Mark Zuckerberg anuncia demissão em massa na Meta, dona do Facebook

O presidente-executivo da Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), Mark Zuckerberg, anunciou, nesta quarta-feira (9), a demissão em massa de mais de 11 mil pessoas, o que representa 13% de sua força de trabalho – o maior corte de sua história até hoje.

Em seu último relatório, a Meta reportou um total de 87 mil funcionários ao redor do mundo. Só nos últimos dois anos, a empresa adicionou mais de 27 mil pessoas aos times, aproveitando o crescimento que a internet e as redes sociais registraram durante a pandemia.

No Brasil, funcionários foram informados que foram demitidos por e-mail, que chegou depois do comunicado oficial emitido pela empresa no site.

“Decidimos remover o acesso da maioria dos sistemas da Meta para as pessoas que estão saindo hoje, dada a quantidade de informação sensível. Mas vamos manter os e-mails ativos por hoje para que todos possam dizer adeus”, disse Zuckerberg.

Além das demissões, o CEO disse que novas contratações vão continuar congeladas ao longo do primeiro trimestre de 2023, e que novas medidas para cortar gastos serão anunciadas.

Em outubro do ano passado, a empresa trocou o nome de Facebook para Meta e investiu bilhões de dólares na criação de um metaverso —um mundo virtual que usa realidade aumentada, em que as pessoas poderiam trabalhar, socializar e jogar. A tecnologia, no entanto, ainda não decolou, e há dúvidas se algum dia irá.

Facebook anuncia novo feed para atrair usuários mais jovens

A Meta anunciou, nesta quinta-feira (21), que está reformulando o feed principal do Facebook para priorizar novos conteúdos, em uma tentativa de estilizar seus aplicativos em linha com o aplicativo rival de vídeo curto TikTok.

Os executivos do Meta expressaram maior urgência nos últimos meses em aumentar os ‘Reels’, similar ao formato de vídeo curto do TikTok, que tem sido popular entre usuários mais jovens.

A página principal do feed de notícias do Facebook que os usuários veem quando abrem o aplicativo começará a apresentar postagens populares de contas que os usuários não seguem, incluindo reels e stories, disse a Meta em comunicado.

O Facebook vai sugerir postagens aos usuários com um sistema de classificação de aprendizado de máquina e está investindo em inteligência artificial para fornecer conteúdo recomendado.

O feed de notícias atual, com postagens recentes de amigos, páginas e grupos que os usuários escolhem ativamente seguir, será movido para uma nova guia separada chamada Feeds.

Os feeds incluirão anúncios, porém a Meta disse que não terá postagens sugeridas para o usuário.

Adam Mosseri, chefe do aplicativo Instagram, anunciou testes de uma experiência de visualização mais imersiva no estilo TikTok em maio, enquanto o presidente-executivo Mark Zuckerberg disse em abril que a companhia estava fazendo investimentos significativos em inteligência artificial e aprendizado de máquina para apoiar a abordagem de “motor de descoberta”.

 

*Agência Brasil

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Instagram deixa de funcionar na Rússia

Os usuários do Instagram na Rússia estão sendo notificados de que o serviço será encerrado após a empresa proprietária do aplicativo, Meta Platforms, dizer na semana passada que permitiria aos usuários de redes sociais na Ucrânia publicar mensagens como “Morte aos invasores russos”. As notificações diziam que o serviço seria interrompido a partir da 00h desta segunda-feira (14).

Uma mensagem por e-mail do regulador de comunicações do Estado disse às pessoas para mover suas fotos e vídeos do Instagram antes que o aplicativo fosse fechado e as encorajou a migrar para as próprias “plataformas de internet competitivas” da Rússia.

A Meta, que também é dona do Facebook, disse na sexta-feira que a mudança temporária em sua política de discurso de ódio se aplica apenas à Ucrânia, após a invasão da Rússia em 24 de fevereiro.

A empresa disse que seria errado impedir que os ucranianos “expressassem sua resistência e fúria contra as forças militares invasoras”.

A decisão foi recebida com indignação na Rússia, onde as autoridades abriram uma investigação criminal contra a Meta e os promotores pediram a um tribunal na sexta-feira que designasse a gigante de tecnologia norte-americana como uma “organização extremista”.

O chefe do Instagram disse que o bloqueio afetará 80 milhões de usuários. A Rússia já baniu o Facebook no país em resposta ao que disse serem restrições de acesso à mídia russa na plataforma.

 

*Agência Brasil

Imagem: Reuters

Meta anuncia computador de inteligência artificial mais rápido do mundo

A Meta, dona do Facebook, anunciou nesta segunda-feira (24) que sua equipe de pesquisa montou um novo supercomputador de inteligência artificial que poderá ser o mais rápido do mundo quando concluído, ainda em 2022.

Segundo a empresa, o AI Research SuperCluster (RSC) a ajudará a montar melhores modelos de inteligência artificial que podem aprender com trilhões de exemplos, trabalhar em centenas de idiomas e analisar texto, imagens e vídeo juntos para determinar se o conteúdo for prejudicial.

“Essa pesquisa não apenas ajudará a manter as pessoas seguras de nossos serviços hoje, mas também no futuro, à medida que construímos o metaverso”, disse a empresa.

Em outubro, a companhia de mídia social mudou o nome para Meta com o objetivo de refletir seu foco no metaverso, que, para ela, poderá ser o sucessor da internet móvel.

