Goiânia pode ter um ‘Central Park’ para chamar de seu

Goiânia deve ganhar um presentão de aniversário, e aqui vai um spoiler: um grande projeto de revitalização do plano original de Goiânia, tão nobre quanto o projeto do Central Park, em Nova Iorque, tramita no Paço Municipal. Com previsão para entrar em vigor próximo ao dia 24 de Outubro, a proposta para reerguer o Bosque dos Buritis será guiada pelo Escritório de Paisagismo Burle Marx, responsável por manter vivo os conceitos aplicados por Roberto e Haruyoshi Ono.

O grupo contratado pela Sefin (Secretaria Municipal de Finanças) assinará o novo projeto com valor total de R$ 265,3 mil. Com duração de 12 meses, o acordo tem por objetivo a geração de empregos e renda para a cidade. Além de criar saídas para o Setor Central e vários eixos entre eles.

A projeção, que deve ser divulgada até o fim do mês de agosto, procura dar vida ao parque urbano com a implementação de atrações públicas, como show das águas no lago principal. A ideia é que as fontes dancem conforme as músicas programadas pela coordenação do local.

Outro ponto defendido pela Sefin é de que seja criado um circuito para que o público possa transitar através de toda a extensão do Bosque, o que não acontece hoje devido a presença de edifícios no local.

Essa iniciativa gerou críticas aos órgãos responsáveis por prever a mudança de pontos culturais e educacionais como o Museu de Arte de Goiânia (MAG) e do Centro Livre de Arte para outro ponto da Região Central, “possivelmente o Grande Hotel”, como informou o jornal O Popular.

Dentro da posta, estão previstas outras inciativas como incentivos fiscais entre 5 e 10 anos para os retornos de faculdades. Bem como o incentivo à comércio e residências que “limparem” suas fachadas em prol da conservação do Art Déco, em parceria com o Iphan.

Segundo a Sefin, os comércios ambulantes devem desocupar as calçadas da Região Central para dar lugar aos pedestres da cidade.

O projeto previsto para entrar em vigor no mês de outubro, é de autoria da Prefeitura de Goiânia por meio do Grupo GT Formento, formado pelas Secretarias Municipais de Finanças (Sefin), de Planejamento e Habitação (Seplanh) e de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), visa requalificar todo o Setor Central da cidade.

Imagem: Reprodução

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O governador Ronaldo Caiado assinou, nesta quarta-feira (12/10), um ato que celebra a parceria entre o Governo de Goiás e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a musealização das ruínas do antigo Arraial de Ouro Fino, fundado no início do século XVIII, na cidade de Goiás. O Iphan destinou R$ 1 milhão para a realização do projeto apresentado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O documento marca o início de um trabalho conjunto para a preservação dos sítios arqueológicos, hoje situados em três propriedades rurais, visando aumentar a visitação ao local. A assinatura faz parte da programação das Cavalhadas no município.

“Precisamos revitalizar a nossa história e nos apaixonar por nossas raízes, sem deixar que elas desapareçam. Além disso, vamos alavancar a economia local incentivando ainda mais o turismo, extremamente importante para esta cidade”, afirmou o governador. “Já pedi para cercar aquela área e agora vamos avançar na infraestrutura”, acrescentou ao celebrar a parceria entre o órgão do governo federal e a Secult.

O investimento de R$ 1 milhão contempla o escoramento das paredes da antiga Igreja de Nossa Senhora do Pilar, construção de cercas, passarelas, cobertura, bancos de concreto e requalificação do espaço com o plantio de árvores. Superintendente estadual do Iphan, Allyson Ribeiro e Silva afirmou que a iniciativa segue uma tendência mundial. “O turismo patrimonial é uma tendência mundial; tem que se tornar uma tendência brasileira e goiana. A população tem de entender que esse patrimônio é dela e que pode obter benefícios com sua conservação”, explicou.

Durante agenda no município, o governador Ronaldo Caiado estava acompanhado da primeira-dama Gracinha Caiado e também assistiu à missa na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no povoado de Areias. Outro patrimônio arquitetônico local, o prédio passa por revitalização, dentro do projeto “Fé, Religiosidade e Devoção”, da Secult, que prevê o fomento de mais de R$ 18,5 milhões em restauros de igrejas no Estado. Somente essa unidade vai receber R$ 1,2 milhão em recursos.

