Conheça o gari de Goiânia artista visual e responsável pela galeria de pinturas da Comurg

Letreiro da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), há 10 anos, Elidon Alves aprendeu a pintar ainda criança, estimulado pelo pai, que também é artista visual autodidata. “Apesar do estímulo, todos contam que descobriram em mim um talento nato, dada a minha facilidade em desenhar pessoas, personagens e, a partir daí, fui aprimorando algumas técnicas com o meu pai”, conta o profissional, que faz pintura em acrílico, óleo sobre tela e grafite. 

Elidon, que é também responsável pela varrição de ruas, foi quem desenhou os presidentes da companhia, expostos em galeria na sede da Vila Aurora. “Uma grande honra ter colaborado com esse trabalho, me lembra as galerias de outros poderes, como a gente vê na Câmara de Vereadores, na Assembleia Legislativa e na própria Prefeitura de Goiânia”, comenta o letreiro.

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Pinturas dos presidentes da Comurg feitas por Edilon 

Apesar do talento, o servidor conta que nunca participou de exposição artística, e não comercializa obras por encomenda. “Apenas presenteio familiares e amigos. Aqui mesmo, na sede, tem várias telas minhas nas paredes”, conta, ao acrescentar que “coração bate mais forte” pela companhia. “Tudo o que adquiri na vida foi por meio do meu trabalho na Comurg”, assinala Elidon.

 

Foto: Luciano Magalhães/Comurg

Artista plástico recebe 450 mil para expor em museu e entrega quadros em branco

”Pegue o Dinheiro e Fuja”, esse foi o nome da ”obra” entregue por um artista plástico para um Museu na Dinamarca. O artista dinamarquês Jens Haaning recebeu a encomenda do Museu Kunsten. Ele foi convidado a reproduzir duas de suas obras que representam o salário anual na Dinamarca e na Áustria, e recebeu a quantia de 534 mil coroas, cerca de R$ 450 mil.

Depois que o artista embolsou o dinheiro e produziu as telas em branco, a reação do museu até agora tem sido mista. Em entrevista para a BBC, o diretor do museu, Lasse Andersson disse que: “Ele mexeu com minha equipe de curadoria e também mexeu comigo um pouco, mas eu também tive que rir porque foi muito engraçado”.

No entanto, Andersson deixou claro que o dinheiro precisa ser devolvido quando a exposição terminar. “É o dinheiro do museu e temos um contrato dizendo que o dinheiro estará de volta no dia 16 de janeiro”, disse.

O artista, de 56 anos, entretanto, prometeu ficar com o dinheiro e disse que a “a obra de arte é que eu peguei o dinheiro deles’’. Além disso, o pintor afirmou que ‘’deu o golpe’’ no museu como forma de protesto: “Estimulo outras pessoas que têm péssimas condições de trabalho como eu a fazer o mesmo”, disse.

 

 

Imagem: Divulgação BBC

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Artista goiano abre exposição virtual aos 93 anos

O bucolismo, troca de estações, tempo e o nosso cerrado são os cenários perfeitos para o artista plástico goiano Elder Rocha Lima, de 93 anos. A paisagem sempre foi a principal temática da sua carreira, que nessa semana começa uma exposição virtual “Caminhos e Veredas”. A curadoria é de Antonio da Mata, diretos do Museus de Arte de Goiânia (MAG) e a produção é assinada por Malu da Cunha.

Além do Cerrado, Elder apresenta um conjunto de pinturas de retratos de pessoas que ele nunca viu na vida. O artista disse ao O Popular que de tão real, ele acredita que foi guardado na memória traços de rostos que foram passando pelo seu caminho.

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Pois bem, quem olha para as obras de Elder fica admirado com tantas árvores escondendo casas e ruas, em uma verdadeira beleza que não faz mais parte do tempo atual. Apesar de algumas semelhanças com a cidade, como monumentos e igrejas. A Cidade de Goiás, por exemplo, no primeiro olhar, até parece uma fotografia do passado, mas tudo faz parte da imaginação do artista.

É como se Élder projetasse nas telas o mundo onde gostaria de viver, repleto de calmaria e sem desmatamento.

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A exposição virtual ficará para visitação por tempo indeterminado. Seu atual trabalho é a quebra de um período de oito anos sem nenhuma apresentação dos seus trabalhos, a última foi em Goiânia na galeria Beco das Artes. Apesar do longo período, Elder nunca ficou longe da arte. Enquanto morou em Brasília, ele lançou mais de 10 livros, como o “Guia Afetivo da Cidade de Goias”.

A atual exposição de Elder estava agendada para ocupar todas as salas do MAG, mas por conta da pandemia acabou sendo cancelada. De acordo com O Popular, o artista não ficou muito entusiasmado quando foi sugerido o formato digital, por não ter muito contato com as redes sociais nem redes sociais.

Hoje, Elder vê com uma nova perspectiva, já que pode alcançar um público maior com a exposição virtual. É um marco na sua biografia.

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Elder Rocha Lima, nasceu na Cidade de Goiás, em 1928. Ele é um dos principais nomes da história da arte goiana, formou-se em arquitetura no Rio de Janeiro, fez várias exposições de suas obras ao longo da vida, além da publicação de livros. 

 

Imagens: Reproduzidas da Internet | Créditos: O Popular