Conheça Juliano Moreira, psiquiatra negro homenageado na home do Google

Juliano Moreira nasceu no dia 6 de janeiro de 1872, original de Salvador, o médico e professor baiano é reconhecido pelo seu trabalho na área da Medicina, especialmente no campo dos transtornos mentais. Negro e de origem humilde, Moreira é reconhecido como o fundador da disciplina psiquiátrica no Brasil, de acordo com um artigo do Brazilian Journal of Psychiatry. 

Uma figura de muitos títulos, Juliano Moreira se apresentava como médico, tropicalista, dermatologista, alienista, psicólogo, naturalista e historiador da medicina brasileiro. Fundamental à luta antirracista no Brasil, durante um período em que conceitos como o racismo científico faziam parte das discussões acadêmicas, Moreira é o homenageado da Google no dia em que completaria 149 anos de vida.

Retrato de Juliano Moreira | Reprodução: BBC

Trajetória profissional 

Filho de uma mulher negra, trabalhadora na casa de um dos grandes aristocratas da Bahia no período, Juliano Moreira teve os primeiros anos de vida marcados pela pobreza e o preconceito. Com o falecimendo de sua mãe, o futuro psiquiatra fpo perfilhado por um funcionário público português, o que então permitiu que ele fizesse os cursos preparatórios e ingressasse na Faculdade de Medicina da Bahia aos 13 anos de idade.

Aos 19 anos, graduou-se em Medicina, tornando-se então um dos primeiros médicos negros do país, segundo a Academia Brasileira de Ciências. Moreira procedeu seus estudos e concluiu o Doutorado aos 22 anos, publicando teses reconhecidas até o período atual. 

Tornou-se professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Bahia, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), cinco anos após ter se formado. Como pesquisador, Juliano Moreira representou o Brasil em diversos Congressos no exterior, apresentando seus estudos em Paris, Berlim, Lisboa, Milão e outros países europeus, assim como no Japão. 

Em 1903, assumiu o cargo de Diretor do Hospício Nacional de Alienados, no Rio de Janeiro. Nessa função, Moreira instaurou tratamentos humanizados aos pacientes com transtornos mentais, abolindo o uso de camisas de força, retirando grades das janelas e separando os pacientes de acordo com a idade. Seu trabalho no Rio de Janeiro é responsável pela criação de novas metodologias de tratamento e internação no país inteiro até os dias atuais. 

Além das iniciativas profissionais, o médico foi conhecido pelo combate de teses racistas no âmbito científico. Moreira defendia que a origem das doenças mentais se devia a fatores físicos e situacionais, e não a questões de raça, etnia e miscigenação, como acreditavam os acadêmicos da época. 

Para além da área psiquiátrica, Moreira também teve destaque na Dermatologia. Registros e artigos apresentam-o como o primeiro pesquisador a identificar a leishmaniose cutâneo-mucosa, e o responsável por explicar sua origem, desassociando-a da questão racial. 

Como membro ativo da Academia Brasileira de Ciências, Moreira realizou a defesa da humanização de pacientes com transtornos mentais, assim como o combate às teses racistas. Além disso, nessa mesma época, o médico foi responsável por receber e acompanhar Albert Einstein em sua primeira visita ao Brasil.

Atualmente, a Academia Brasileira de Ciências afirma que a atuação de Moreira foi fundamental para a aprovação da lei federal que garante assistência médica e legal a doentes psiquiátricos. Entre as grandes ações de sua carreira também está a fundação da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins.

Doodle do Google em homenagem ao médico | Reprodução: Google

Legado e lições

O médico faleceu no dia 2 de maio de 1933 em decorrência de uma tuberculose avançada. Moreira passou seus últimos dias no Sanatório de Correias, na cidade de Petrópolis, e não deixou filhos. Após seu falecimento, um hospital psiquiátrico da Bahia foi batizado como Hospital Juliano Moreira, em sua homenagem. 

Apresentado pelo Google como o homem que “revolucionou o tratamento de pessoas com transtornos mentais no Brasil e lutou incansavelmente para combater o racismo científico e a falsa ligação de doença mental à cor da pele”, Juliano Moreira deixou um legado em diversas áreas do conhecimento e do pensamento sociocientífico. 

A herança de Moreira inclui a formulação de propostas e novos modelos para tratamentos psiquiátricos, a aprovação da lei de assistência aos alienados em 22 de dezembro de 1903 e a fundação da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins em 1906. Para o campo da Antropologia e da Sociologia, o médico deixou um histórico de combate ao racismo científico, atuando na refutação das teses que associavam o desenvolvimento de doenças mentais ao tom de pele e etnia. 

