Teatro na Rua: grupo realiza apresentações pós-apocalípticas gratuitas em Goiânia

O espetáculo “Mercúrio Retrógrado” é um incentivo à cultura em Goiânia. Apresentado em espaços urbanos, transformando os locais em apresentações artísticas e de debates sobre o ser e sua existência como ator social de sua própria vida.

Mercúrio Retrógrado

Num mundo pós-apocalíptico, três indivíduos errantes, em estado de marginalização fala da liberdade em todas as suas esferas (política, artística, sexual e religiosa) através dos arquétipos da cultura marginalizada, partindo de uma dramaturgia não-linear construída a partir de diferentes contextos para narrar a luta de minorias raciais, religiosas e sexuais em prol de suas liberdades de pensamento e escolhas, questionando o próprio conceito de nação e território e assim ultrapassando o limite cultural.

SERVIÇO – Mercúrio Retrógrado

29 de setembro – 17h – Praça Tamandaré – Feira da Lua

30 de setembro – 10h – Feira do Cerrado

30 de setembro – 17h – Praça do Sol – Feira do Sol

01 de outubro – 09h – Praça Joaquim Lúcio

01 de outubro – 17h – Grande Hotel – Avenida Goiás

02 de outubro – 18h – Praça Universitária

Goiânia recebe mostra de teatro de rua

Galhofada é uma Pequena Mostra de teatro de rua, organizada por artistas e produtores culturais de Goiânia e cidades vizinhas. Um trabalho sem fins lucrativos, que une a arte ao fazer social.
 
O evento toma forma com apresentações cênicas, oficinas, feirinhas culturais de troca e atividades comunitárias de recepção ao público. Tudo gratuito e ao ar livre. Ao longo dos anos o evento atraiu milhares de pessoas para a Ilha da Galhofa, um canteiro central da Alameda Henrique Silva, carinhosamente apelidado pela comunidade do Setor Pedro Ludovico.
 
Entre os dias 05 e 07 de maio, 6ª a domingo, o público de Goiânia tem nova oportunidade de conhecer ou rever o trabalho de importantes artistas cênicos, plásticos e musicais de nossa capital, prestigiando a 14ª Galhofada – Pequena Mostra de Teatro de Rua. O evento é promovido por artistas e produtores voluntários, que durante os três dias se dividem entre a produção, a montagem técnica, as apresentações de espetáculos e a ministração de oficinas artísticas, para um público formado tanto por moradores do Setor Pedro Ludovico, quanto por visitantes que se aproximam do bairro para desfrutar da programação. Tudo de forma gratuita e voluntária, as atividades se desenrolam fluidamente, ao longo do dia e da noite, atraindo centenas de pessoas e criando uma maneira divertida e colorida de unir arte ao fazer social.
  
Amor pela arte e Vakinha para 2017
Desde sua criação, em 2004, A Galhofada, que contabiliza um público ao longo dos anos de mais de 25 mil pessoas, é realizada de forma espontânea, sem um orçamento formal, sem leis de incentivo, com recursos advindos apenas de doações, rifas e parcerias dos comerciantes locais do Setor Pedro Ludovico, e dos artistas goianos, com suas respectivas obras e estruturas físicas. Em 2017, no entanto, uma nova forma de captação surgiu para ajudar um pouco mais os realizadores. Por meio da plataformawww.vakinha.com.br, o projeto tem buscado o apoio da população, para angariar fundos que possam custear pequenas despesas, como a locação de equipamentos de luz e som, e a produção de materiais de divulgação, que documentam e instruem a população quanto a natureza da Galhofada. Ainda assim, nenhum dos trabalhadores do projeto recebe cachês por seus préstimos. O voluntariado continua sendo o grande tratado do projeto, que segue seu intento de não possuir fins lucrativos, tampouco burocratizar uma troca que acontece sempre de forma orgânica e construtiva.
 

 

Programação
Sexta-feira dia 05 maio
– 17h – Indelicada Cia. Teatral – O Príncipe( Abertura) 
-18h – José Artur Campos – Mimo
– 18h30 – Raquel Rosa –  Espetaculo de bonecos Aurora (fragmentos)
19h – Cineminha
 
– 19h30 – Mila Tule (voz e violão)
– 20h – Voz, violão e contrabaixo (Luiza Camilo)
– 20h30 – Banda Actemia
 
Sábado 06 Maio
Oficinas – (9h – 12h)
–    Meu corpo minhas regras – Anistia Internacional – (Acima de 14 anos)
–     Oficina de Teatro com os professores Roberto Júnio e João Ferreira
     Oficina de Maquiagem de Caracterização com a professora Sandra Camargo e o professor Leonardo Leônidas
–     Oficina Laboratório de Criação com José Artur Campos (Salão)
–     Oficina do Lahetô (Ilha da Galhofa)
–     Patricia Ordaz – Oficina de voz (Ver com ela espaço) – (Confirmar)
      Oficina de Brinquedos – Seu Divino (Mesas)
Oficinas – (14h – 16h)
      Ninho Cultural – Oficina de música
 
