Zoológico de Goiânia tem mais de 60 anos e cerca de 450 animais

O primeiro Zoológico da história data de cerca de 5.500 anos atrás, na cidade de Nekhen, no Egito. O local funcionava como uma espécie de coleção particular que mantinha centenas de animais como hipopótamos, elefantes, antílopes, babuínos e felinos selvagens.

Apenas o faraó e a elite do Antigo Egito tinham acesso à essa área. Muitas vezes, caçadores e presas eram colocados no mesmo recinto. A caça divertia os convidados especiais dos faraós. Aquela coleção servia como uma demonstração de riqueza e poder aos dignatários estrangeiros.

Dois mil anos depois, a Faraona Hatshepsut abriu o primeiro zoológico para visitação pública. O lugar, que também tinha finalidade de exibir poder, guardava a sua coleção de animais que eram trazidos como tributo das províncias ao sul. Ave, macacos, leopardos, rinocerontes e girafas eram levados da Somália para a área de residência da Faraona.

Já na Era Moderna, a Renascença impulsionou os avanços dos Zoológicos. As grandes navegações carregavam coleções de animais a fim de alimentar a necessidade de demonstração de poder por parte dos monarcas, nobres e aristocratas.

Os animais só passaram a ser cuidados e bem tratados mais tarde. Trazer os animais para as grandes cidades e promover sua exposição como um Zoológico, da forma que conhecemos, só começou em 1888. O Barão de Drumond fundou, no Bairro de Vila Isabel, no estado do Rio de Janeiro, o primeiro zoológico do Brasil.

Em Goiânia, o zoológico chegou junto com a transferência de capital, de Villa Boa de Goyaz para Goiânia. Uma área doada por Urias Magalhães, em 1933, foi intermediada pelo governador Pedro Ludovico Teixeira, que tinha como objetivo fazer uma ligação entre Goiânia e Campinas.

No início dos anos 1940, o espaço recebeu a construção do Parque Lago das Rosas. O local funcionava como um clube público, dedicado à recreação e diversão familiar. Uma faixa de terra da área foi destinada ao cultivo de hortaliças para abastecer hospitais da cidade. O Horto, como foi batizado, era de responsabilidade de Saturnino Maciel de Carvalho.

Ao conhecer o professor e ornitólogo, José Idasi, Saturnino recebeu a doação de alguns animais, no ano de 1953. O espaço do Horto passou a funcionar como um mini zoológico. Começava ali a tradição dos visitantes em levar os filhos para conhecer os animais e aproveitar a área verde.

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

Saturnino Carvalho recebeu então o apoio do interventor federal, Pedro Ludovico, para a criação do Jardim Zoológico. O Parque Zoológico de Goiânia foi oficialmente fundado em 1956. Desde a década de 1960 segue sob responsabilidade do público municipal, sendo gerido pela Agência de Turismo, Eventos e Lazer – AGETUL. O local funciona como um dos principais cartões postais de Goiânia.

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

zoológico

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais 

 

O zoológico conta com a inclusão e cuidado de espécies como macacos, tigre, onça, leão, urso, anta, cabra, cervo, hipopótamos, lhamas, lobo guará, lontras, sagui, tamanduá bandeira, veado mateiro, araras, ararinhas, avestruz, águias, cisne, ema, flamingo, pavão, gavião, jacu, mutum, papagaios, periquitos, tucano, urubu, cobras, jabutis e iguanas. 

 

Quer receber nossas dicas e notícias em primeira mão? É só entrar em um dos grupos do Curta Mais. Basta clicar AQUI e escolher.

Com tramitação marcada por polêmicas, Plano Diretor é aprovado pela Câmara de Goiânia

Depois de muitas polêmicas, a Câmara Municipal aprovou nesta quinta-feira (02/02), em caráter definitivo, o novo Plano Diretor de Goiânia. Nos últimos meses, a proposta gerou diversos debates entre representantes da sociedade civil, legisladores e especialistas. A matéria foi aprovada com 25 votos favoráveis.