Kanye West é hospitalizado em Los Angeles e faz exames psiquiátricos após cancelar turnê

O rapper Kanye West sempre está cercado de polêmicas. Agora, depois de cancelar sua turnê do disco ‘Saint Pablo’, a imprensa internacional anunciou que o cantor foi hospitalizado nessa segunda-feira (21/11) em Los Angeles.

De acordo com fontes, West deu entrada no hospital devido à estresse e exaustão mental após seu treinador Harley Pasternak ligar para a emergência.

O site TMZ diz que ele tentou evitar a ida ao hospital, onde acabou sendo submetido a avaliações psiquiátricas.

 

Nos últimos shows apresentados pelo rapper, ele acabou cantando poucas músicas, saindo do palco antes do previsto, e dando declarações que deixaram o público irritado (como seu apoio a Donald Trump e uma crítica feita ao casal Jay Z e Beyoncé).

 

Ator de Star Wars está internado em hospital psiquiátrico

Se você é fã da franquia Star Wars com certeza se lembra do jovem Anakin SkyWalker.

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O papel foi interpretado por Jake Matthew Lloyd, hoje com 27 anos. Quando criança participou também do famoso “Um Herói de Brinquedo”, com Arnold Schwarzenegger. Mas foi depois de ser escolhido por George Lucas para participar de uma das maiores sagas cinematográficas da história do cinema que ele realmente fez sucesso.

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Lloyd interpretou o rapaz que se tornaria um cavaleiro Jedi e se voltaria para o lado negro da Força, mais tarde sendo conhecido como Darth Vader.

 

Jake tinha tudo para alavancar na carreira artística, mas acabou seguindo um caminho errado e usando drogas e álcool excessivamente. Em junho de 2015 acabou sendo preso por conduzir um carro alcoolizado e em 2016 foi diagnosticado com esquizofrenia – sendo transferido para um hospital psiquiátrico. Ainda, a mãe do ator contou que a doença do filho o levou a atacá-la em sua casa em Indianápolis, EUA.

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Foto tirada em 2015 e disponibilizada pelo estabelecimento prisional onde o ator estava detido.

 

Infelizmente Jake Matthew Lloyd não teve um futuro tão brilhante como era imaginado, mas esperamos que ele possa se recuperar da melhor forma possível.

 

Morre o psiquiatra Flávio Gikovate

Morreu na noite desta quinta-feira, no Hospital Albert Einstein, o psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Flávo Gikovate, de 73 anos. Atualmente, o psiquiatra apresentava o quadro “No divã do Gikovate”, na rádio CBN, dentro do “CBN Noite Total” e, aos domingos, o programa de mesmo nome desde 2007. Gikovate lutava contra um câncer desde março, quando a doença foi descoberta. A informação da morte foi confirmada por telefone por um amigo da família.

Dono de um divã onde muitos quiseram tirar suas dúvidas ao longo dos mais de 50 anos de formação, o médico foi o pioneiro nos estudos sobre o sexo, amor e vida conjugal no Brasil, tendo publicado 34 livros com reflexões originais sobre esses temas e que já venderam cerca de um milhão de exemplares.

Desde 1977, desenvolvia intensa atividade de divulgação de suas ideias através dos veículos de comunicação: assinou colunas na Folha de S. Paulo, na revista Cláudia, teve um programa na TV Bandeirantes e, desde 2007 começou a apresentar o premiado “No Divã do Gikovate” pela rádio CBN. O propgrama era gravado no teatro Eva Herz da Livraria Cultura Conjunto Nacional, em São Paulo, com a participação do público na plateia e em inúmeros e-mails. Esse contato com o público foi pedido por Gikovate, que antes gravava o programa em um estúdio. “No divã do Gikovate” teve de ser suspenso para o tratammeto dele. 

Em 2010, o psiquiatra encarou um novo desafio: aceitou o convite do autor Sílvio de Abreu para atuar na novela “Passione”, da TV Globo, interpretando ele mesmo. A motivação para participar da novela foi a mesma que sempre permeou sua carreira: divulgar a profissão para o maior número de pessoas possível.

Em abril, um mês depois de ter sido diagnosticado com a doença, o médico deu um depoimento corajoso e transparente a Tânia Morales, em que destaca a importância em manter-se sereno e confiante na equipe médica. (Via CBN)