Chica Doida, patrimônio cultural de Goiás, terá festival em cidade que originou o prato

Prato patrimônio cultural e imaterial dos goianos, a Chica Doida, receita tipicamente goiana, original da cidade de Quirinópolis, tem agradado o paladar e caído no gosto de pessoas de todo Brasil. Por isso, a cada ano que passa, a festa que leva seu nome cresce cada vez mais.

Na edição 2024, o Festival da Chica Doida vai acontecer de 1º a 5 de maio, no Parque de Exposições de Quirinópolis, com toda a programação gratuita e aberta ao público, com concurso gastronômico, apresentações voltadas ao público infantil, palestras e oficinas culinárias.

Além disso, terá programação com shows musicais com: Diego e Victor Hugo, Manu Bahtidão, Rio Negro e Solimões, Nando Moreno, Dj Carlos Henrique e Zé Neto e Cristiano.

A Chica Doida ganhou seu próprio festival em 2008, quando teve sua primeira edição. Em 2022, a festa foi reformulada e recebeu uma nova projeção, maior e mais moderna, alcançou novos públicos e despontou o turismo gastronômico em Quirinópolis.

Neste sentido, toda a programação foi planejada para não só reforçar a tradição e cultura envolvendo o prato, mas também fomentar toda a cadeia produtiva do milho na região, movimentar a economia e comércio local, além de ser uma opção de lazer para toda a população não só de Quirinópolis, mas de toda a região.

Festival da Chica Doida em Quirinópolis, a 291 km de Goiânia – foto: divulgação


Programação

Por isso, a partir do dia 1º de maio, quem chegar na Terra da Chica Doida, vai poder conferir de perto o Chica Bar e Violão, a partir das 19h30, com shows de cantores locais no palco secundário da festa, além de apresentações culturais de alunos da rede municipal e do projeto Quiri em Movimento da Assistência Social. Logo mais, a partir das 23h, abertura oficial da festa, seguida de show da dupla Diego e Victor Hugo.

Na quinta-feira, dia 2, a programação começa às 14h com uma oficina para crianças “Resgate às tradições: Chica Doida e sua história”. Às 16h, o grupo Imagine chega a Quirinópolis para recriar a história do prato com uma abordagem lúdica e encantadora para o público infantil. A noite, o Chica Bar e Violão começa a partir das 20h. E “olha onde a gente chegou, tudo que a gente conquistou”: logo em seguida, Manu Bahtidão assume o palco principal da festa.

E o ”sextou” do Festival da Chica Doida vai ser com “oficina das merendeiras: Massa fresca recheada com creme de milho e ragu de linguiça”, às 13h30. Depois, às 15h30, “Oficina Festiva: Croqueta de Chica Doida com Tilápia – As Paixões de Quiri”. Quando a noite cair, às 19h, acontece a primeira etapa do Concurso a Chica Mais Doida – Categoria Popular, no palco secundário. As inscrições estão abertas e vão até o dia 26 de abril. Fechando a noite, tem show da dupla Rio Negro e Solimões.

No sábado (4), o Senar preparou duas oficinas abertas a toda população e com vagas limitadas. Às 9h, os participantes irão aprender uma deliciosa receita de “Risole de Milho Verde”. No começo da tarde, às 13h, “Pastel de milho verde e Brigadeiro de Colher de Milho Verde”. As inscrições poderão ser realizadas, com antecedência, na Secretaria de Agricultura ou no dia da oficina, conforme disponibilidade de vagas.

E, para quem quiser aproveitar o sábado à tarde em ritmo de Chica Doida, o Chica Bar e Violão vai começar mais cedo, às 15h. Isso porque, no começo da noite, às 19h, tem a etapa escolar do “Concurso A Chica Mais Doida”.

E o Festival da Chica Doida não é completo sem sua embaixadora. A partir das 21h, o humorista Thiago Barnabé traz de volta a Narcisa para fazer todo mundo rir em mais uma edição do Cozinha Show. Para finalizar, tem show em dose dupla no palco principal com Nando Moreno e Dj Carlos Henrique.

No último dia de festa, domingo (5), tem Almoço da Chica, a partir das 10h30, com Chica Bar e Violão para animar a galera. Às 19h, resultado da premiação do Concurso “A Chica Mais Doida” com o humorista Thiago Barnabé e, fechando com chave de ouro, Zé Neto e Cristiano encerram o maior festival da região às 21h30 com um mega show.

