Conheça as desvantagens de ser inteligente demais

Ser uma pessoa intelectual vai muito além das vantagens que comumente associamos a um alto QI. Uma recente pesquisa, publicada na revista Intelligence, mergulhou nas nuances dessa realidade, revelando que a inteligência elevada não vem desacompanhada de dificuldades. Descubra agora as desvantagens de ser inteligente demais em um mundo cheio de desafios. Fique conosco até o final da leitura.

O preço da inteligência elevada

Ao considerar a saúde dos indivíduos intelectuais, a pesquisa trouxe à tona uma série de condições que parecem afligir mais frequentemente aqueles dotados de um alto QI. Transtornos de humor, TDAH, TEA, alergias, asma e doenças autoimunes destacam-se como desafios comuns enfrentados por essa parcela da população.

Os resultados são surpreendentes, mostrando que pertencer ao grupo da elite intelectual pode significar estar em maior risco para uma variedade de problemas físicos e psicológicos.

Membros da Mensa fazem revelações perturbadoras

A Mensa, uma organização que congrega indivíduos com QI superior a 132, serviu como base para a coleta de dados dessa pesquisa. Os resultados, por vezes alarmantes, mostram que os membros dessa sociedade têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver uma série de condições de saúde em comparação com a média da população.

A constatação de que essas mentes brilhantes enfrentam um risco elevado de desordens de humor e condições dentro do espectro do autismo lança luz sobre os desafios que acompanham a inteligência elevada.

A complexa relação entre intelecto e saúde

Mais uma das desvantagens de ser inteligente demais. Entender por que a inteligência pode estar associada a uma série de desvantagens requer uma análise cuidadosa. A equipe por trás da pesquisa sugere a teoria do hipercérebro/hipercorpo, que postula uma conexão entre inteligência elevada e uma maior susceptibilidade a distúrbios psicológicos e físicos devido a uma “superexcitação” psicológica e fisiológica.

No entanto, é importante ressaltar que essas descobertas são correlacionais e não indicam uma relação direta de causa e efeito entre inteligência e problemas de saúde.

Os riscos ocultos da inteligência elevada

Apesar das vantagens percebidas, ser excepcionalmente inteligente vem com sua parcela de desafios. Os dados sugerem que há uma complexa interação de fatores em jogo, incluindo possíveis influências genéticas e ambientais.

Essas descobertas abrem espaço para futuras investigações que visam promover o bem-estar físico e psicológico daqueles dotados de uma mente excepcionalmente brilhante, destacando que o preço da inteligência elevada pode ser mais alto do que se imaginava.

Navegando pelos altos e baixos da mente brilhante

Agora, mais do que nunca, é crucial reconhecer que ser intelectualmente dotado não é apenas uma questão de privilégio, mas também uma jornada repleta de desafios. A consciência sobre as desvantagens de ser inteligente demais nos convida a adotar uma abordagem mais holística para entender e apoiar aqueles que carregam o fardo da inteligência elevada. Somente assim poderemos verdadeiramente apreciar a complexidade e a diversidade da mente humana em toda a sua glória e suas tribulações.

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Brasileira de 9 anos entra para sociedade americana dos mais inteligentes do mundo

A brasileira Laura, de 9 anos entrou para a MENSA, a mais respeitada e antiga sociedade de pessoas mais inteligentes do mundo, a MENSA, nos Estados Unidos. “Ela é brasileira e se tornou membro com 9 anos, o que é louvável e raríssimo pelo grau de dificuldade do teste”, disse toda orgulhosa a mãe dela, Bruna Büchele à Revista Crescer.

Bruna disse que se mudou com a família para a Flórida, Estados Unidos há três anos e o curioso foi que, quando tinha 6 anos a escola informou à mãe que Laura poderia apresentar um atraso nos estudos, o que era perfeitamente normal. A família não compreendeu o motivo, já que a menina entendia bem as aulas, a escrita e já lia livros em inglês.