“Estamos recuperando essas igrejas, não só aqui na cidade de Goiás, mas no Estado todo. É importante que as pessoas preservem a religiosidade, mas também que as autoridades tenham o compromisso de fazer com que estas peças históricas sejam preservadas e estejam cada vez mais bonitas para receber seus devotos”, sublinhou o chefe do Executivo. “Essa igreja é muito especial na vida de todos aqui”, afirmou, ao lembrar que a conclusão da obra está prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

Construído em 1910, o templo está situado em um outeiro às margens da GO-070. A escadaria é feita com pedras típicas da região e o pôr-do-sol visto do alto da igreja virou atração entre moradores e visitantes. “Somos muito gratos ao governo por ter possibilitado a reforma deste santuário. Isto nos reanima, motiva, reencanta. Devolve à comunidade a alegria e a esperança de ver um templo restaurado, limpo e novo, o que convida à oração”, afirmou o paróco, padre Augusto César. Já o prefeito Aderson Gouvea ressaltou a boa relação entre Município e Estado: “Este é o resultado de apenas uma de nossas parcerias. Registro aqui o republicanismo que funciona”.

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(Foto: reprodução Projeto Foto Strada)

As obras estão inseridas em um contexto de valorização da cultura goiana. Na cidade de Goiás, a administração estadual também apoia a Procissão do Fogaréu e o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), entre outros eventos. “É um momento muito especial, um dia de muita fé e alegria. Goiás está sempre sendo protagonista de nossa cultura”, celebrou o titular da Secult, Marcelo Carneiro. Também estiveram presentes o deputado federal Adriano do Baldy; deputados estaduais Amauri Ribeiro e Karlos Cabral; secretários Cristiane Schmidt (Economia) e César Moura (Retomada) e o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, além de outas autoridades locais.

 

Fotos: Lucas Diener

Torre do Relógio da Goiás volta a marcar as horas depois de restauração especializada

Depois de passar por uma reforma especializada, a Torre do Relógio, instalada na  Avenida Goiás, voltou a marcar as horas no Centro da Cidade. A restauração foi coordenada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e recebeu investimentos de R$ 9,8 mil, especificamente para que o relógio voltasse a funcionar. No entanto, todo o monumento passou por uma recuperação que totalizou R$ 678 mil.  

 

TORRE

Foto: Reprodução/ Jamyle Amoury/ G1 Goiás

 

A Torre do Relógio fica ao lado do Coreto da Praça Cívica e é um dos pontos turísticos mais representativos do conjunto Art Déco de Goiânia, tombado como patrimônio histórico nacional. Na reforma, recebeu reforço estrutural, recuperação do revestimento em pó de pedra, do piso interno em cimento queimado, pintura, restauração dos ornamentos e componentes geométricos arquitetônicos, restabelecendo sua integridade e conservação.  

 

A cerimônia oficial de entrega da obra acontece nesta terça-feira, 15, às 18h, na Av. Goiás. O evento contará com a presença do governador Ronaldo Caiado, da presidente do  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto, e do superintendente do Iphan em Goiás, Allyson Cabral, e também estava prevista a presença do Secretário Especial da Cultura, Mário Frias.

 


Foto: Divulgação/ Déborah Souto

Conheça 9 importantes construções históricas de Goiás que foram restauradas durante a pandemia

Goiás é reconhecido nacionalmente por suas várias vertentes artísticas e culturais, e nesse contexto, falamos também de espaços culturais que enobrecem e valorizam a riqueza do nosso Estado. Com o apoio cultural da novomundo.com, o Curta Mais apresenta algumas relevantes edificações que compõem o patrimônio cultural, histórico e artístico do estado que foram restaurados durante o período de isolamento social, entre 2019 e 2021. E de encher os olhos de amor, vejam como estão lindos. 

 

1 – Igreja Nossa Senhora da Conceição, de Jaraguá

Construída em 1828, o templo passou por obras de restauro, iniciadas em julho de 2019 e finalizadas no mês de fevereiro deste ano. A igreja, local onde também funciona o Museu de Arte Sacra, possui características que remetem ao período colonial e foi tombada como Patrimônio Histórico Estadual em 1998. O prédio, de alvenaria de adobe, possui campanário em madeira, externa ao edifício, com sino. A edificação passou por uma ampla reforma, com serviços que abrangem a fachada (frontal e lateral), sacristia, capela mor e nave central.

