Pastor goiano envolvido em escândalo no MEC é acusado de manter fundação fantasma em Aparecida de Goiânia
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) acusou o pastor goiano Gilmar Silva dos Santos de ser dono de uma fundação de fachada, em Aparecida de Goiânia. Ele é suspeito de cobrar propina para facilitar a liberação de recursos no Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a revista Veja, o MP entende que a instituição “nunca prestou contas” às autoridades competentes sobre suas atividades e dinheiro, nem quando foi solicitado. A Promotoria pediu à Justiça que determine a extinção da ONG do pastor.
Na ação, o MP levanta suspeitas sobre o patrimônio da fundação de Gilmar, uma vez que a entidade teria recebido a doação de dois imóveis, sendo um lote e uma chácara, nunca registrados. As propriedades foram doadas pela organização religiosa “Missão Em Cristo”, também representada pelo próprio Gilmar.
A fundação de Gilmar foi registrada em 1995, o que induziu o Ministério Público ao erro em relação ao patrimônio de constituição. Desde então, a entidade nunca constituiu seu patrimônio nem prestou contas ao MP. Além disso, de acordo com a ação, não se tem notícia alguma de atividade em Aparecida de Goiânia. A Promotoria também suspeita que o pastor tenha fraudado documentos relacionados à eleição para a composição dos cargos de diretoria e dos conselhos diretor, bem como o de curador.
Gilmar foi destaque no noticiário na última semana, após denúncias de que ele seja membro de uma espécie de gabinete paralelo que opera no MEC e negocia propina em troca de liberação de dinheiro da pasta.
Foto: Reprodução / Facebook Pastor Gilmar Santos