Banco no centro de Goiânia tem prédio histórico assinado por ícone da arquitetura

Santander usa prédio do antigo Banespa projetado pelo paulistano Ruy Ohtake, um dos principais nomes da arquitetura contemporânea do Brasil. O edifício, que faz parte de uma série de prédios de Ohtake construídos para o Banespa, foi projetado em 1977 e construído dois anos depois.

Edifico

O edifício, que se destaca na arquitetura da capital de Goiás, tem como característica curvas e concreto, bem ao estilo modernista. O objetivo do design era unir “liberdade plástica, rigor construtivo e flexibilidade funcional”.

O prédio está localizado na Rua 3, na esquina com a Rua 9, no centro de Goiânia. O espaço tem área de a 2.450 metros quadrados. No edifício se destacam as curvas, que são características do trabalho do arquiteto que era conhecido pela atenção ao movimento que ele dava à estrutura típica dos modernistas.

O pavimento térreo do prédio da tem um recuo maior do que o exigido como forma de gentileza urbana. A obra de Goiânia, assinada por Ohtake, integra um conjunto de experiências arquitetônicas que se alastraram pelo Brasil na década de 70.

Eram edifícios de com imagem de austeridade, poucos elementos construtivos em concreto armado aparente. O diferencial do prédio do atual Santander é o fato do concreto armado “dobrar-se às curvas”.

Ohtake sonhava com construções diferentes daquelas que já ocupavam os centros históricos das capitais. Para ele era necessário incluir novas formas e cores à arquitetura, uma arte tão difícil. Foi ele o primeiro arquiteto a unir arte, poesia, arquitetura e funcionabilidade fluída.

O prédio foi desenvolvido para que funcionasse uma agência do Banespa, mas suas dependências são capazes de abrigar diferentes aplicabilidades. A obra expressa uma arquitetura brasileira extremamente contemporânea, mesmo com seu desenvolvimento datando da década de 70.

Sua obra se diferencia da arquitetura proveniente de Goiânia e foge do tradicional Art Déco.

Parthenon Center: conheça a história do edifício que revolucionou a arquitetura goiana

Grandioso e histórico, o Parthenon Center foi inaugurado em 1976. O  edifício é considerado o símbolo da consolidação do modernismo na cidade que tinha o Art Déco como principal referência arquitetônica. O prédio, que aguça a curiosidade de quem o vê de fora, possui cerca de 45 mil m² de área construída e garagem para 980 automóveis. Localizado no centro de Goiânia, a construção ocupa um quarteirão inteiro com acessos pela rua 4, 7, 17 e 6.

parthenon

 

O arquiteto Antônio Lúcio Ferrari Pinheiro, que trouxe uma boa influência da arquitetura mineira para Goiânia, foi quem assinou o projeto.  Durante a projeção do  Parthenon, o modernismo chegava ao Brasil como crítica ao passado. A modernidade procurava encontrar um ponto que ligasse as pluralidades culturais das regiões.

Um anúncio feito pela incorporadora do prédio na Revista Veja, em 1976, mostra como era o sentimento em relação ao edifício que chegava. Maior obra arquitetônica do Estado de Goiás – Parthenon Center” dizia o anúncio, que destacava a dimensão e os benefícios do prédio.

parthenon

Seu estilo moderno, com concreto aparente, cria uma perfeita oposição às outras arquiteturas encontradas na região. A edificação conta com traços geométricos em um prédio com cerca de 70 metros de altura. De acordo com alguns historiadores, o Parthenon reflete o crescimento da região central da capital com suas múltiplas funções, como o posto de sede da Rede MOB (antiga Setransp).

Desde 1988, suas dependências abrigam o Centro Cultural Octo Marques e duas galerias de arte: Frei Confaloni e Sebastião Reis. Além da Escola de Artes Visuais (EAV) gerenciada pela Secretaria de Estado de Cultura, do Governo de Goiás. O edifício já serviu de abrigo também ao tradicional Museu de Arte Contemporânea que, atualmente, está localizado nas dependências do Centro Cultural Oscar Niemeyer.

parthenon

Nas décadas de 1970, o edifício era mais um símbolo de modernismo em Goiânia como resultado da influência de Brasília e dos profissionais formados na capital goiana, na Escola de Arquitetura da PUC-GO. Alvo de estudos foi citado em vários trabalhos, um deles o apontou como um templo a modernidade ao lhe relacionar com o Partenon construído para a deusa grega Atenas. “O Edifício Parthenon Center de Goiânia surge como um templo para a deusa modernidade”, apontou o estudo.

Na época do desenvolvimento do edifício Parthenon, o modernismo chegava ao Brasil como crítica ao passado. A modernidade procurava encontrar um ponto que ligasse as pluralidades culturais das regiões.

 

Imagem: Reprodução Camilo Oliveira