Confira o calendário e pontos de vacinação contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos em Goiânia

Com a inclusão de crianças entre 5 a 11 anos de idade no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), Goiânia iniciará a aplicação dos imunizantes para este público ainda este mês, a partir do envio de vacinas pelo Ministério da Saúde que está previsto para chegar à capital até o dia 17 de janeiro. Conforme levantamento da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a capital goiana conta com 120 mil crianças aptas para receber a primeira dose pediátrica do imunizante.

Em relação à vacinação infantil, a recomendação é para que todas as crianças sejam imunizadas. “Para a vacinação das crianças de 5 a 11 anos, a Prefeitura de Goiânia já está preparada e recomenda a ação. A vacina tem cumprido o seu papel. Para isso, vamos disponibilizar, assim que as doses chegarem, 15 pontos para aplicação do imunizante”, explica o titular da SMS, Durval Pedroso, acrescentado que o calendário da SMS é de 17 de janeiro a 12 de fevereiro. “Buscamos nesse período vacinar o maior número de crianças possível”, disse.

O secretário Durval Pedroso ressalta ainda que a vacinação será realizada com a vacina da Pfizer, autorizada para aplicação no público infantil pela Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa), com o intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose, levando em consideração que dosagem das crianças é menor que a dos adultos, mas tem a mesma eficácia, conforme demonstrado por estudos já publicados.

Para o superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Yves Mauro Ternes, a vacina possui composição específica para a faixa etária de 5 a 11 anos. “Conforme preconizado em Nota Técnica, as doses não serão administradas junto com outras vacinas do calendário infantil, sendo recomendado, por precaução, um intervalo de 15 dias”, explica o superintendente, salientando que os 15 postos de vacinação vão funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados das 8h às 16h, sem agendamento.

 

Confira o calendário de vacinação das crianças:

– De 17 a 19 de janeiro: crianças de 11 anos
Local: Centro Municipal de Vacinação (CMV)
Edereço: Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, s/n, Setor Pedro Ludovico, Goiânia.

 

– De 20 a 22 de janeiro: crianças de 10 anos

– De 24 a 26 de janeiro: crianças de 9 anos

– De 27 a 29 de janeiro: crianças de 8 anos

– De 31 de janeiro a 2 de fevereiro: crianças de 7 anos

– De 3 a 5 de fevereiro: crianças de 6 anos  

– De 7 a 9 de fevereiro: crianças de 5 anos

– De 10 a 12 de fevereiro: repescagem

 

Locais de vacinação das crianças:

– Centro Municipal de Vacinação (CMV)

– CS Cidade Jardim

– Ciams Novo Horizonte

-UPA Novo Mundo

– USF Goiânia Viva

– USF São Francisco

– USF Jardins do Cerrado IV

– USF Leste Universitário

– USF Parque Santa Rita

– USF Jardim Guanabara I

– USF São Judas Tadeu

– USF Alto do Vale

– USF Vila Mutirão

– USF Boa Vista

– USF Recanto das Minas Gerais

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Goiás aplica mais de 82 mil doses de vacina contra Covid-19 em moradores do Distrito Federal

 

 

O Governo de Goiás aplicou 82.103 vacinas contra a Covid-19 em pessoas com endereço do Distrito Federal (DF). Destas, 64.666 referentes à primeira aplicação, 17.360 ao reforço e 77 receberam imunizante de uma única dose. Para esse levantamento, foram consideradas as informações inscritas no Cartão Nacional de Saúde. Recentemente, o governador Ronaldo Caiado comentou que “não é possível barrar a vacinação de brasilienses do ponto de vista legal e, acima de tudo, moral”.

 

O registro de moradores ocorre em todo o Estado, entretanto, pela proximidade com Brasília, as Regiões de Saúde do Entorno Norte e Sul são as com mais casos de imunização de brasilienses. De acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial o da universalidade, as pessoas podem se vacinar fora das cidades de origem. “Jamais admitiria que esse princípio fosse quebrado”, ressaltou Caiado.

 

Nesta semana, o Estado iniciou uma nova etapa da campanha que visa acelerar a aplicação das vacinas nos municípios goianos. O governador Ronaldo Caiado confirmou, nas redes sociais, uma mudança na estratégia de imunização. “90% das vacinas que chegarem serão aplicadas nos municípios por faixa etária. 10% destinam-se a grupos específicos”, informou.