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2 – Igreja de Nossa Senhora das Mercês, na cidade de Pilar de Goiás

Foi totalmente restaurada em 2020. O pequeno templo foi construído entre 1783 e 1824 pelos escravos e tem estilo colonial. Relatos históricos revelam que inúmeros escravos foram condenados à morte através da forca, construída ao redor da igreja. Nossa Senhora das Mercês é hoje um dos únicos monumentos históricos que atravessou dois séculos até os dias atuais. Possui talha barroca no altar-mor em madeira, assim como um púlpito e coro também em madeira. Sua torre sineira lateral com escada exterior é típica das igrejas menores do período em Minas Gerais. Erguida pela irmandade dos pardos é das três igrejas mais importantes do período, a única que guarda maior originalidade e integridade.

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3 – Pórtico do Instituto Federal de Goiás (IFG), Goiânia 

Alusivo ao Batismo Cultural de Goiânia Construído em 1942, o pórtico é parte das edificações do Câmpus Goiânia do IFG tombadas pelo Governo do Estado de Goiás, a cargo da Fundação Cultural Pedro Ludovico Teixeira, como um dos 24 bens culturais materiais de Goiânia. A edificação histórica caracteriza-se por ter sido o marco de entrada do público à Exposição Cultural e Produtos Econômicos do Estado de Goiás.

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4 – Casa de Altamiro de Moura Pacheco, Goiânia 

Sobrado onde morou um dos notáveis pioneiros de Goiânia, passou por obras de restauração. Localizada na Avenida Araguaia, esquina com Rua 15, no Centro da capital goiana, a casa passa despercebida aos olhos dos mais desatentos. Mas possui um acervo cultural que ajuda a contar a história de Goiânia, Goiás e também de Brasília.

 Construída nos anos 30 e tombada como bem histórico de Goiânia pela prefeitura em 1999, a Casa da Cultura foi doada para a Academia Goiana de Letras (AGL) em 1993, três anos antes da morte de Altamiro de Moura Pacheco. Além do sobrado, foi doado todo o seu acervo pessoal contendo fotos, medalhas, livros da histórica biblioteca, bens móveis e obras de arte que preservam a história de Goiás.

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5 – Antiga Chefatura de Polícia, na Praça Cívica em Goiânia

Construído na década de 1930, o prédio está sendo restaurado com a proposta de recuperar as características originais do edifício, que estava fechado desde 2015, valorizando suas qualidades arquitetônicas e de requalificação dos espaços. Os serviços abrangeram a recuperação da simetria e fluidez dos espaços e a implantação das demandas atuais de acessibilidade e segurança, assim como a volumetria original do prédio que também foi resgatada por meio de ações como a recuperação da cobertura.

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6 – Centro Cultural Martim Cererê, Goiânia 

Ponto de encontro da cena alternativa de Goiânia, o espaço recebe shows, festivais, feiras e diversos eventos em sua programação. Inaugurado em 1988, a unidade está localizado no Setor Sul, e abriga os teatro Pyguá e Yguá, e o Bar Karuhá.

Em 2020, o Centro Cultural passou por uma ampla revitalização que incluiu a parte interna e externa, com serviços na parte elétrica, hidráulica e mobiliário. Os canteiros dos jardins, assim como todas as dependências do Centro Cultural recebem cuidados diários de limpeza e manutenção, para garantir que a unidade tenha as melhores condições e suporte para receber os novos projetos e encontros quando o funcionamento voltar ao normal.

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7 – Palácio da Instrução, Cidade de Goiás 

 A obra de revitalização do prédio da Coordenadoria Regional de Educação na Cidade de Goiás, o Palácio da Instrução, teve investimento de R$888.278,05,  e passou por reforma interna e externa, incluído uma praça na frente do prédio histórico.

O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico em 1929, mesmo ano em que a cidade de Goiás era tida como a capital do Estado, e as ações realizadas no projeto de reforma buscaram atender totalmente as recomendações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

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 8 – Praça do Coreto na Praça Cívica, Goiânia

A construção faz parte do acervo art déco de Goiânia tem papel muito representativo no conjunto tombado art déco da capital goiana. O edifício passou por uma obra de restauração promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e foi concluída em maio de 2020.

A obra de restauração buscou valorizar o estilo art déco, com a recuperação integral da laje, dos pisos, bancos em granitina, revestimentos de pedra portuguesa na área externa, restauração do reboco, dos adornos e elementos decorativos, da recomposição de luminárias, paisagismo, execução de calçada acessível e, por fim, a pintura. A intervenção foi realizada de forma a garantir a integridade e arquitetura do edifício.

