Estudo prevê evaporação completa dos oceanos da Terra devido ao Sol mais potente

Um estudo recente, publicado na revista científica Nature, prevê que os oceanos da Terra irão evaporar completamente em um bilhão de anos devido ao aumento gradual da luminosidade solar. A pesquisa, conduzida pelo Laboratório de Meteorologia Dinâmica da França, revisa estimativas anteriores que previam esse evento em um prazo mais curto.

Os cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Científica Francês (CNRS) esclarecem que esse fenômeno é resultado da evolução natural do Sol e não está relacionado ao aquecimento global atual. Com o aumento da luminosidade solar, o fluxo solar médio deverá atingir um nível crítico de 375 W/m², em comparação aos atuais 341 W/m², iniciando um processo irreversível de evaporação dos oceanos.

Esse incremento na radiação solar provocará um aquecimento global contínuo ao longo de centenas de milhões de anos, fazendo com que os oceanos comecem a ferver e intensificando o efeito estufa. Como resultado, a Terra se tornará um ambiente inóspito para a vida.

Enquanto modelos anteriores sugeriam que a Terra poderia se assemelhar a Vênus em 150 milhões de anos, as novas previsões indicam um prazo mais extenso para esse processo.

Além de prever o destino da Terra, os cientistas calcularam a “zona habitável” ao redor de estrelas similares ao Sol. Concluíram que um planeta pode permanecer habitável até cerca de 0,95 unidades astronômicas antes de perder sua água devido ao aquecimento solar.

 

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National Geographic afirma que a Terra tem 5 oceanos e não 4

A National Geographic Society, organização sem fins lucrativos fundada há 133 anos, conhecida pelos seus canais de televisão e revistas, é referência em termos de produção cartográfica. Anunciou, no início desta semana, que reconhecerá o corpo de água que circunda a Antártida como um oceano à parte, sendo o quinto do planeta Terra.

“O Oceano Antártico há muito tempo já é reconhecido por cientistas, mas, como nunca existiu um acordo internacional nesse sentido, nunca tínhamos o reconhecido”, disse Alex Tait, geógrafo da instituição no anúncio feito pela National Geographic Society.

De acordo com a organização, o que distinguiria o oceano Antártico dos demais seria, não seriam os continentes que o cercam, como acontece com os outros oceanos, mas sua correnteza, a Corrente Circumpolar Antártica. As águas da região são mais frias e ligeiramente menos salgadas do que as ao norte.

O reconhecimento dessa área como um oceano à parte está inserido em um esforço de chamar atenção para a necessidade de sua conservação frente às mudanças climáticas e a pesca predatória.

Agora, os mapas criados pela instituição, que são produzidos desde 1915 e usados em escolas ao redor do mundo, contarão com o quinto oceano, os outros incluem os oceanos Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico. Muitos outros geógrafos e cientistas, no entanto, defendem que o Oceano Antártico é apenas prolongamento e encontro de outros corpos de água, como o Oceano Pacífico, o Atlântico e o Índico.

Em 2000, a Organização Hidrográfica Internacional propôs os limites do Oceano Antártico, mas nem todos os 93 países membros concordaram com a iniciativa.

“Acreditamos que um dos maiores impactos será do ponto de vista da educação. Os alunos aprendem informações sobre o mundo dos oceanos por meio de quais oceanos estão sendo estudados. Se não incluir o Oceano Antártico, eles não aprendem os detalhes dele e como ele é importante”, disse Tait.

Robô de águas profundas registra fotos de outro mundo

Já pensou em mergulhar 150 metros de profundidade e ver coisas espécies de tirar o fôlego? Bom, nós ainda não temos essa capacidade, mas um robô subaquático tem. Recentemente cientistas divulgaram fotos tiradas por esse robozinho mergulhador. Os registros fazem parte da recente expedição, que explorou por 18 dias a área do Recife Ashmore, mais especificamente o Ashmore Reef Marine Park, na Austrália.

Assista:

O robô de alta tecnologia conseguiu capturar imagens nunca vistas naquela região e ainda coletou 500 espécies para análise em laboratório. O estudo foi realizado pelo Schmidt Ocean Institute, organização sem fins lucrativos de pesquisa oceânica, que apelidou a iniciativa de “Expedição do Coral Mesofótico Australiano”, o termo “mesofótico”, vale destacar, faz referência a área de corais com baixa incidência de luz.

“Tendo estudado corais da Grande Barreira de Corais à Antártica, é fácil pensar que já vi tudo”, afirmou a cientista-chefe da expedição, Karen Miller, do Instituto Australiano de Ciência Marinha. “Mas experiências como a Expedição do Coral Mesofótico Australiano são enriquecedoras e me fazem perceber o quanto ainda há para aprender sobre nossos oceanos”, disse.

O robô observou corais de outro mundo, cobras marinhas e uma diversidade de criaturas marinhas.“Sabemos tão pouco sobre a parte mais profunda do oceano que praticamente qualquer pessoa pode encontrar algo novo se estiver fazendo algo único lá”, afirmou Alan Leonardi, diretor do Escritório de Pesquisa e Exploração Oceânica da Administração Atmosférica Nacional, ao veículo de notícias Mashable em dezembro de 2020.

A expedição foi muito importante, sobretudo, pela dificuldade de exploração de águas profundas. Portanto, cada descoberta é um grande passo para a Ciência. Obviamente, os dados recolhidos pelos pesquisadores envolvidos vão colaborar, de alguma forma, para uma melhor compreensão do oceano.

Veja algumas fotos:

bicho

coral

peixe

coral

coral

coral

Fotos: Reprodução Mashable

 

 

 

 

 

ONU cria Década dos Oceanos para corrigir danos ao meio ambiente: ‘São os pulmões do nosso planeta’

A ‘Década dos Oceanos’ foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir desta segunda-feira (8), que também é o Dia Mundial dos Oceanos.

Ambientalistas, diplomatas e cientistas esperam que nos próximos 10 anos a humanidade aumente o conhecimento sobre as águas que cobrem 70% do planeta e proteja melhor essa imensidão, que absorve um terço do gás carbônico produzido pela atividade humana, retém o aquecimento global e serve à subsistência direta de bilhões de pessoas.

Em mensagem especial em vídeo, o secretário geral da ONU, Antonio Guterres, disse que enquanto o mundo trabalha para acabar com a pandemia e sair melhor do que estávamos, temos a “oportunidade única e a responsabilidade de corrigir a nossa relação com o meio ambiente, incluindo os mares e os oceanos do mundo”.

“Contamos com os oceanos para alimentação, meios de subsistência, transporte e comércio. E, enquanto pulmões do nosso planeta e o seu maior meio de absorção de carbono, os oceanos desempenham um papel vital na regulação do clima global”, explicou Guterres.

Assista o vídeo: