Ciência comprova: mulheres precisam sair com amigas pelo menos uma vez na semana para serem mais saudáveis

Ter uma vida estável, ser realizada no trabalho e em sua vida social, manter um relacionamento romântico e saudável e uma rotina de cuidados consigo mesma, são só algumas coisas importantes para a felicidade da mulher.

Segundo um estudo realizado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, um bom rolê com as amigas também é de extrema importância para as mulheres se manterem saudáveis e felizes.

Apesar de compreender questões como o cansaço que acompanha a correria do dia a dia, e todas as responsabilidades em casa e no trabalho, o grupo de cientistas responsável pela pesquisa sugere que as mulheres tirem um tempinho para sair com suas amigas ao menos duas vezes por semana, uma vez que essa seria a chave para alcançar felicidade em todos os aspectos da sua vida.

Robin Dunbar, responsável pelo estudo, realizou entrevistas com diferentes participantes e chegou à conclusão de que as mulheres sentem uma melhora em saúde e bem-estar geral quando passam um tempo de qualidade ao lado de suas melhores amigas.

A pesquisa revela ainda que esse tempo junto às amigas pode fortalecer seu sistema imunológico, fazendo com que se recuperem mais rapidamente de doenças, diminuindo níveis de stress e ansiedade.

 

Veja também:

Ilha gigante e extraordinária perdida sob as ondas brasileiras é a nova novidade no mundo da ciência

Uma equipe de pesquisadores do Brasil e do Reino Unido descobriu evidências de que a Elevação Grande Rio, um planalto vulcânico submarino situado a aproximadamente 1200 quilômetros da costa brasileira, outrora constituiu uma ilha do tamanho da Islândia. Essa descoberta tem implicações significativas para a reivindicação do Brasil de estender suas fronteiras marítimas até essa área.

A seção do planalto que se acredita ter sido uma ilha representa cerca de um quinto da dimensão total da elevação, encontrando-se atualmente submersa a 650 metros abaixo da superfície oceânica. Em 2018, indícios dessa terra antiga emergiram quando uma expedição utilizando um submersível identificou camadas atípicas de argila vermelha, indicativas de solos tropicais antigos, uma característica inesperada no leito marinho.

Formada há aproximadamente 80 milhões de anos devido ao intenso vulcanismo, a Elevação Grande Rio experimentou um declínio em sua atividade vulcânica, levando à sua submersão progressiva. A presença da argila vermelha, descoberta posteriormente em uma fase de vulcanismo remanescente há cerca de 40 milhões de anos, serve como evidência contundente de que a área já foi uma ilha. Esse achado foi corroborado por mapeamentos sonar do fundo oceânico, realizados durante uma expedição com o navio de pesquisa brasileiro Alpha Crucis, que também documentou características geológicas singulares como fendas, terraços de praia fossilizados, e formações erosivas submarinas.

Por que algumas pessoas não gostam de abraços, a ciência explica

Todos nós conhecemos alguém que foge de abraços, não suporta nem a ideia de ser tocado por outras pessoas, sejam elas próximas ou não. Para alguns, isso se explica através das cinco linguagens de amor, de Gary Chapman. Mas segundo a ciência, algumas das causas principais para este comportamento é a criação ou problemas de autoestima.

 

Fatores da criação

O estudo de 2012, publicado pela revista Comprehensive Psychology, aponta que pessoas criadas por pais que gostam de abraçar estão mais propensas a replicar esse comportamento na fase adulta. Enquanto que, para aqueles criados por pais que evitam contatos físicos, apenas pensar em ser abraçado pode deixá-los desconfortáveis. 

Uma terceira situação seria o reflexo do comportamento oposto: crianças cercadas pela falta de toques físicos podem crescer com a necessidade de suprir essa carência, sendo mais propensas a querer abraçar o tempo todo.

Desse modo, fatores familiares geram impactos fisiológicos duradouros, independente do tipo de ambiente em que essas pessoas foram criadas. Essas atitudes são reproduzidas ao longo de toda a vida, sendo repassadas de geração em geração. 