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9 – Torre do Relógio na Avenida Goiás,  Goiânia

 Além da restauração do Coreto, o Iphan também realizou uma obra de conservação na Torre do Relógio da Avenida Goiás, que também é do ano da inauguração oficial de Goiânia. O monumento, típico das cidades do início do século XX, integra os componentes urbanos que embelezam a capital e ganhou serviços de limpeza e consolidação do revestimento externo em pó de pedra, restauração dos pisos em granitina, reposição dos vidros quebrados e pintura externa. A Torre do Relógio e o Coreto são bens de propriedade e gestão da Prefeitura de Goiânia e fazem parte do Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Goiânia, reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro. 

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Crédito das fotos: 

1 – Igreja Nossa Senhora da Conceição, de Jaraguá – Divulgação 

2 – Igreja de Nossa Senhora das Mercês, na cidade de Pilar de Goiás – Secult Goiás 

3 – Pórtico do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Antônio Carvalho 

4 – Casa de Altamiro de Moura Pacheco – Nelson Santos 

5 – Antiga Chefatura de Polícia, na Praça Cívica – Governo de Goiás 

6 – Centro Cultural Martim Cererê – Dirce Vieira 

7 – Palácio da Instrução – Seduc Goiás 

8 – Coreto – IPHAN – Matheus Henrique

9 – Torre do Relógio –  IPHAN – Marianne Cardoso

Essa lista tem o apoio cultura das Lojas Novo Mundo, que busca sempre valorizar a história do seu estado. Exemplo pode ser conferido nessa matéria: Novo Mundo em Pirenópolis: charmosa loja em casarão colonial preserva história da arquitetura típica  

Colaboração: Secretaria Estadual de Cultura (Secult)  

 

 

Conheça a oficina de restauração de carros antigos em Goiânia que bota o ‘Lata Velha’ no bolso

O primeiro veículo criado no mundo foi há 130 anos, com características rudimentares e bem simples, comparadas com os belos automóveis que temos hoje. Desde a Idade da Pedra, o homem busca meios para se locomover com praticidade, como uso de animais, carroças, carruagens e muito mais. Com o passar de dezenas de anos, a tecnologia nos trouxe onde chegamos, com carros turbinados, que são o verdadeiro significado de praticidade.

Há pessoas que preferem carros mais populares e baratos, enquanto isso há outras que preferem (ou podem) os magníficos automóveis conversíveis e luxuosos. Na contramão, há ainda pessoas que colecionam carros antigos.

Colecionar carros antigos não um hobbie ou um vício, é carregar histórias em 4 rodas. Logo, restaurar um carro antigo deve ser, antes de tudo, a realização de um sonho apaixonado. Pois não se trata de um investimento como outro qualquer, como comprar um carro novo. É preciso estudo, dedicação, investimento e paciência, pois se trata de um processo que pode levar anos para terminar. A restauração de carros é a arte de dar vida a um automóvel que se encontra fora de atividade devido ao desgaste sofrido ao longo dos anos.

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Por conta disso, um exemplo dessa paixão por carros é o Moura, que fez disso sua profissão, especialista em restauração, customização de carros clássicos e antigos, e administração de coleção. Ele é proprietário da oficina Xtremo Auto Sport, tem 46 anos de idade e metade de sua vida foi dedicada à restauração de veículos antigos. Inclusive, ele trabalhou em New Jersey, nos Estados Unidos, como restaurador por 8 anos, até que em 2006 abriu sua empresa em Goiânia. 

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Moura explica que seus conhecimentos foram em cima de carros alemães e americanos, com cursos e customizações. Em conversa, ele afirmou que os Estados Unidos é referência nesse tipo de trabalho, que, por isso, trouxe todos seus maquinários e conhecimentos para o Brasil. 

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Para restaurar um carro antigo requer a desmontagem do veículo e a análise dos componentes mecânicos, de modo que seja possível decidir o que deve ser comprado novo, o que pode ser refeito e o que deve ser consertado. Com o olhar cuidadoso, Moura trabalha com a lanternagem, preparação e pintura dos carros antigos. Restaura carros clássicos originais e faz alterações em cima de veículos de injeção e melhoramento de cavalaria de veículos V8. Moura ainda destaca que  alguns carros são transformados, há mudanças de características em cima de veículos, tanto nacionais quanto importados. 

