Taxa Olímpica: entenda as regras de tributação para prêmios dos Atletas Olímpicos

Após intensa discussão nas redes sociais sobre a taxação dos prêmios dos atletas olímpicos, a Receita Federal esclareceu, nesta quarta-feira (7), que as medalhas olímpicas não são taxadas. Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), o órgão afirmou que os medalhistas estão isentos de declarar as medalhas no Imposto de Renda. No entanto, os valores dos prêmios em dinheiro devem ser declarados anualmente como rendimento de qualquer cidadão brasileiro.

“Nenhum atleta brasileiro precisa pagar impostos pelas medalhas recebidas nos jogos olímpicos. Elas são prêmios oficiais e não são tributadas pelo imposto de renda. Além das medalhas, os atletas podem também receber remunerações pagas pelo Comitê Olímpico Brasileiro, federações esportivas, clubes, empresas e outros patrocinadores, pela participação ou desempenho em eventos desportivos. Isso é tributado como qualquer outra remuneração, desde que seja um valor superior ao da faixa de isenção do imposto de renda”, esclareceu a Receita Federal.

A instituição enfatizou que a isenção do imposto de renda sobre prêmios em dinheiro só pode ser concedida por meio de uma lei aprovada pelo Congresso Nacional. “Trata-se da mesma norma aplicável a todos os trabalhadores brasileiros. A Receita Federal não pode dispensar o pagamento, pois isso somente pode ser feito por meio de lei aprovada pelo Congresso Nacional”, informou o Fisco.

Projetos nesse sentido foram recentemente apresentados na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, mas ainda não têm data para votação.

Reação nas redes sociais

A polêmica sobre a taxação dos prêmios em dinheiro ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias. O prêmio por cada medalha de ouro é de R$ 350 mil, enquanto as medalhas de prata e bronze rendem, respectivamente, R$ 210 mil e R$ 140 mil aos atletas. Sobre esses valores, incide o Imposto de Renda.

Por exemplo, Beatriz Souza, primeira atleta a conquistar uma medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas, além de uma medalha de bronze, recebeu um total de R$ 392 mil em prêmios.

Após a tributação, o valor líquido recebido pela atleta será cerca de R$ 285,1 mil. Já Rebeca Andrade, recordista brasileira em número de medalhas, acumulou R$ 826 mil em premiações individuais, que, após a dedução de impostos, resultará em R$ 598,8 mil.

A Receita Federal também emitiu uma nota à imprensa, explicando que existe uma lei que isenta a taxa de importação de medalhas, troféus e estatuetas conquistadas por atletas ou acadêmicos em competições no exterior.

Até a manhã desta quarta-feira (7), o Brasil já havia conquistado 13 medalhas, sendo duas de ouro, cinco de prata e seis de bronze.

Seleção feminina de futebol faz história e chega à final das Olimpíadas de Paris em busca de Ouro inédito

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino garantiu sua vaga na final das Olimpíadas ao derrotar a Espanha por 4 a 2, em partida realizada no estádio Velódrome, em Marselha, na França.

Os gols que selaram a classificação brasileira foram marcados por Paredes (contra), Gabi Portilho, Adriana e Kerolin. O Brasil, que volta à final após 16 anos, enfrentará os Estados Unidos, como aconteceu na última vez que a equipe chegou à decisão.

Mesmo sem contar com Marta, que cumpriu seu segundo jogo de suspensão, a equipe do técnico Arthur Elias demonstrou um futebol de alto nível. A Espanha, atual campeã mundial, foi dominada pela atuação brasileira. A grande final contra os Estados Unidos está marcada para este sábado, às 12h (horário de Brasília), no Parque dos Príncipes, em Paris.

A Seleção Brasileira havia chegado à final olímpica em duas ocasiões anteriores, em 2004 e 2008, sendo derrotada pelos Estados Unidos em ambas. Desta vez, o Brasil busca o ouro inédito na competição.

 

A Espanha, apesar de ser a favorita por ser campeã mundial em 2023 e ter uma base formada pelo Barcelona, atual bicampeão da Champions League Feminina, não conseguiu segurar o ímpeto brasileiro. Aitana Bonmatí, eleita a melhor do mundo, não conseguiu impedir a derrota de sua equipe.

