uma marchinha de Carnaval e foi lembrado em protestos.