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Especialista nos clássicos originais, com placas pretas, seu trabalho já foi reconhecido com o prêmio de Lindóia e o prêmio em Araxá por carros feitos por ele. Inclusive, em 2018 ocorreu um grande evento em sua oficina, tiveram a visita do Chip Foose que é o mentor e o grande garoto propaganda da Overhaulin da Discovery. Na época, o apresentador veio a Goiânia e realizou um evento na oficina, autografou alguns carros, e isso foi reconhecido por todo país. 

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Moura trabalha com nível alto com personalização de pintura customizada. “É isso que eu trabalho com esses anos no Brasil, principalmente em Goiânia. Estamos aí nessa luta, conquistando o mercado e ao mesmo tempo tentando romper essa barreira, porque é um mercado muito restrito e nós temos conseguido um público bem mais apreciador, que não tinha em goiânia”, finalizou.

Fotos: Disponibilizadas pelo proprietário da oficina

 

 

Coreto da praça cívica em Goiânia ganha nova restauração; veja fotos

O Coreto, monumento de art decó da Praça Cívica, passou por um processo de restauração durante os últimos 9 meses. A obra ficou pronta nesta quinta-feira (7), e não teve cerimônia de reinauguração por causa da pandemia do coronavírus. 

A restauração é mais uma das intervenções na paisagem da região histórica da cidade, realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na obra, foram feitas alterações na laje, nos pisos, bancos em gratinina e revestimentos de pedra portuguesa na área externa. Além da recomposição de luminárias, calçada acessível, pintura, adornos e elementos decorativos. 

O coreto é um ícone da art decó em Goiânia, reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro. O monumento faz parte da história da construção da capital, servindo de palco para manifestações artísticas, culturais e políticas. Foi inaugurado, oficialmente, por ocasião do Batismo Cultural da cidade em 5 de julho de 1942.

Confira as fotos após a restauração:

Fotos: Marcos Aleotti/Curta Mais

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Após impasses burocráticos, obras de restauração enfim se iniciam na Estação Ferroviária

Desde o ano passado, obra de revitalização da Estação Ferroviária da Praça do Trabalhador, em Goiânia, teve sua ordem de serviço assinada na última quarta-feira (13), pelo prefeito da cidade, Iris Rezende. O valor de R$5.870.000,00 é oriundo de convênio com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As obras se inciam nesta quinta-feira (14) e tem previsão de duração de pouco mais de uma ano, sendo a expectativa de entrega até o final de 2018. 

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Segundo o prefeito: “É um dos símbolos da nossa cidade, patrimônio cultural e que tem valor histórico muito grande. Pois ali, chegavam muitas pessoas à nossa cidade”. Também afirmou que as obras do BRT, no entorno da Estação, serão retomadas em breve, assim como a continuação da Avenida Leste Oeste, que ligará a região até o município de Senador Canedo.

Kátia Bogéa, presidenter do Iphan, afirmou ter particular preocupação com o patrimônio Art Déco da cidade e espera ansiosa por vir a Goiânia entregar a Estação completamente restaurada. E, ainda, afirma: “Esta terra é muito privilegiada pelos monumentos, pelos prédios em Art Déco e precisamos preservá-los. E não é só um dever nosso, do município, estado ou governo federal, é de todos, cabe aos moradores, a sociedade, valorizar este patrimônio, sentir-se parte dele. Por isso, após a restauração, contamos com o apoio para mantê-la em pereitas condições”.

Imagem: Prefeitura de Goiânia

Capa: Marcos Aleotti 

11 curiosidades sobre pontos históricos e culturais de Goiânia

A cidade de Goiânia, fundada em 24 de outubro de 1933, possui uma rica e interessante história. A cidade, por exemplo, quase se chamou Petrônia e atualmente possui a maior feira ao ar livre da América Latina, dentre outras inúmeras peculiaridades.

Os diversos pontos históricos e culturais do município possuem interessantes histórias, que sem dúvida demarcam a riqueza material e imaterial característica da capital.

Confira a seguir algumas curiosidades de alguns desses lugares na cidade de Goiânia:

 

1. O setor aeroporto realmente tinha um aeroporto

O nome “setor aeroporto” não é por acaso. Lá encontrava-se o primeiro grande aeroporto de Goiânia, construído ainda na década de 1930. Graças ao crescimento desordenado da cidade, sobretudo o chamado “boom imobiliário”, o aeroporto teve que mudar de lugar no ano de 1956.

