Arquitetas Andréia Spessatto e Naira Sá criam “Sala das Lobas” para a Mostra Artefacto Goiânia 2024

Um espaço acolhedor e elegante, a “Sala das Lobas”, concebida pelas renomadas arquitetas Andréia Spessatto e Náira Sá, para a Mostra Artefacto Goiânia 2024, é um convite aos encontros que permeiam nossa vida. Com seus 90 metros quadrados, foi meticulosamente planejada para fomentar diálogos enriquecedores, conexões profundas e momentos de celebração e reflexão.

“Em um mundo acelerado e muitas vezes caótico, encontrar um lugar que transmite tranquilidade e beleza ao nosso cotidiano se torna fundamental. Essa busca, que se tornou uma necessidade na rotina de quem vive nas grandes cidades, nos direcionou”, conta Andréia Spessatto.

As arquitetas optaram por uma paleta sóbria, com tons pastéis, enquanto as formas curvilíneas conferem uma fluidez envolvente. Desde o painel de madeira curva com uma lua esculpida em mármore até a mesa em formato de elipse, cada elemento foi cuidadosamente selecionado da coleção Artefacto, projetada para o ano.

Por trás da aparente sobriedade, revelam-se as sutilezas que conferem personalidade ao espaço. As paredes são adornadas com obras de consagrados artistas do Centro-Oeste, como Siron Franco, e talentos como Ieda Jardim e Gabriela Policena, de Goiânia, e Adriana Vignolli e Christus Nóbrega, do Distrito Federal.

Mostra Artefacto goiania

Foto: Edgar Cesar

No living, uma mesa de apoio em mármore dá apoio aos usuários do espaço, além de uma poltrona em alumínio com surpreendente conforto. O ponto de cor está em um vaso de flores na mesa de centro. “Nos detalhes mora a elegância. Por isso, nossa proposta não traz excessos, mas se concentra em trazer que é essencial para se conviver bem”, define a arquiteta Náira Sá.

Para as arquitetas, a essência da elegância reside nos detalhes. Assim, sua proposta se concentra no essencial para uma convivência harmoniosa, sem excessos.

Mostra Artefacto goiania

Foto: Edgar Cesar

A Mostra Artefacto, realizada anualmente em diversas cidades, tem como objetivo apresentar inspirações e tendências de decoração aos clientes. Neste ano, a Sala das Lobas presta homenagem a um trio que personifica a arte de receber e celebrar: Liliane Lobo e suas filhas, Cristal e Tana, responsáveis pela Vero Festas e pelo Liliane Lobo Buffet, promovendo projetos e decorações de eventos em todo o país.

Cora Coralina ganha homenagem na Casa Cor 2017

“Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça”. Com a inspiração de versos como este, a 21ª edição da Casa Cor Goiás terá um espaço todo dedicado à poetisa Cora Coralina. A ideia é das arquitetas Andréia Spessatto e Naira Sá que foram até a Cidade de Goiás, terra natal da artista, para uma verdadeira imersão sobre a vida e obra de Cora.

As arquitetas se reuniram com a musicista Fernanda Albernaz, sobrinha-bisneta de Cora para buscar mais informações sobre a poetisa e sua obra que foi reconhecida nacionalmente após ter sua obra elogiada por Carlos Drummond de Andrade em 1980.

Os detalhes do ambiente estão sendo mantidos em segredo para garantir a surpresa dos visitantes da Casa Cor que este ano será de 12 de maio e 21 de junho no tradicional Colégio José Carlos de Almeida, no Centro de Goiânia. “Nosso desafio é fazer uma ponte entre o passado e o presente, traduzir a simplicidade e a profundidade de sua poesia na arquitetura”, consideram.

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As arquitetas Andréia e Naira em visita técnica na famosa Casa de Cora na Cidade de Goiás.

Um pouco sobre Cora

Vinda de uma família tradicional de pessoas cultas Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, dizia sempre que se considerava mais doceira do que escritora. Mas mesmo assim a sua obra foi bem além das folhas de caderno que usava para anotar seus versos.  Cursando apenas a terceira série primária, Cora Coralina foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Juca Pato, em 1983, com o livro “Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha”.

Aos 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e enviá-las aos editores. Embora o sucesso tenha vindo já com uma idade avançada, Cora começou a escrever poemas e contos ainda aos 14 anos. Apesar de cultivar hábitos de uma vida simples do interior, a poetisa demonstrou em sua obra e em suas opiniões que era uma mulher à frente de seu tempo. Na cidade de Goiás, ao vender seus doces de casa em casa sempre recitava suas poesias.

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A maior poetisa goiana será homenageada na principal mostra de arquitetura e decoração do estado. (Foto: arquivo)