A seleção brasileira mostrou eficiência e determinação, características que também foram decisivas na vitória nas quartas de final contra a anfitriã França. Contra a Espanha, os gols brasileiros foram marcados por Paredes (contra), Gabi Portilho, Adriana e Kerolin, enquanto Paralluelo anotou os gols da equipe adversária.

Sem Marta, a jogadora Gabi Portilho, do Corinthians, assumiu um papel crucial na equipe. Portilho foi destaque ao marcar o segundo gol do Brasil no fim do primeiro tempo e ao dar uma assistência perfeita para Adriana ampliar o placar na etapa final. Ela já havia sido decisiva ao marcar o gol da vitória contra a França nas quartas de final.

A final entre Brasil e Estados Unidos no futebol feminino ocorrerá neste sábado, 10, às 12h (horário de Brasília), no Parc des Princes, em Paris.

Onde assistir?

TV aberta: Globo, com as cerimônias de abertura e encerramento e as principais competições.

TV por assinatura: Sportv, com transmissão das competições das principais modalidades.

Streaming: Globoplay e Cazé TV.

 

Olimpíadas de Paris 2024: quanto vale uma medalha de ouro, prata e bronze?

Depois de uma estreia forte nas Olimpíadas de Paris, a equipe de ginástica artística feminina do Brasil disputou a final da modalidade nesta terça-feira, 30. O time brasileiro, composto por Rebeca Andrade — medalhista de ouro nos jogos de Tóquio —, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, terminou em terceiro lugar, com bronze.

No fim, a equipe brasileira fechou a final em 3º lugar, com pontuação final de 164.497. A medalha de ouro ficou com os Estados Unidos (171.296) a de prata com a Itália (165.494). É a primeira vez que o Brasil conquista o pódio na competição de equipe.

Até o momento, o Brasil subiu quatro vezes ao pódio nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Conquistou uma prata (com Willian Lima, no judô) e três bronzes (de Rayssa Leal, no skate; de Larissa Pimenta, também no judô; e agora por equipes na ginástica artística). O Brasil é o 21º no ranking geral.

Rayssa Leal também conquistou a Medalha de Bronze, nas Olimpíadas de Paris 2024 (foto: Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

 

E agora, após o Brasil conquistar essas primeiras medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, surge a questão:

Qual é o prêmio em dinheiro para os atletas que sobem ao pódio?

A premiação varia conforme o tier (ouro, prata ou bronze) e conforme o número de atletas da equipe vencedora. Além de variar conforme a colocação no pódio, os valores são ajustados de acordo com a modalidade: individuais, em grupos (de dois a seis atletas) e coletivas (sete ou mais esportistas).

Para as modalidades individuais, a premiação é de R$ 350 mil para o ouro, R$ 210 mil para a prata e R$ 140 mil para o bronze. Esses valores representam um aumento de 40% em comparação com Tóquio 2020, quando o ouro recebia R$ 250 mil.

Já na categoria em grupo, de dois a sete atletas, o ouro vale R$ 700 mil, prata R$ 420 mil e bronze R$ 280 mil. Os esportistas da modalidade coletiva levam para casa R$ 1,05 milhão para o ouro, R$ 630 mil para a prata e R$ 420 mil no bronze.  As informações foram divulgadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Além dos prêmios oferecidos pelos comitês olímpicos e federações internacionais, os atletas também ganham bônus adicionais, que dependem do país e dos patrocinadores envolvidos. Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) não oferece prêmios em dinheiro e carrega essa tradição há 128 anos.

Quais países pagam mais pela medalha de ouro?

De acordo com um levantamento feito pelo portal “USA Today”, em julho deste ano, o Brasil é o 15º país com a maior premiação por medalha de ouro dentro das Olimpíadas. Veja a lista:

  1. Sérvia – US$ 214.900
  2. Malásia – US$ 212.180
  3. Marrocos – US$ 200.525
  4. Itália – US$ 193.410
  5. Lituânia – US$ 180.188
  6. Hungria – US$ 155.000
  7. Ucrânia – US$ 125.000
  8. Kosovo – US$ 107.450
  9. Espanha – US$ 101.003
  10. Grécia – US$ 96.705
  11. França – US$ 85.960
  12. Eslovênia – US$ 75.215
  13. Polônia – US$ 64.958
  14. Eslováquia – US$ 64.470
  15. Brasil – US$ 62.662
  16. Suíça – US$ 55.449
  17. Finlândia – US$ 53.725
  18. Estados Unidos – US$ 37.500
  19. Liechtenstein – US$ 27.725
  20. Alemanha – US$ 21.490

 

 

 

 

*Com informações Extra Globo e Valor Econômico

 

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Olimpíadas de Paris pode marcar a despedida de Marta?

