Paixão de Cristo em Pirenópolis: uma jornada emocionante pelas ruas históricas

Anualmente, as ruas pitorescas de Pirenópolis se transformam em um cenário vivo da narrativa mais sagrada do Cristianismo com a encenação da Paixão de Cristo. Neste ano, este evento tocante está marcado para a sexta-feira santa, dia 29/03, iniciando às 08h na Paróquia Santa Bárbara, no Bairro do Bonfim, e seguindo em direção ao centro histórico.

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Foto: divulgação

A representação da Paixão de Cristo em Pirenópolis é uma experiência única que busca transportar os espectadores para os tempos bíblicos, enquanto os atores percorrem as calçadas de pedra da cidade, acompanhados pela comunidade. O percurso, que tem início na Paróquia Santa Bárbara e desce em direção ao centro histórico, recria a jornada de Jesus até sua crucificação, passando por todos os momentos da Via Crucis.

Um dos momentos mais tocantes da encenação acontece em frente à icônica Igreja do Bonfim, onde Jesus se encontra com Maria, sua mãe, em um encontro repleto de emoção e simbolismo.

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Foto: divulgação

“Esta representação não é apenas uma peça teatral, mas uma oportunidade para que o público vivencie de perto os eventos que cercaram a crucificação de Cristo”, afirma Ronaldo Felix, Secretário de Cultura de Pirenópolis. “É uma experiência de fé e espiritualidade que ressalta a importância do sacrifício de Jesus para os cristãos.”

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Foto: divulgação

Conheça a Igreja de Goiânia que se destaca com arquitetura neogótica

A Igreja Reitoria Nossa Senhora das Graças, na Rua 4, Centro de Goiânia, enche os olhos de quem a vê. Sua arquitetura, diferente das estruturas encontradas no centro, mostra a pluralidade cultural presente no Estado.

Mas para te contar como essa obra foi erguida, precisamos te contar como o estilo neogótico se impôs no Brasil nos anos de 1940.

Na década de 1930, as igrejas eram erguidas seguindo os ideais do estilo neocolonial. A arquitetura valorizava o uso de materiais como tijolos aparentes.

Além de aderir elementos decorativos em pedra, e telhas coloniais feitas a partir da cerâmica. Sendo o mais convencional possível, aderindo as colorações vermelhas dos telhados, com características mais marcantes.

Muitas das igrejas que recebiam os aspectos desse estilo arquitetônico, apresentavam elementos como torres, cúpulas e altos vitrais que permitiam a entrada de luz natural no interior do templo.

Com a chegada da década de 1940, o Brasil recebeu inúmeras mudanças. O país passava por transformações políticas, econômicas e sociais que refletiam na arquitetura religiosa. Mesmo que algumas igrejas continuassem a seguir o estilo neoclássico e barroco, outras aderiam novas tendências.

Foi em meio a essas mudanças que a Reitoria Nossa Senhora das Graças foi erguida em Goiânia. O ano era 1943 quando a Igreja ganhou sua sede na região Central da jovem capital, durante o governo de Pedro Ludovico Teixeira. Sendo construída em estilo neogótico, abraçou as principais características deste movimento, como o verticalismo dos edifícios.

A proximidade da estrutura com o Centro de Convenções cria um contraste curioso. A olho nu, a Igreja parece pequena e desemparada dentro da imensidão regional. No entanto, essa confusão esconde a imensidão da arquitetura deste espaço.

Em cores claros e adornos pontiagudos, a fachada imponente da Reitoria Nossa Senhora das Graças carrega a utilização de arcos ogivais, símbolos fiéis do estilo neogótico. Suas laterais abrigam vitrais bem trabalhados, que reúnem entalhes de fé e religião.

Para os fiéis que frequentam a capela, o espaço vai além da estrutura excepcional. O ambiente, as celebrações e o abraço da comunidade, proporcionam a formação de uma energia descrita como “surreal”.

 

Cavalhadas em Pirenópolis acontecem em Junho

Depois de dois anos de ausência devido à pandemia, as tradicionais Cavalhadas de Pirenópolis voltam este ano e com novidades. A festa popular será realizada nos dias 5, 6 e 7 de junho em um novo local: o Módulo Esportivo. A decisão foi tomada durante reunião realizada no Cavalhódromo do município pelo secretário de Cultura do Estado de Goiás, César Moura, com o secretário de Cultura de Pirenópolis, Ronaldo Félix, representantes do circuito das Cavalhadas e comunidade. 

“O governador Ronaldo Caiado se colocou à disposição e disse que o município é que iria decidir onde seriam as Cavalhadas em 2022. A cidade escolheu o Módulo Esportivo e vamos colocar uma estrutura móvel nesse local para a realização da festa deste ano, mas com o compromisso de reformar o Cavalhódromo para o ano que vem”, ressaltou César Moura.

O Cavalhódromo do município, que abrigava o evento, está interditado pelo Corpo de Bombeiros desde o ano passado. Laudo técnico da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) também apontou que o local tem problemas estruturais e não poderá abrigar a festa. A equipe da Secult Goiás deverá iniciar na próxima semana os trabalhos para a reforma e reestruturação do espaço. “Como não teremos tempo hábil, este ano será no Módulo Esportivo e, no ano que vem, no Cavalhódromo”, garantiu César Moura. 

O secretário ainda destacou que o espaço será organizado seguindo conversas e decisões tomadas pela comunidade e pelos participantes da festa, conforme determinação do governador Ronaldo Caiado. “Todas as necessidades da quantidade de camarotes, espaçamento para o povo da Cavalhada, o acesso dos mascarados serão decididos para contemplar tudo e nós apoiaremos também as pessoas para poderem ir com segurança ao evento.”

Para o rei Cristão da Festa em Pirenópolis, Adail Luiz Cardoso, o posicionamento do Governo de Goiás em colocar a decisão da escolha do local nas mãos da população foi a mais acertada. “Eu agradeço muito por isso! A nossa expectativa agora é a melhor que tem”. 

“O governador Ronaldo Caiado tem dado todo o apoio, junto com a Secretaria de Cultura, e isso é muito importante”, ressaltou o rei mouro Inácio Rosicler de Pina. 

História

As Cavalhadas são celebrações que fazem parte da Festa do Divino Espírito Santo. Inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média, elas ocorrem há mais de 200 anos em Goiás e são uma demonstração de religiosidade e cultura, e que ainda fomenta o turismo e a economia local. 

O cenário consiste em uma representação das batalhas entre cristãos e mouros que ocorreram durante a ocupação moura na Península Ibérica (século IX a século XV). São dois exércitos com 12 cavaleiros cada, que durante três dias se apresentam, encenando a luta, ricamente ornada e com belíssimas coreografias. Junto a esta manifestação, há a presença dos mascarados, personagens incontáveis que se vestem com máscaras e saem às ruas, a cavalo ou a pé, fazendo algazarras.

 

Foto: Secult Goiás