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Foto: Eduardo Bilemjian / Reprodução – G1

No ano de 1937, havia sido recomendado ao governador de Goiás a construção de um aeroporto completo na capital. A obra original era composta por duas pistas na forma de cruz, uma delas é, hoje, a Avenida República do Líbano. Em 1969, o local foi transformado na Praça do Avião, que possui uma réplica do 14-BIS, obra do artista plático Fernando Nolêtho.

 

Leia também: Endereços que provam porque o Setor Aeroporto é muito mais que a Praça do Avião

 

2. O primeiro “Palácio do Governo” era em uma árvore

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Foto: Samuel Straioto / Reprodução – G1

O então governador Pedro Ludovico Teixeira, conhecido fundador de Goiânia, tinha o hábito de colocar sua mesa embaixo de uma árvore amoreira, fazendo desta o ‘primeiro palácio’ do do governo na cidade. A árvore existe até hoje, na rua 24, e poucos que passam por ali sabem de sua importância história.

 

3. O Coreto da Praça Cívica mudou de forma e voltou ao que era antes

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Foto: Wikimedia Commons

O Coreto da Praça Cívica foi construído no ano de 1942, com a intenção de sediar manifestações artísticas, culturais e também de cunho político. Sua fundação ocorreu durante o batismo cultural da cidade. Foi modificado inúmeras vezes ao longo do tempo, voltando ao seu modelo original em 1978, o que envolveu a participação de um pedreiro que esteve presente na primeira construção.

 

4. Divisão de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura já foi o Grand Hotel de Goiânia

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Foto: grandehotelgoiania.blogspot.com.br

O Grande Hotel foi construído em 1936 e era um dos prédios de maior destaque na paisagem da cidade. O local foi ponto de encontro de empresários, políticos e grandes nomes da alta sociedade da época. A construção existe até hoje, mas não funciona mais como hotel há várias décadas, sendo atualmente administrada pela Secretaria Municipal de Cultura como Divisão de Patrimônio Histórico.

 

5. Já tentaram criar um túnel entre o Teatro Goiânia e o Palácio das Esmeraldas

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Foto: biblioi9.files.wordpress.com

Uma das obras inauguradas durante o Batismo Cultural da capital foi o então chamado de Cine Teatro Goiânia, hoje conhecido somente como “Teatro Goiânia”, que até hoje conserva sua arquitetura original. Durante a Ditadura Militar, o governo tentou construir um túnel ligando o local com o Palácio das Esmeraldas. O projeto não deu certo e o túnel criado foi fechado.

 

6. O Lago das Rosas era o espaço dos mais humildes

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Foto: cicacarvello.com

O parque mais antigo da capital, o Lago das Rosas foi construído em 1940, recebendo esse nome por ter sido erguido sobre um grande e conhecido canteiro de rosas que encantava a população da capital na época. Durante muito tempo, o local ficou marcado por ser o ponto de encontro e lazer da população menos abastada, uma vez que a alta burguesia preferia o Jóquei Clube. De maneira pejorativa, muitos chamavam o lago de “piscina pública”.

 

7. O Monumento às Três Raças tem, na verdade, outro nome oficial

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Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais

O nome oficial do Monumento às Três Raças, localizado na Praça Cívica, é “Monumento a Goiânia”. Apesar da popularidade do segundo nome e do sentido lógico e óbvio que ele denota, o nome oficial representa a verdadeira identidade do monumento: uma homenagem ao povo goiano e à fundação e criação de Goiânia.

 

8. O Mercado Central tinha outro endereço

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Foto: Eduardo Bilemjian / Reprodução – G1

O Mercado Central de Goiânia foi inaugurado em 1950, onde hoje funciona o prédio Pathernon Center. Depois foi transferido para onde é atualmente o Camelódromo do Centro e, finalmente, em 1986, passou a funcionar no local onde hoje se encontra, na rua 03. Originalmente, o mercado funcionava para abastecimento de produtos alimentícios, transformando-se em espaço comercial quando o varejo tomou conta da cidade.

 

9. A feira Hippie é a maior a céu aberto da América Latina

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Foto: Marcos Aleotti

Criada em torno de um conhecido personagem da cidade da década de 1970, o Mauricinho Hippie, a Feira Hippie começou a funcionar inicialmente no Parque Mutirama, depois na Praça Cívica e, por último, no local onde hoje se encontra, próximo à rodoviária da Avenida Goiás. Trata-se da maior feira a céu aberto em toda a América Latina.