 

Resposta fisiológica

Segundo Darcia Narvaez, psicóloga pela Universidade de Notre Dame, Estados Unidos, a falta de contato nas primeiras fases da vida atrapalha o desenvolvimento do nervo vago – feixe de nervos que vai da medula espinhal até o abdômen.

Os indivíduos perdem sua capacidade de criarem laços de intimidade e compaixão com os outros. Logo, o sistema de produção da ocitocina, também conhecido como hormônio do amor, é comprometido.

Uma pesquisa de 2014, realizada com órfãos, explica como a negligência afetiva pode impactar o desenvolvimento mental. Descobertas indicam que crianças adotadas tinham sistemas de ocitocina defeituosos já que, no período em que estiveram no orfanato, eles quase não receberam carinho. A falta de ocitocina dificulta a formação de uma personalidade mais sociável. 

 

Autoestima

Suzanne Degges-White, professora da Northern Illinois University (EUA), frisa que a baixa autoestima e problemas com o próprio corpo também podem desempenhar papel na aversão de alguém. Ela alerta ainda que o medo de ser tocado – física e emocionalmente – pode tornar todo esse desconforto ainda pior.

“As pessoas que estão mais abertas ao contato físico com os outros geralmente têm níveis mais altos de autoconfiança. Já as pessoas que têm níveis mais altos de ansiedade social, em geral, podem hesitar em se envolver em toques carinhosos com os outros, incluindo amigos”, esclareceu.

Imagem: Reprodução

Quer receber nossas dicas e notícias em primeira mão? É só entrar em um dos grupos do Curta Mais. Basta clicar AQUI e escolher.

Pesquisa goiana melhora produção de próteses com impressão 3D

Em um esforço para aprimorar a qualidade de vida das pessoas que enfrentam amputações de mão, uma pesquisa inovadora da Universidade Federal de Goiás (UFG) está revolucionando a produção de próteses com impressão 3D. O projeto, liderado pelo professor Pedro Henrique Gonçalves e vinculado ao Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação da UFG (PIP/UFG), aplicou materiais acessíveis para melhorar a aderência dessas próteses, tornando-as mais funcionais.

A estudante de Design de Produtos da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), Laura Duarte Santana, desempenhou um papel fundamental na pesquisa, trabalhando sob a orientação do professor Pedro Henrique. O foco do estudo foi proporcionar uma maior inclusão de pessoas que possuem um certo grau de amputação, tornando as próteses mais eficazes em seu uso diário.

Prótese 3D

Modelo de prótese utilizada nos experimentos. (Foto: Gabriel Fróes)

Laura começou sua pesquisa observando que a aderência das próteses impressas em 3D era um desafio significativo. Os dedos de plástico dessas próteses frequentemente não eram suficientes para segurar objetos lisos, o que limitava sua utilidade. “Fiz um primeiro teste com a prótese segurando um objeto, sem nenhum material extra de adesão. O fato do objeto ser um cano reto e liso fez com que o mesmo escorregasse, comprovando a falha na preensão dessas próteses impressas”, relatou Laura.

Para abordar esse problema, Laura realizou uma pesquisa abrangente, buscando referências teóricas relacionadas ao objeto de estudo. Um livro fundamental para sua pesquisa foi “Ergonomia: Projeto e Produção”, escrito por Itiro Iida, que a ajudou a identificar áreas potenciais de contato das mãos humanas. Ela conduziu uma série de experimentos, aplicando quatro materiais diferentes: silicone, PVC, E.V.A e látex. Os resultados revelaram que o látex, quando aplicado sobre as digitais, falanges e palma da mão protética, proporcionou a melhor aderência, suportando mais de 500 gramas na maioria dos experimentos.

Prótese 3D

Impressora 3D onde as próteses são fabricadas. (Foto: Gabriel Fróes)

O professor Pedro Henrique ressaltou a importância desse estudo ao afirmar que o uso de uma tecnologia de baixo custo nesse campo de pesquisa permitirá uma maior funcionalidade para pessoas que têm algum tipo de amputação. Ele destacou que cada pessoa que necessita de uma prótese tem desafios e necessidades únicos, tornando essencial a personalização de cada projeto.