 

Balanço

O Governo de Goiás, em parceria com as prefeituras municipais, já imunizou 244.802 pessoas no Entorno do Distrito Federal com a primeira dose das vacinas contra a Covid-19. Em relação ao reforço, 71.297 receberam a aplicação. Ao todo, foram distribuídos 434.034 imunizantes aos 15 municípios que contornam a capital federal e as cidades-satélites.

 

A Região de Saúde do Entorno Sul, que abrange os municípios de Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cristalina, Luziânia, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás, teve 226.836 vacinas aplicadas contra a Covid-19, das quais 173.760 para primeira dose e 52.970 para reforço. 

 

No Entorno Norte, constituído pelos municípios de Água Fria de Goiás, Alto Paraíso, Cabeceiras, Flores de Goiás, Formosa, Planaltina, São João D’Aliança e Vila Boa, foram aplicados 94.461 imunizantes, sendo 75.756 para a primeira aplicação e 18.705 para segunda. 

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Foto: SES-GO

Cientista brasileira encontra proteína chave para tratamento da Covid

Uma cientista brasileira, professora de biologia celular da Universidade de Southwestern, no Texas, EUA, lidera uma pesquisa que encontrou uma proteína chave para o tratamento da Covid-19. Beatriz Fontoura está à frente do estudo que identificou a forma como uma proteína de coronavírus chamada Nsp1 bloqueia a atividade de genes que promovem a replicação viral.

O grupo de pesquisadores, do qual faz parte a cientista brasileira, analisou como impedir a ação dessa proteína que faz com que o vírus se multiplique o que dá esperança para novos tratamentos. O estudo foi publicado agora em fevereiro na Science Advances.

“Quando um vírus infecta uma célula, a forma como a célula hospedeira reage é alterando as vias celulares de certa maneira que neutraliza a infecção viral”, disse Beatriz Fontoura a EurekaAlert. “Os vírus podem atingir muitas dessas vias para favorecer sua própria replicação”, explica.

Vírus da Gripe
 
Os pesquisadores da UT Southwestern acrescentaram outra peça a esse quebra-cabeça. “Estudamos a proteína NS1 do vírus influenza que bloqueia a ação na célula. Decidimos, então, testar a proteína do coronavírus”, disse Ke Zhang, Ph.D., pesquisador de pós-doutorado.

O Nsp1 do coronavírus foi descrito como uma proteína multifuncional capaz de alterar a replicação viral e suprimir a produção de outras proteínas, algumas das quais estão envolvidas na resposta imune. O grupo de Beatriz Fontoura procurou saber como o Nsp1 faz isso e se usa um mecanismo semelhante ao da proteína NS1 do vírus influenza.

Os cientistas descobriram que a proteína do coronavírus suprime a capacidade que a célula tem de responder à infecção viral, permitindo que o SARS-CoV-2 se replique. Os pesquisadores se perguntaram o que aconteceria se Nsp1 pudesse ser impedida de realizar uma dessas funções?

Em um experimento, eles infectaram células com SARS-CoV-2 e adicionaram um excesso de NXF1, que é sintetizado dentro do núcleo das células, para ver se isso bloquearia a replicação do vírus. Surpreendentemente, foi exatamente o que aconteceu.

Reforço celular

Quando as células tiveram acesso a mais NXF1 do que o vírus SARS-CoV-2 poderia suprimir, elas foram capazes de impedir a multiplicação do vírus. “Se você encontrar uma maneira de bloquear a interação entre Nsp1 e NXF1 ou aumentar a quantidade de NXF1 na célula, obterá mRNAs do núcleo e poderá obter um efeito protetor, como sugerido por nossos experimentos”, diz Fontoura.

Os tratamentos COVID-19 se concentram no gerenciamento dos sintomas enquanto o corpo luta contra a infecção com suas defesas naturais.

Mais estudos

Uma área chave de interesse nas terapias virais é direcionar as células infectadas para impedir a replicação do vírus. Focar em Nsp1 ou sua interação com NXF1 representa uma maneira possível de fazer isso.

“Ainda precisamos saber mais, como a estrutura do Nsp1 ligada ao NXF1, o que esclareceria como isso bloqueia a exportação de mRNA e como podemos revertê-la”, diz Zhang. “A pesquisa é promissora, mas para desenvolver terapias no futuro, primeiro precisamos entender melhor o mecanismo”, garantiu o pesquisador.

Mesmo com a chegada das vacinas, o vírus continua se espalhando e há necessidade de desenvolver essas terapias alternativas. Os cientistas esperam conseguir isso estudando como o SARS-CoV-2 infecta as células e se propaga, neutralizando o sistema imunológico natural do corpo.