Teste de QI

E a rapidez da adaptação de Laura à nova escola e à nova língua chamou atenção dos educadores, que pediram um teste de Q.I. “Ela fez um teste que durou cerca de 4 horas. Foi bem exaustivo, parte no computador, parte verbal. Depois, a psicóloga explicou que nas escolas norte-americanas, as crianças que tem um QI acima de 130 são colocadas em uma mesma sala para que possam evoluir. Laura apresentou uma pontuação de 139, com apenas 7 anos”, lembra Bruna.

“Eles explicaram que ela deveria ser constantemente desafiada, caso contrário, poderia ficar entediada rapidamente e perder o interesse”, conta. A partir daí, os pais começaram a perguntar o que Laura gostaria de aprender. “Ela começou a fazer aulas de piano, e simplesmente tirava música só de ouvir. Também pediu para aprender francês, e era perceptível a facilidade com que aprendia”, disse a mãe.

MENSA

Logo depois, Laura começou a participar de campeonatos na escola e em setembro entrou para o MENSA internacional – a maior, mais antiga e mais famosa sociedade de alto QI do mundo.

“Laura é fanática por livros, lê um ou dois toda semana. Faz cálculos complexos de cabeça. As notas dela são incríveis. Ela está na quarta série, mas, segundo os professores, a sua leitura equivale a de um estudante do sétimo ano. Todos os testes que ela fez para matemática e língua inglesa equivalem ao sexto ano. E é muito provável que quando chegar no ensino médio, ela consiga pular etapas”, conta.

Prodígio na infância

A mãe conta que, desde pequena, Laura sempre chamou a atenção da família. “Com 1 ano, ela já falava seu nome completo; com 2, falava o alfabeto inteiro e conseguia fazer pequenas leituras. Mas ela sempre se destacou muito pela memória. Ela consegue lembrar detalhes, roupas, acontecimentos em locais específicos, nomes de pessoas”, conta.

“Mas sempre a tratamos normalmente. Todos da família sempre a elogiavam, achavam ela inteligente, mas como era nossa primeira filha, não tínhamos muito parâmetro”, disse. Segundo a mãe, Laura é uma menina muito sociável, faz amizades com todos, gosta de crianças de todas as idades e adora brincar. Talvez, por isso, não tenha sofrido com bullying, explica.

Por outro lado, as dificuldades são em relação a “personalidade forte”. “Ela é resistente e já entendemos que ela tem uma forma de aprender diferente. Ela gosta muito de seguir um cronograma, então, criamos calendários com horários e tem funcionado bem assim”, diz.

Futuro

Sobre o futuro da filha, Bruna afirma que não força a filha:

“Dá muito medo, principalmente de errar em algum momento. Por isso, sempre gosto de perguntar o que ela gostaria de fazer. Nada é forçado! Apesar dessa facilidade toda, quero que ela tenha uma infância feliz e viva esse momento que é único na vida. Queremos que que ela brinque com os amigos na rua, mas sem desperdiçar o dom que ela tem. Ela já até sugeriu formas de combater o coronavírus?(risos) Queremos dar esse espaço para que ela continue criando e explore todas as coisas que ela quiser”, comentou.

“Provavelmente, se estivéssemos no Brasil, ela não teria recebido toda essa orientação e incentivo na escola. Sei que no nosso país tem crianças que se destacam, mas, muitas vezes, não recebem orientação ou nem são identificadas. Como a Laura, devem ter muitos outros por aí que, se fossem guiados, seriam pequenos gênios inventando vários coisas para melhorar e facilitar nossa vida”, finalizou.

A neuropsicóloga Deborah Moss, mestre em psicologia do desenvolvimento (USP), concorda com Bruna. “Algumas escolas investem nisso, mas ainda são minoria. Esse alto desempenho já aparece já na infância, então, mesmo num contexto familiar, eles costumam destoar. Não é difícil mesmo para pessoas leigas perceberem as diferenças. Por isso, a orientação é buscar, em um primeiro momento, um neurologista para fazer uma avaliação e os encaminhamentos”, alertou.

Via Só Noticia Boa e Revista Crescer
Foto: Divulgação/Arquivo pessoal