 

10. O Centro Cultural Martim Cererê já foi um reservatório de água

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Foto: Divulgação – Governo de Goiás

O Martim Cererê era inicialmente um conjugado de três reservatórios de água para abastecer o setor Sul. Os reservatórios foram transformados em teatros e o espaço foi inaugurado como centro cultural em 1988. Existem histórias que dão conta de supostas torturas realizadas no local pela Ditadura Militar.

 

11. Academia Goiana de Letras funciona em uma das primeiras construções da capital

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Foto: Reprodução – Luísa Gomes – G1

A casa de Colemar Natal e Silva, fundador e primeiro reitor da Universidade Federal de Goiás, foi uma das primeiras edificações da capital do estado. Localizada na Rua 20, hoje a casa abriga a Academia Goiana de Letras.

 

 

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Foto de capa: Arquivo Curta Mais

Iphan entrega dois ícones históricos novinhos na Cidade de Goiás

No próximo dia 25 de julho, a cidade de Goiás comemora seu aniversário. Para celebrar, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia do Ministério da Cultura, irá apresentar a conclusão das obras de restauro que estavam sendo conduzidas no Museu de Arte Sacra da Boa Morte e na Escola de Artes Plásticas Veiga Valle. As solenidades de entrega dos trabalhos ocorrerão durante as festividades do aniversário, que incluem também a transferência da capital do Estado de Goiás para a cidade.

Os trabalhos de restauro e requalificação no casarão da Escola de Artes Plásticas Veiga Valle foram conduzidos pelo Iphan, com recursos de cerca de 1,3 milhões de reais advindos do PAC Cidades Históricas. Iniciadas em setembro de 2014, as ações no local incluíram o reordenamento das atividades de aula no bloco principal do edifício, a instalação da direção e copa no bloco que abrigava a cadeia, a execução de um novo anexo – para receber as salas de música e de modelagem, além de adequadas instalações sanitárias. Novos espaços de permanência também foram propostos, melhorando a interligação da escola e resguardando sua integridade.

A Escola de Artes Plásticas Veiga Valle é parte do conjunto tombado na cidade de Goiás e oferece diversos cursos, como desenho, escultura, pintura, gravura e história da arte, já tendo recebido entre seus professores alguns dos maiores nomes das artes plásticas em Goiás. Ela é formada por edifícios do século XIX, com características da arquitetura vernácula de Goiás, e foi transformado em escola de artes em 1968.

Já a primeira etapa da obra de restauração do Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte foi realizada em uma parceria do Iphan com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), com recursos de 500 mil reais do Fundo Nacional de Cultura (FNC). Entre os trabalhos executados estão ações emergenciais, como drenagem e reforços estruturais, e ainda, serviços essenciais, como revisão das instalações elétricas, substituição de reboco, recuperação das esquadrias e repintura. Foi contemplada também a elaboração do projeto executivo para a segunda etapa da obra, a ser realizada pelo Ibram.

O local é um dos representantes da arquitetura barroca na cidade e possui relevante acervo de arte sacra, que inclui os altares da igreja, diversas imagens sacras do escultor goiano Veiga Valle e uma Nossa Senhora do Rosário de origem portuguesa, único bem móvel tombado individualmente pelo Iphan em Goiás. O Museu de Arte Sacra também possui pratarias e telas de cunho religioso, terços e coroas dos séculos XVIII e XIX, mobiliários do século XIX, entre outros.

Transferência da capital

Todos os anos, sempre durante as comemorações do aniversário da cidade e da festa de Sant’Ana, sua padroeira, o governo estadual transfere sua capital de Goiânia para Goiás. Na ocasião, as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público Estadual, ficam situadas na cidade, em uma simbólica homenagem àquela que já foi a capital goiana.

A história da cidade remonta aos tempos da corrida do ouro no Brasil. Vila Boa de Goiás é considerada como primeiro núcleo urbano do território goiano e foi capital do estado até 1937, quando se oficializou a mudança da sede do governo para Goiânia. Em junho de 1983, foi criada a lei que determina a transferência simbólica da capital para a cidade, que ocorre desde então.

Além de seu conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico e outros monumentos isolados serem tombados pelo Iphan desde a década de 50, em 2001, a cidade foi também reconhecida como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco.