Ciência revela que mulheres obtêm maiores benefícios com a prática de exercícios físicos

Você já ouviu falar sobre como fazer exercícios físicos pode ser bom para a saúde? Isso é verdade. Médicos sempre recomendam atividades físicas para nos mantermos saudáveis. Sabe o que é ainda mais interessante? Um estudo recente revelou algo surpreendente: as mulheres podem se beneficiar ainda mais dos exercícios do que os homens. Continue a leitura e fique por dentro.

Mulheres se beneficiam mais dos exercícios

Imagine uma grande pesquisa que durou mais de 20 anos, analisando mais de 400 mil pessoas com idade entre 27 e 60 anos. Pois é, foi exatamente isso que aconteceu. Os resultados mostraram algo muito interessante: mulheres que praticavam exercícios físicos regularmente tinham um risco 24% menor de morrer por qualquer causa. Já nos homens, esse número foi um pouco menor, 15%.

Exercícios protegem o coração das mulheres

Quando falamos sobre problemas sérios de saúde, como ataque cardíaco e AVC, por exemplo, a diferença ficou ainda mais clara. As mulheres que se exercitavam regularmente apresentaram um risco 34% menor de desenvolver essas doenças, enquanto nos homens, foi de apenas 14%.

Por que as mulheres se beneficiam mais?

Os cientistas acreditam que isso pode estar relacionado às diferenças entre homens e mulheres. Os homens têm corpos que demandam mais energia, com frequência cardíaca e respiratória mais altas. Por isso, pode ser um pouco mais difícil para eles terem os mesmos benefícios dos exercícios que as mulheres.

Agora você já sabe: fazer exercícios físicos é ótimo para todos, mas especialmente para as mulheres. Mesmo que seja algo simples, como uma caminhada, pode trazer muitos benefícios para a saúde. Então, que tal dar uma chance para os exercícios hoje mesmo?

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Os efeitos da pandemia na saúde dos brasileiros foram devastadores, mesmo entre aqueles que não contraíram a covid-19. Durante o ano de 2020, quando o Brasil passou mais tempo em isolamento social para frear o avanço do coronavírus, houve aumento no consumo excessivo de bebidas alcoólicas e no sedentarismo entre a população brasileira, o que desencadeou a elevação da taxa de pessoas com doenças crônicas, como a obesidade.

Os dados são da pesquisa de Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS).

Em 2019, a obesidade atingia 20,3% dos adultos nas capitais do País, mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5% deste grupo, com maior prevalência nos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Manaus (24,9%), Cuiabá (24,0%) e Rio (23,8%) lideram o ranking de maior incidência da obesidade. Até 2011, nenhuma capital havia ultrapassado 20%.

O índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população era portadora desse tipo de comorbidade.

O ano marca a primeira vez que foi feito o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27 077 pessoas nesta edição do estudo.

Alerta


Em matéria publicada no Jornal O Estado de S. Paulo, especialistas afirmam que a alteração no estilo de vida dos brasileiros, provocada pela pandemia, foi determinante para o surgimento – e até agravamento – de hábitos prejudiciais à saúde, assim como transtornos psíquicos que desencadeiam outras doenças.

O psiquiatra Guido Palomba, da Associação Paulista de Medicina, vê relação direta entre a pandemia e a alta da taxa de doenças crônicas. Para ele, isso ocorre porque as pessoas precisam restringir a locomoção e lidar com a superexposição a notícias negativas, o que desencadeia transtornos psiquiátricos que colaboram para surgirem comorbidades.

A demanda excessiva de trabalho criada pelo home office também é apontada pelo psiquiatra como fator inerente ao “novo normal”, que estimula hábitos pouco saudáveis. “Alimentação e álcool são formas de gratificação em momentos ruins. Consequentemente, há aumento de obesidade, diabete e problemas cardíacos”, afirma.

 

Diagnóstico

Beatriz Rache, mestre em Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, destaca o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa. Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019. Em contrapartida, o consumo abusivo de álcool partiu de 18,8% para 20,4%, mesmo cenário observado em relação ao sedentarismo (de 13,9% para 14,9%).

“A gente vê, entre 2019 e 2020, piora de todos os indicadores de riscos comportamentais e, por isso, é possível associar ao aumento da obesidade. Apesar de a Vigitel não permitir fazer essa correlação, os dados mostram que a pandemia parece estar associada aos resultados de 2020, ano tanto de estresse econômico quanto sanitário”, afirma Beatriz.

 

 

Imagem: Reprodução

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