A seleção brasileira de futebol feminino, com a jogadora Marta como titular, estreia nesta quinta-feira, dia 25, às 14h (horário de Brasília), nas Olimpíadas de Paris-2024, contra a Nigéria. A partida será em Bordeaux, no sudoeste da França. Globo, SporTV e Cazé TV transmitem a partida.

O Brasil está no Grupo C da competição e, na primeira fase, ainda vai enfrentar também Japão (dia 28), no Parque dos Príncipes, em Paris, e Espanha (dia 31), novamente no Estádio de Bordeaux.

Marta, aos 38 anos, se prepara para disputar sua sexta e última edição das Olimpíadas, com o objetivo de conquistar o inédito ouro.

Momentos decisivos

Os Jogos Olímpicos são um dos maiores eventos esportivos do mundo, proporcionando ao público a chance de acompanhar histórias de superação e conquistas. Em Paris, alguns atletas brasileiros enfrentarão momentos decisivos em suas carreiras, como é o caso da jogadora Marta.

Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, Marta busca o ouro olímpico inédito para o Brasil no futebol feminino. Após conquistar a prata em 2004 e 2008, a atacante pode fazer sua despedida em grande estilo, ao mesmo tempo em que tenta se tornar a artilheira histórica das Olimpíadas, atualmente com 13 gols, apenas um a menos que a compatriota Cristiane.

Enquanto Marta se despede, a jovem atacante Kerolin, de 24 anos, estreia nos Jogos Olímpicos. Recuperando-se de uma lesão no joelho, Kerolin recebeu elogios do técnico Arthur Elias, que destacou seu desempenho na liga profissional dos Estados Unidos e seu potencial para ajudar o Brasil na busca pelo ouro.

Arthur Elias, que assumiu a seleção em 2023, expressou grande confiança em sua equipe e no impacto positivo que Marta tem sobre suas companheiras, especialmente as mais jovens. Ele enfatizou a importância de um esforço coletivo para alcançar o objetivo de conquistar uma medalha.

O Brasil estreia nos Jogos Olímpicos de Paris com grandes expectativas sobre a escalação de Marta como titular. Elias, apesar de não confirmar, indicou que as chances são altas. A participação de Marta em sua última Olimpíada simboliza um momento histórico para o futebol feminino e para o esporte brasileiro.

Legado

Marta é considerada por muita gente como a melhor futebolista de todos os tempos, reconhecida como Rainha pelo próprio Rei Pelé. E não deixa de ser marcante como a reverência ao redor de Marta vai além dos títulos. Pelé se coroou muito por causa das Copas do Mundo. É um pecado que Marta não tenha um troféu de primeira grandeza com a Seleção, seja de Mundial ou de Jogos Olímpicos. O lugar da camisa 10 na história, de qualquer forma, é garantido por seu talento. Nenhuma outra mulher deslumbrou tanto com a bola nos pés quanto a craque em seu auge.

E há outros feitos para referendar Marta. Tantos recordes, tantas marcas quebradas. Suas medalhas Olímpicas precisam ser exaltadas. Em tempos nos quais o futebol feminino recebia escasso investimento no Brasil, Marta tomou o cetro e conduziu o legado de outras pioneiras. Conquistou duas pratas, em Atenas 2004 e Beijing 2008. Passou muito perto de botar o ouro no peito, o que mesmo assim não fez falta para que ela se firmasse no Olimpo.

A camisa 10 valorizou o espaço do futebol feminino entre as competições Olímpicas. Voltou tantas vezes para brigar pelo pódio. Paris 2024 marca a sexta participação Olímpica da craque. Conforme ela já indicou, a última, aos 38 anos. Sempre será um privilégio ver a maestria dentro de campo. E tantas garotas que se inspiraram na Rainha também são privilegiadas, por trilharem um caminho que a Rainha abriu com suor e lágrimas, mas também reverências e glórias.