A dupla Zé Neto e Cristiano, encerra programação de shows no festival


Concurso gastronômico

Uma verdadeira tradição no Festival, é o Concurso ”A Chica Mais Doida” que premia os participantes que fizerem a melhor Chica Doida a partir de quatro critérios: aroma, sabor, aparência/cor, textura/consistência. Ao todo são R$20 mil reais em premiação para duas categorias, popular e escolar, sendo R$5 mil para o primeiro colocado, R$3 mil para o segundo e R$2 mil para o terceiro.

As inscrições vão até o dia 26 de abril, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h, na Secretaria de Educação, Cultura e Esporte. Na categoria popular, poderão se inscrever toda comunidade, associações, instituições e comércio de Quirinópolis. Já a categoria escolar contempla todas as unidades de ensino do município.

Mais informações pelo WhatsApp (64) 98449-1201.

 

Cidade goiana abriga fantástico castelinho espanhol que implora por restauração

A cidade de Urutaí, situada a 170 quilômetros da capital de Goiás, abriga uma preciosidade arquitetônica que clama por restauração e preservação. Trata-se do Castelinho de Urutaí, uma construção centenária situada dentro do campus do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) da cidade, um marco histórico que, lamentavelmente, tem enfrentado anos de negligência.

Um pouco de história

De acordo com informações do IF Goiano, a construção do Castelinho foi executada por dois irmãos espanhóis, e o espaço serviu como residência para os diretores da instituição até o ano de 1980. Após uma interrupção prolongada, o prédio ganhou vida nova no ano 2000, transformando-se em museu e abrigando exposições variadas que retratavam momentos ímpares da história local.Infelizmente, o estado precário de conservação levou à sua interdição em 2015, momento a partir do qual se iniciaram os esforços para seu tombamento e restauração.

A esperança do tombamento

Com sua notória relevância histórica, em 2015 a Superintendência do IPHAN/GO mobilizou-se em uma tentativa de iniciar o processo de tombamento do Castelinho, uma ação que, além de reconhecer oficialmente seu valor, abriria portas para futuras restaurações. O relatório elaborado pelo IPHAN trouxe à luz o valor inegável do Castelinho, ressaltando seus traços arquitetônicos ecléticos e a riqueza dos detalhes em pedra presentes na escada, marcas distintas de uma época que já não retorna mais.

No entanto, apesar de seu inegável valor histórico e cultural, o processo de tombamento encontra-se paralisado, dado o cenário atual de restrição de recursos que prioriza a manutenção de bens já tombados. O IPHAN destaca que, mesmo com o tombamento, a responsabilidade financeira pela manutenção da edificação permaneceria sendo do proprietário, no caso, o IF Goiano.

 

A mobilização pelo resgate

Paulo Cunha, diretor do IF Goiano do Campus de Urutaí, não desistiu da batalha pelo Castelinho e, através de diversos editais, busca incessantemente recursos para a restauração do prédio, um bem que, segundo ele, “marca a história e a importância do IF Goiano em Urutaí e de toda a história que a cidade viveu, desde a estrada de ferro.”

Até o fechamento da matéria, na sexta-feira, 8 de setembro, a reportagem não havia conseguido contato com o IPHAN. O espaço continua aberto 

 

A história vibrante de uma cidade ferroviária

Urutaí destaca-se não apenas pela presença marcante do Castelinho, mas também por sua trajetória ligada à era dos trilhos. Surgida da expansão ferroviária, a cidade cresceu graças ao trabalho incansável de famílias que se dedicaram à operação e manutenção da ferrovia.O nome curioso, “Urutaí”, traz consigo uma lenda que remonta ao período nacionalista do Estado Novo Getulista, sendo forjado nas interações entre boiadeiros e carreteiros que paravam para descansar na região. Também é conhecida por “Pindura Saia”, um apelido cuja origem é cercada de mistério e que gera sentimentos diversos entre os moradores locais.

 

Cultura e economia: as faces de Urutaí

Urutaí não é apenas um município que preserva relíquias históricas; é um lugar de gente talentosa que alcançou projeção nacional, como o escritor João Felício de Oliveira Filho e o apresentador de TV Hamilton Carneiro. A cidade, que se situa a 170 quilômetros de Goiânia, destaca-se na produção agrícola, sendo um polo de produção de cana-de-açúcar, milho, arroz, sorgo, mandioca e soja, além de ter uma pecuária forte, atividade econômica principal da região.

Fotos: Assessoria de Imprensa IF Goiano 

 

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