O metaverso, termo amplo que gerou muito burburinho no Vale do Silício, refere-se a ambientes virtuais compartilhados a que as pessoas podem ter acesso por meio de diferentes dispositivos e nos quais podem trabalhar, brincar e socializar.

“As experiências que estamos construindo para o metaverso exigem enorme poder computacional (quintilhões de operações por segundo!) e o RSC vai permitir novos modelos de inteligência artificial que podem aprender a partir de trilhões de exemplos, entender centenas de linguagens e mais”, disse o presidente executivo da Meta, Mark Zuckerberg.

De acordo com a Meta, o RSC está entre os supercomputadores de inteligência artificial mais rápidos em execução. Um porta-voz da Meta disse que a empresa fez parceria com equipes da Nvidia, Pure Storage e Penguin para montar o supercomputador.

 

*Agência Brasil

Imagem: Reprodução

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Criador do Facebook pede desculpas em audiência no Congresso dos Estados Unidos

Uma comissão parlamentar britânica solicitou o comparecimento de Mark Zuckeberg, fundador e presidente do Facebook, para esclarecer o uso ilícito de dados de usuários para, supostamente, auxiliar na campanha do presidente estadunidense Donald Trump.
Após admitir que algumas informações foram usadas sem o consentimento dos usuários, a empresa sofreu uma queda no valor de suas ações, encolhendo US$ 37 bilhões.
A investigação sobre a polêmica foi realizada pelos jornais “The New York Times” e “Observer”, constatando que a Cambridge Analytica usou dados de milhões de usuários do Facebook – o que criou um programa para prever e influenciar o voto dos eleitores. Um dos clientes desta empresa era, justamente, Donald Trump.
O presidente do Parlamento Europeu afirmou que haverá uma investigação sobre a possível ocorrência do uso indevido de dados, ao classificar o ocorrido como uma violação inaceitável dos direitos de privacidade dos cidadãos.
A caso pode gerar uma multa milionária para o Facebook, caso seja confirmado que a empresa tenha violado uma regulação da Comissão Federal de Comércio dos EUA, responsável por proteger a privacidade dos usuários de redes sociais.

Desculpas

Em uma audiência no Congresso ontem (10), Zuckerberg pediu desculpas aos legisladores norte-americanos, publicamente, afirmando que o vazamento e uso indevido de dados foi um erro dele.
Segundo o criador do Facebook, ainda vai levar um tempo para que todas mudanças em prol da segurança de seus usuários sejam implementadas, como noticiamos aqui nesta matéria.
Segundo o senador Charles Grassley, o ocorrido foi uma violação de confiança do consumidor e uma possível transferência imprópria de dados. Segundo ele, o acontecimento também mostra que o público do Facebook pode não estar totalmente ciente sobre como seus dados são coletados, protegidos, transferidos, usados e mal utilizados.
O Comitê Judiciário vai realizar uma audiência separada investigando a Cambridge e demais questões relacionadas à privacidade de dados.

Foto de capa: Zuckerberg em apresentação ao Congreso dos Estados Unidos, ontem (11)/B9.

Mark Zuckerberg revela que precisa de 3 anos para consertar erros no Facebook

Desde as polêmicas envolvendo a fragilidade do sistema de segurança de dados do Facebook, Mark Zuckerberg tem sido acompanhado de perto pela justiça americana. Segundo ele, que é um dos criadores da rede social, ainda será preciso 3 anos para corrigir os erros de segurança no Facebook.
Os riscos, segundo especialistas, é que as falhas de segurança da rede social possam causar problemas nas campanhas eleitorais vindouras, como a deste ano no Brasil. Vale lembrar que o principal problema envolvendo o Facebook se deu justamente devido à utilização de dados de usuários para, supostamente, auxiliar na campanha do atual presidente norte-americano Donald Trump.
Para os leigos, o tempo de 3 anos para a resolução do problema parece muito, porém não é possível para o público dimensionar o tamanho do problema que Zuckerberg tem em mãos. Em suma, durante esse tempo, a plataforma pode continuar sujeita a situações como vazamento de dados.
Em relação ao problema das fake news, Zuckerberg afirmou que existem 3 tipos de notícias falsas que precisam ser combatidas, porém o terceiro tipo é o mais difícil de ser combatida – após reconhecer que o Facebook, de fato, possui problemas de transparência.
O primeiro tipo delas são as criadas por sites sensacionalistas, que ganham com publicidade em seus sites. Para combatê-las, o Facebook bloqueia a exibição de anúncio nas respectivas páginas, desestimulando a ação de seus criadores.
O segundo tipo de fake news são as contas falsas criadas com objetivos políticos, visando disseminar informações falsas entre possíveis eleitores. Contra essa atitude, o Facebook pode identificar e apagar tais contas.
Já o terceiro caso (e mais difícil de ser combatido) são os sites que compartilham fake news disfarçadas de matérias embasadas. Elas conseguem disfarçar bem o viés ideológico e conseguem enganar com facilidade tanto público, quanto editores. Segundo Zuckerberg, é difícil analisar tais dados, correndo o risco de esbarrar na questão da liberdade de expressão.
Por enquanto, cabe ao empresário do mundo digital e sua equipe resolver esses problemas, resguardando a segurança de seus usuários e evitando danos ainda maiores à sociedade e à própria empresa.

Foto de capa: Ilustração/Mark Zuckerberg/Livemint.