Após Netflix, mais um streaming começa a bloquear o compartilhamento de senhas

Segundo um e-mail enviado pelo Disney+ e pelo Hulu, a plataforma de streaming irá começar a implementar restrições de compartilhamento de senhas entre domicílios diferentes.

As informações indicam que a plataforma poderá e irá revogar acesso às contas que forem flagradas compartilhando senhas de contas que não pertençam ao mesmo lar.

“A menos que permitido de outra forma por seu nível de serviço, você não pode compartilhar sua assinatura fora de sua casa”, aponta o e-mail. “‘Domicílio’ significa o conjunto de dispositivos associados à sua residência pessoal principal que são usados ​​pelos indivíduos que nela residem”.

“Podemos, a nosso exclusivo critério, analisar o uso de sua conta para determinar a conformidade com este Contrato. Se determinarmos, a nosso exclusivo critério, que você violou este Contrato, poderemos limitar ou encerrar o acesso ao Serviço e/ou tomar quaisquer outras medidas permitidas por este Contrato”.

Acredita-se que o monitoramento e a consequente punição dos usuários que violem os termos exigidos pela plataforma comecem a acontecer no final de março. Anteriormente, o CEO da Disney, Bob Iger, havia comentado que a política de não compartilhamento de senhas poderia não acontecer até 2025.

Prejuízos

A Disney revelou em agosto que os seus serviços de streaming perderam mais de 12 milhões de assinantes e, dentro desse cenário, uma das saídas para reverter a situação e ganhar mais assinantes, a ideia de impedir o compartilhamento de contas começou a ser estudado.

 

*CinePop

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Compartilhamento de senhas da Netflix já tem data para acabar

A nova medida da Netflix de bloquear o compartilhamento de senhas deve começar no final de março e começo de abril de 2023. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (19) durante a tradicional reunião com os acionistas da plataforma. O dia exato, porém, ainda não foi definido, segundo o portal Forbes.

A medida já havia sido anunciada em outubro do ano passado e visa combater uma prática que, segundo dados do serviço de streaming, é realizada por mais de 100 milhões de espectadores da Netflix. O objetivo da plataforma é fazer com que seja gerada uma cobrança pela partilha de dados de acesso a usuários não assinantes. Até o momento, a empresa não confirmou oficialmente quando irá implementar o recurso e quais serão os valores cobrados.

“Embora nossos termos de uso limitem o uso da Netflix a uma família, reconhecemos que essa é uma mudança para membros que compartilham suas contas de forma mais ampla. À medida que lançarmos o compartilhamento pago, os membros em muitos países também terão a opção de pagar mais se quiserem compartilhar o Netflix com pessoas com quem não moram”, diz a empresa em uma comunicado à imprensa.

No início da transição, a empresa enviará mensagens para quem usa senhas alheias sugerindo que essas pessoas paguem por isso. A novidade vai começar nos Estados Unidos e deve ser implementada nas demais regiões em seguida.

Outras modalidades na plataforma

Outro recurso adotado pela plataforma foi a transferência de perfil, ferramenta que já está em funcionalidade no Brasil. Nesta modalidade, o assinante pode migrar seu perfil para outra conta, sem perder dados como recomendações personalizadas, histórico de acesso e listas de conteúdo.

Netflix passará a cobrar taxa extra de quem divide conta com amigos

A Netflix informou, nesta última quarta-feira (16), que passará a cobrar uma taxa extra de quem dividir seu acesso com amigos, pessoas que não moram na mesma casa. Segundo a plataforma, ter a mesma conta logada em lugares diferentes afeta a “habilidade de investir em grandes novos filmes e séries”.

 

A ideia da Netflix é operar, mais ou menos, como as TVs a cabo operam. A plataforma vai cobrar uma taxa de ‘ponto extra’.

 

Para executar o novo formato de cobrança, a Netflix irá adicionar duas novas funções nas configurações de conta dos usuários. “Adicione um membro extra”, que permitirá incluir até duas pessoas que não moram na mesma casa, mediante o pagamento de uma taxa, e a função “Transferir perfil para uma nova conta” que permitirá transferir dois perfis que estão na mesma conta para contas distintas.

 

As novas funções estarão disponíveis primeiro no Chile Peru e Costa Rica para testes. Esse modelo poderá ser expandido para outros países, mas ainda não há uma previsão sobre sua chegada ao Brasil.

 

De acordo com o informado pela Netflix, o usuário que adicionar dois membros pagará o equivalente a metade do preço do plano básico de streaming na plataforma. No Brasil, se chegar o novo formato de cobrança, isso quer dizer que para ter duas pessoas que não moram na mesma casa que o dono da conta, o usuário principal da conta pagará R$ 13,00. O valor do plano básico no país é  R$ 26,00.

 

A medida testada pela Netflix acontece após a gigante do streaming ver seu ritmo de crescimento diminuir drasticamente em 2021. No ano passado, a plataforma obteve 18,2 milhões de novos assinantes. Em 2020, foram 37 milhões, o que aponta uma queda de 51% se comparando os dois anos. Além disso, o lucro líquido também caiu bastante. Entre o terceiro e quarto trimestre de 2021 o lucro líquido caiu 58%, indo de US$ 1,4 bilhão para US$ 607 milhões.

Foto: Reprodução

Netflix vai barrar o compartilhamento de senhas e preocupa os usuários

“Caso você não more com o proprietário desta conta, precisa de sua própria conta para continuar visualizando”. Essa é a mensagem que usuários da Netflix em países como Estados Unidos e Itália começaram a receber na plataforma ao tentarem assistir aos conteúdos do serviço de streaming. No último ano, a empresa confirmou que tem realizado testes para coibir o compartilhamento de senhas, uma medida que preocupa os usuários. As informações são do Portal Notícias da TV, da UOL.

É normal que assinantes de serviços de vídeo sob demanda permitam o acesso de alguns familiares e amigos a essas plataformas. A única limitação imposta pelas empresas de streaming é a quantidade de dispositivos permitidos para uso em tempo real, que varia de acordo com o plano contratado. No Brasil, o plano mais caro da Netflix custa R$ 55,90 e permite o uso de até quatro aparelhos ao mesmo tempo.

Em março de 2021, a Netflix confirmou que estava testando uma ferramenta com uma verificação para saber se aquele usuário estava autorizado a utilizar a conta. No mês seguinte, executivos da empresa deixaram claro que ainda não havia um modelo definido para a proibição do compartilhamento de senhas.

“Nós testaremos muitas coisas, mas nunca lançaremos algo que pareça ‘pressionar’ as pessoas que gostam do serviço. Deve parecer que faz sentido para os consumidores, para que eles entendam”, explicou Reed Hastings, o chefão da gigante do streaming, em evento com investidores.

A Netflix Brasil ainda não comentou sobre o assunto e nem quais serão as medidas a serem adotadas por aqui.

 

Imagem: Pixabay

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