 

Embora ainda esteja em fase de desenvolvimento, o projeto já despertou o interesse do Centro Estadual de Reabilitação e Recuperação (CRER), com o qual a UFG busca estabelecer uma parceria para ampliar os benefícios dessa pesquisa. A ideia é que o CRER contribua com conhecimentos técnicos, testagem, validação e acompanhamento dos pacientes beneficiados por essa inovação.

Prótese 3D

Iniciativa visa baratear os custos de produção. (Foto: Gabriel Fróes)

Em resumo, essa pesquisa da UFG está dando passos significativos para melhorar a qualidade de vida das pessoas que dependem de próteses impressas em 3D, abrindo novas possibilidades de funcionalidade e inclusão.

 

Quer receber nossas dicas e notícias em primeira mão? É só entrar em um dos grupos do Curta Mais. Basta clicar AQUI e escolher.

Fotos da matéria:  Divulgação/Gabriel Fróes

Primeiro híbrido de humano com macaco é desenvolvido por cientistas na China

Sob a liderança do pesquisador Juan Carlos Izpisúa, uma equipe de cientistas espanhóis conseguiram criar o primeiro ser híbrido do mundo, em um laboratório na China. Esta quimera cientifica é 50% humano e 50% macaco e coloca em pauta um debate polêmico sobre alterações genéticas.

Na mitologia grega, quimeras são criaturas com cabeça de leão, corpo de cabra e cabeça de serpente, que são capazes de cuspir fogo. A partir disso, os resultados de experimentos que combinam dois ou mais tipos de DNA são chamados de quimeras cientificas. No caso do experimento, o resultado foi uma quimera de macaco.

Em 2017, uma equipe também liderada por Izpisúa, desenvolveu embriões de quimeras de camundongos com ratos a partir da técnica de edição genética CRISPR (Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas). No estudo recente, os cientistas utilizaram a mesma técnica com o objetivo de modificar geneticamente os embriões de macacos para desativar genes essenciais na formação de seus orgãos, em seguida injetaram células humanas capazes de gerar qualquer tipo de tecido.

O resultado da pesquisa foi animador, segundo os cientistas, mas para evitar entraves éticos, a gestação do híbrido foi interrompida aos 14 dias, tempo insuficiente para que se desenvolva o sistema nervoso central humano. A pesquisa está sendo parcialmente financiada pela Universidade Católica de Múrcia, mas sendo realizada na China, pois as leis da Espanha poderiam atravancar o estudo. 

Segundo Estrella Núñez, vice-reitora da Universidade que financia o projeto, o objetivo final das pesquisas é transformar animais de outras espécies em uma espécie de fábricas de órgãos para transplantes humanos. Os autores não deram mais muitos detalhes sobre os resultados, já que pretendem publicá-los em uma revista científica de prestígio. 

O médico Ángel Raya, diretor do Centro de Medicina Regenerativa de Barcelona, recorda as “barreiras éticas” que experiências com quimeras enfrentam. “O que acontece se as células-tronco escapam e formam neurônios humanos no cérebro do animal? Terá consciência? E o que ocorre se estas células pluripotentes se diferenciarem em espermatozoides?”, exemplifica Raya. Estrella Núñez afirma que a equipe habilitou mecanismos para que as células humanas se autodestruam caso migrem para o cérebro.

Vale lembrar que a primeira quimera científica foi desenvolvida em 2010, pelo biólogo japonês Hiromitsu Nakauchi, que fez experimentos entre camundongos e ratos.  Hiromitsu acredita que em algum momento teremos que pular as linhas vermelhas que existiram até agora, como a interrupção da gravidez. Esta realidade está cada vez mais próxima já que o Japão mudou recentemente a lei que proibia esse tipo de experimentos para além do 14º dia de gestação e que também vetava a transferência de embriões para o útero de uma fêmea animal. A mudança de critérios do Governo japonês significa dar luz verde ao nascimento de animais com células humanas.

Em 26 de julho deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) se posicionou contra as técnicas de alterações genéticas em humanos, tais como a CRISPR.  Qual a sua opinião sobre este debate polêmico?

Foto: INSTITUTO SALK / EMBRIÃO DE CAMUNDONGO COM CÉLULAS DE RATO NO CORAÇÃO