Somente seis vereadores votaram contra o projeto. São eles: Aava Santiago (PSDB), Anderson Sales Bokão (DEM), Lucas Kitão (PSL), Marlon Teixeira (Cidadania), Mauro Rubem (PT) e Santana Gomes (PRTB). Sargento Novandir (sem partido) e Joãozinho Guimarães (SD) não compareceram à votação. 

Desde que começou a tramitar na Câmara, diversos pontos do projeto geraram polêmica. Entre eles, redução das áreas de preservação permanente, possíveis prejuízos às nascentes, aumento de áreas com autorização para construção de edifícios e modificação na hierarquia de 27 ruas da capital.

Contrário ao projeto, o vereador Mauro Rubem tentou atrasar a votação. O parlamentar pediu vistas, sugeriu emendas e solicitou a retirada de pontos específicos. Outros parlamentares, como Aava Santiago e Lucas Kitão, demonstraram preocupação com a condução da tramitação da matéria. Os dois criticaram a rapidez com que a proposta foi discutida e colocada em votação. A relatora da matéria, Sabrina Garcêz, no entanto, declarou acreditar que a aprovação representa um grande desenvolvimento para a capital

Foram favoráveis à proposta Anselmo Pereira (MDB), Bruno Diniz (PRTB), Cabo Senna (Patriota), Clécio Alves (MDB), Edgar Duarte (PMB), Gabriela Rodart (DC), Geverson Abel (Avante), Henrique Alves (MDB), Isaias Ribeiro (Republicanos), Izídio Alves (MDB), Juarez Lopes (PDT), Kleybe Morais (MDB), Leandro Sena (Republicanos), Leia Klebia (PSC), Léo José (PTB), Luciula do Recanto (PSD), Pastor Wilson (PMB), Paulo Henrique da Farmácia (PTC), Pedro Azulão Júnior (PSB), Raphael da Saúde (DC), Ronilson Reis (Podemos), Sabrina Garcêz (PSD), Sandes Júnior (PP), Thialu Guiotti (Avante) e Willian Veloso (PL).

(Foto: Divulgação / Câmara de Goiânia)

 

Cinco pontos polêmicos do Plano Diretor de Goiânia

A base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) quer aprovar o Plano Diretor de Goiânia (PDG) ainda nesta semana. A proposta define as diretrizes para o planejamento urbano do município e pode ter impacto no desenvolvimento econômico e no ordenamento territorial da cidade, abrangendo elementos de mobilidade urbana, sustentabilidade ambiental, saneamento e moradia. No entanto, a Proposta de Lei Complementar (PLC) tem gerado diversos debates entre representantes da sociedade civil, legisladores e especialistas. O Curta Mais levantou cinco pontos que estão no centro das polêmicos que envolvem o projeto. Confira:

Redução das áreas de preservação permanente
Umas das medidas propostas é a diminuição do índice de áreas de preservação permanente. Pelo projeto, haverá redução do índice da legislação municipal para o mesmo número do Código Florestal. No entanto, segundo uma análise divulgada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), nas áreas rurais há mais espaço para escoamento das águas da chuva e, por isso, o número é menor. Ou seja, em áreas urbanas, os alagamentos são mais comuns.

Prejuízo às nascentes
De acordo com a UFG, o projeto prevê, também, a possibilidade de construir em nascentes intermitentes, que deixam de existir em época de seca e voltam na época das águas. Para a instituição, dependendo de como for feita a drenagem, quem construir em cima, vai ter uma umidade muito grande. 

Aumento em áreas para edifícios
A proposta estima um crescimento de 16,2% na extensão das chamadas áreas adensáveis, ou seja, onde o planejamento indica suporte para maior número de moradores por meio da verticalização. Com isso, a previsão é que de 55 quilômetros quadrados em que são permitidas construções acima de 12 metros de altura, Goiânia passe a contar com 64 km².

Mais trânsito em quase 30 ruas
A hierarquia de 27 ruas da capital, localizadas em 21 de bairros será modificada. Elas passarão a ter o limite de velocidade aumentado de 30 quilômetros por hora para 40 km/h. A medida deve aumentar a quantidade.

Foto: Jackson Rodrigues – Prefeitura de Goiânia