Eleição em Anápolis conta com nove pré-candidatos a prefeito na disputa por 292 mil votos

Mais de 292 mil eleitores estão aptos a comparecer às urnas daqui a seis meses para escolher o novo prefeito de Anápolis. Apesar do prazo para registro de candidaturas na Justiça Eleitoral terminar em 15 de agosto, o cenário da disputa começou a ser desenhado e promete poucas surpresas nas definições dos candidatos majoritários.

O primeiro a lançar pré-candidatura foi o deputado estadual Antônio Gomide (PT). Ex-prefeito da cidade por dois mandatos, o parlamentar lidera todas as pesquisas de intenção de voto, mas tem como principal desafio encontrar um candidato a vice-prefeito que seja filiado a um partido de centro ou centro-esquerda. Gomide é o candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também já definiu seu pré-candidato em Anápolis. Será o suplente de deputado federal Márcio Corrêa, que deixou o MDB e migrou para o partido de Bolsonaro na tentativa de capitalizar o eleitorado da direita.

A base aliada do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) lançou a ex-secretária de Educação, Eerizânia de Freitas. Ela deixou o Republicanos, com as bênçãos do prefeito Roberto Naves, e migrou para a legenda de Caiado. O PSDB, por sua vez, anunciou a pré-candidatura do advogado Hélio Lopes. Ex-presidente do Ipasgo e da Apae, Lopes é o nome apoiado pelo ex-governador Marconi Perillo, que tenta recuperar espaço político em cidades-chave do Estado.

 

O vereador Lisieux José Borges abandonou o PT e para disputar a prefeitura pelo PSB. A intenção em concorrer ao cargo já havia sido anunciada em 2020, logo depois de ser eleito vereador. O PSOL, por sua vez, aposta no advogado Eugênio Lourenço Dias. Ex-candidata a vereadora nas eleições de 2020, a advogada Mariane Stival, por sua vez, anunciou que vai disputar a prefeitura pelo PDT.

Um dos nomes mais tradicionais da política Anapolina, José de Lima (PMB) também é pré-candidato a prefeito. Hélio já foi vereador e deputado estadual. Por fim, o empresário Karim Abrahão saiu do Partido Novo e garante que será candidato a prefeito pelo PSD. Segundo ele, sua pré-candidatura conta com o apoio do senador Vanderlan Cardoso.


 

Quem leva a melhor? Márcio Corrêa e Márcio Cândido disputam aval de Bolsonaro em Anápolis

O vice-prefeito de Anápolis, Márcio Cândido (PSD), e o empresário e suplente de deputado federal, Márcio Côrrea, intensificaram a disputa pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro. Os dois são pré-candidatos a prefeito e apostam nos votos bolsonaristas como forma de evitar que o ex-prefeito Antônio Gomide (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, vença o pleito.

A batalha entre os dois pré-candidatos movimentou as redes sociais nesta semana. Na segunda-feira (18/03), o vice-prefeito repercutiu o encontro que teve com o ex-presidente, em Brasília. A legenda da foto não poderia ser mais direta: “estaremos juntos em uma grande frente conservadora pelo desenvolvimento da nossa cidade”, escreveu.

Menos de 24 horas depois, foi a vez de Márcio Corrêa publicar uma foto ao lado de Bolsonaro e do ex-deputado federal Major Vitor Hugo, considerado um dos nomes mais próximos do ex-presidente em Goiás. “Com amigos, tudo sempre dará certo”, disse a legenda.

A “guerra” entre Márcio Corrêa e Márcio Cândido pelo respaldo do ex-chefe do Executivo brasileiro vai além da identificação com as pautas da direita. Nas eleições de presidenciais de 2022, Bolsonaro venceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Anápolis, por 63,03% a 27,88% no primeiro turno. No segundo turno, a vitória foi ainda maior: 70,59% a 29,41%.

Rivalidade entre lulistas e bolsonaristas pode ser reeditada em pelo menos duas cidades goianas nas Eleições 2024

Depois da acirrada disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pela Presidência da República em 2022, pelo menos duas cidades goianas podem reeditar a rivalidade entre petistas e bolsonaristas nas Eleições 2024. São elas: Goiânia e Anápolis.

Na capital, dois deputados federais que representam as duas correntes políticas estão entre os primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto. Vice-líder do PT na Câmara, a deputada Federal Adriana Accorsi aceitou o convite de Lula e já lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de Goiânia.

Entre os bolsonaristas, o escolhido para concorrer ao Paço é o deputado federal Gustavo Gayer (PL). Recentemente, o parlamentar afirmou que disputará o pleito “com as bênçãos” de Bolsonaro.

Adriana concorreu à prefeitura em 2016 e 2020. Na primeira disputa, a petista terminou em quinto lugar, com 6,73% dos votos. No último pleito, a deputada federal obteve 13,39% e ficou com a terceira colocação. Gayer também foi candidato a prefeito da capital em 2020. Ele terminou em quarto lugar, com 7,62% dos votos.

Em Anápolis, a aposta do PT vai no deputado estadual Antônio Gomide, que já foi prefeito de 2008 a 2012 e de 2012 a 2014. Ele renunciou ao cargo e foi candidato a governador de Goiás, mas ficou em quarto lugar. Em 2020, o petista tentou retornar à prefeitura, mas foi derrotado por Roberto Naves (Republicanos).

Quem deve buscar o bolsonarismo e antagonizar com o ex-prefeito é Márcio Corrêa (MDB) – que substitui o deputado federal licenciado Célio Silveira na Câmara. O emedebista tem usado as redes sociais para se aproximar de simpatizantes de Bolsonaro por meio de críticas ao presidente Lula. Márcio também concorreu à prefeitura de Anápolis em 2020, mas terminou a disputa em terceiro lugar.

O ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL) é lembrado pelos bolsonaristas, mas não tem falado abertamente sobre seu futuro político. Os três políticos aparecem na linha de frente das últimas pesquisas de intenção de voto, o que indica que petismo e bolsonarismo devem polarizar a disputa na cidade.