Anvisa aprova terapia que muda células do paciente para combater câncer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou pela primeira vez um produto utilizado em um tipo específico de terapia para modalidades de câncer originadas no sangue (hematológicos), como leucemia, linfoma e mieloma.

O produto é indicado para pessoas com até 25 anos de idade com determinados tipos de Leucemia Linfoblástica Aguda, bem como para pacientes adultos com tipos específicos de Linfoma.  

Na avaliação da Anvisa, essa é uma forma de terapia pioneira. A equipe técnica da Agência avaliou que o produto cumpre os requisitos mínimos de segurança e eficácia.

O produto Kymriah, da empresa Novartis, poderá ser aplicado em terapias que empregam as chamadas células CAR-T para o tratamento destes tipos de tumor. Segundo a agência, esse tipo de tratamento atua por meio da coleta e alteração das células imunes dos pacientes.

Neste método as células do paciente são coletadas para serem alteradas com a inclusão de um novo gene. Este gene contém uma proteína que direciona as chamadas células T para atuar contra as células tumorais. Após a modificação, as células são incorporadas no produto que será aplicado no paciente.

 

*Agência Brasil

Imagem: Pixabay

Cientistas descobrem novo tratamento para Câncer de Mama agressivo

Em meio à campanha nacional do Outubro Rosa, destinada ao combate e conscientização sobre o Câncer de Mama, temos uma notícia que traz esperança. Uma equipe de médicos e cientistas do Centro Nacional do Câncer de Singapura, identificou um novo método para tratar o câncer de mama chamado triplo-negativo (CMTN), um dos mais agressivos tipos de câncer e com poucas opções de tratamento. A descoberta foi publicada na Revista News Medical, no último dia 15 de Outubro.

A equipe usou um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno (vendido sob a marca Targretin, utilizado para o tratamento de linfoma cutâneo de células T) para facilitar esse processo antes da quimioterapia, que ainda é considerado o tratamento padrão básico. Os médicos responsáveis descobriram que as células cancerosas mudam entre diferentes estados celulares, incluindo mudar de menos agressivas para mais agressivas e vice-versa. Ao converter as células cancerosas altamente agressivas para o formato menos agressivo, os tumores são ”preparados” para responder melhor à quimioterapia, que funciona eliminando essas células. 

Este processo biológico é denominado ”transição mesenquimal-epitelial”, e a equipe usou o bexaroteno para facilitar o processo no trabalho pré-clínico do câncer de mama, antes da aplicação da quimioterapia.

câncer
O tratamento neoadjuvante com retinoides pode promover a conversão de células cancerosas mesenquimais, altamente agressivas, em células cancerosas epiteliais, menos agressivas no câncer de mama. [Imagem: National Cancer Centre Singapore]

 

A equipe já anunciou o início de um ensaio clínico humano, com previsão de duração de três anos, para investigar se a abordagem funcionará fora do ambiente laboratorial. ”Para nosso estudo, existe uma veersão de grau clínico do indutor de transição mesenquimal-epitelial, o que facilitou significativamente a tradução direta para o cenário clínico. Esperamos que os resultados sejam o primeiro passo na introdução de um novo conceito no tratamento do câncer”, disse a Dra. Elaine Lim, coordenadora do estudo.

 

*Com informações portal Diário da Saúde

Imagem: Divulgação

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