5 grandes invenções criadas por mulheres

Nada melhor do que exaltar grandes invenções que mudaram o mundo e foram criadas por mulheres. Apesar da presença das mulheres no mercado ainda não ser igualitária, a história prova que muitas das grandes descobertas da humanidade passaram por elas.  

Que tal relembrar algumas das trajetórias dessas mulheres que mudaram o mundo?

Confira:  

1- Hedy Lamarr  

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Hady Lamarr era o nome artístico de Hedwig Eva Maria Kiesler, nascida na Áustria em 1914, Hedy era atriz e acumulou mais de 30 participações em filmes ao longo de sua carreira. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela fez uma importante contribuição tecnológica, tratava-se de um sistema de comunicação para as forças armadas dos Estados Unidos.  

Esse sistema serviu de base para a atual telefonia celular, além de também possibilitar a criação do Bluetooth, GPS e Wi-Fi. 

 

2- Ada Lovelace 

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Augusta Ada Byron King foi uma matemática e escritora inglesa, que ficou mundialmente reconhecida pela sua contribuição na construção da primeira máquina analítica. Além disso, Ada também desenvolveu os algoritmos que permitiriam à máquina computar os valores de funções matemáticas, além de publicar uma coleção de notas sobre a máquina analítica. Atualmente, ela é denominada a primeira programadora da história.  

 

3- Katherine Johnson 

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Katherine Coleman Goble Johnson foi uma matemática, física e cientista espacial norte-americana. Ela fez contribuições fundamentais para a exploração espacial nos Estados Unidos, especialmente durante seus 35 anos trabalhando na NASA. Katherine inclusive chefiou a equipe do primeiro pouso em solo lunar no ano de 1969 com a missão Apollo 11.  

No ano de 2016, 4 anos antes de falecer, ela foi incluída na lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras pela BBC.  

 

4- Rosalind Franklin 

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Rosalind Elsie Franklin foi uma química britânica, que teve grande contribuição para o entendimento que temos hoje das estruturas moleculares do RNA e DNA. Ela mudou o rumo da ciência ao apresentar imagens de raio-x que mostravam uma dupla hélice na estrutura no DNA.  

 

5- Lise Meitner 

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Lise nasceu em Viena no ano de 1878 e se destacou como física através dos seus estudos sobre radioatividade e física nuclear. Sua maior contribuição foi em 1940, quando descobriu que a divisão dos núcleos atômicos liberava grandes quantidades de energia, dando início aos estudos sobre divisão de átomos.  

 

As contribuições dessas mulheres mudaram os rumos da história da humanidade. Por isso, é importante exaltarmos não só elas, mas todas aquelas que contribuem diariamente para a nossa história!  

 

Fotos: Reprodução/Wikipédia

Cientista é a primeira mulher a ganhar prêmio da Sociedade Brasileira de Física

Entre os feitos das mulheres na ciência no mês de março, ou Mês da Mulher, a conquista do Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro 2021 pela professora Yvonne Mascarenhas, da USP de São Carlos é um dos destaques. Aos 90 anos, a cientista brasileira é a primeira mulher a ganhar o prêmio, que reconhece não só o trabalho de pesquisadores, mas a contribuição para o campo da Física da Matéria Condensada e de Materiais no Brasil. 

O prêmio foi outorgado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) “por suas atividades de pesquisa pioneiras em cristalografia de raios X e por iniciar uma sólida comunidade científica nesta área no Brasil”, como explicou a instituição no anúncio oficial. Desde 2019, o prêmio busca reconhecer o trabalho de um pesquisador brasileiro no da Física. 

Quem é Yvonne Mascarenhas

A vencedora desse prêmio e título nasceu em Pederneiras, interior de São Paulo em 1931. Após mudar-se para o Rio de Janeiro com a família, formou-se Bacharel em Química em 1954 pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

Em 1956, mudou-se para São Carlos (SP) e com seu esposo, Sérgio Mascarenhas, iniciou a jornada desafiadora tornar a cidade um centro de referência internacional em pesquisa de Materiais, no campo da Física. Além disso, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Escola de Engenharia da Universidade de São Pulo em São Carlos.

Yvonne Mascarenhas ainda desempenhou um papel fundamental na atração de outros pesquisadores brasileiros, assim como estrangeiros de altíssimo nível para a cidade. Nesse sentido, também atuou como pivô na fundação do Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC). 

Ao longo de sua trajetória, Yvonne trabalhou em instituições de prestígio como Harvard, Princeton e Birkbeck College nos Estados Unidos e participou do grupo responsável pelo desenvolvimento do banco de dados cristalográficos de Cambridge (CCDC). Além de fundadora e primeira presidente da Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr), onde também trabalhou em outras funções, a cientista ainda atuou na função administrativa em outros institutos independentes de Química (IQSC) e de Física (IFSC).

Yvonne Mascarenhas | Foto: Léo Ramos Chaves/Revista Fapesp

Feitos

Em sua carreira, a cientista supervisionou cerca de 40 estudantes de mestrado e doutorado, tendo publicado aproximadamente 200 artigos e oferecido diversas contribuições em conferências e simpósios. Além disso, seu grupo de pesquisa tornou-se referência em Cristalografia Química e Biologia Estrutural na América do Sul. 

Yvonne Mascarenhas se destaca pela colaboração que resultou na determinação da estrutura cristalina da oxitocina e de toxinas de veneno de cobras. Ademais, há ainda o importante trabalho de treinamento de jovens e ações voltadas à promoção de meninas e mulheres na ciência. 

Premiação

O prêmio será entregue em sessão solene que ocorrerá durante o Encontro de Outono da Sociedade Brasileira de Física. O evento está marcado para acontecer entre os dias 21 e 25 de junho. 

Em publicação oficial, a USP São Carlos exaltou a trajetória de Yvonne Mascarenhas na vida acadêmica, profissional e pessoal. “A Professora Yvonne – cientista, esposa, mãe de quatro filhos, é, não somente um ícone da Ciência Brasileira, mas um motivo de grande orgulho e exemplo para suas colegas, mulheres, cientistas”, afirmou a instituição.  

Com informações de Só Notícia Boa e USP São Carlos