– 16h Concentração para o Cortejo  – Feitoria de algodão doce e  bichinhos de balão tripa distribuído aos presentes;
– 17h – Início do Cortejo – Anfitrião: Abílio Carrascal; Artistas confirmados: Coró de Pau; Cia de Teatro Nu Escuro; Circo Laheto; Teatro Que Roda; Hélio Maria Auxiliadora; Ninho Cultural, Teatro que roda
18h Cena:  “O amor que cura”com Silvana Figueredo, Jordânia Rodrigues e Raemisciler Cruz
18h30 Cena:“A lição do palhaço” com Roberto Júnio, João Ferreira,  Leonardo Leônidas e Sandra Camargo.
19h – Grupo Contemporâneo de dança – 10 min
19h – Assombração – Esqueteria Macacos (Oficina Cultural Geppetto)
19h15 Sonora Colore (Contato Patrick) – 30 min
20h   Ninho Cultural – Maracatu
          Ninho Cultural – Toadas
 
Domingo 07 de maio
9h – Pintura dos muros
10h – Grupo Teatro Destinatário – “Contação de histórias”
10h30 Thiago Verano toca com os alunos
11h –  “O Dia da Caça” – Theatro Arte e Fogo (45min)
 
16h – Pequenas Caixas – Lúcia Rosa
 
17h – Nem um, nem outro (Zabriskie)
 
           Fridas – Grupo Contemporâneo de dança
 
17h – Vanessa Voskelis
17h15 Performance Linhas – Maria Fernanda Miranda
17h30 – Adriel – show de mpb, reggae
18h – Dillo – Banda de Rock de Brasília
19h – Assombração – Esqueteria Macacos (Oficina Cultural Geppetto)
19h – Danilo Verano
19h30 – Vida Secas

 
S E R V I Ç O
14ª Galhofada – Pequena Mostra de Teatro de Rua
Quando: 05 a 07 de maio de 2017 – 6ª à Dom.
Mais informações: Oficina Cultural Gepetto – Marcos Lotufo
Telefone: (62) 3241 – 8447

Grupo paraense faz apresentações gratuitas de teatro de rua em Goiânia; veja programação

O espetáculo paraense “Trunfo”, do grupo Projeto Vertigem, chega a Goiânia nos dias 2 e 3 de fevereiro, quinta e sexta-feira. As duas apresentações acontecem às 20 horas na Praça Universitária e são gratuitas. Integrando teatro, artes circenses, artes visuais, dança e uma trilha sonora criada exclusivamente para a obra, a peça conta com o público para decidir seu roteiro. O jogo tem início com a escolha, pela plateia, de três cartas de um baralho de tarô.

“O público é convidado a fazer o seu jogo, em duas tiradas de três cartas, que aos poucos vão construindo a encenação do espetáculo. O acaso e a sorte é que constroem o espetáculo de cada dia”, explica Marina Trindade, que faz parte do elenco, explicitando a trama ocasional que surge desta consulta aos arcanos. Segundo a artista, a interação é reforçada pela estrutura do espetáculo, que acontece sempre em espaços abertos, justamente com o propósito de aproximar a obra do grande público.

Concebido e estreado em 2015, na cidade de Belém/PA, e contemplado pelo Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, o espetáculo circula nacionalmente durante este mês de fevereiro. Além de Goiânia, também serão palco desta turnê as cidades de Nova Lima (MG), Salvador (BA), Vale do Capão (BA) e Campinas (SP).

 

Trunfo, o naipe que prevalece

Ambivalente, a encenação conduz a plateia a outro lugar, outro tempo, outra dimensão da existência. Os universos mágicos do circo e do jogo milenar das cartas de Tarô são acessados pelos atores Marina Trindade, Katherine Valente e Luan Weyl, que contam com a ajuda do público, que é convidado a tirar a grande sorte no baralho. A cada nova sequência de cartas tiradas, novas combinações de cenas vão surgindo. É um desafio aos atores e à equipe técnica, pois a cada nova edição de movimentos, é preciso surgir também uma nova luz, outra trilha, uma nova sonoplastia, que são necessárias para que surja a ilusão. Plateia e encenadores são joguetes nas mãos da sorte e do destino.

As 13 cartas, utilizadas para as cenas, foram recriadas por Victória Rapsodia, responsável pela visualidade do grupo. Ganharam um tamanho ampliado e foram chamadas de Trunfo. Para conhecer melhor o jogo, foram realizados cafés-tarôs, reunindo várias pessoas convidadas que contribuíram neste processo, o que se tornou um exercício constante de se ouvir e trocar. “Abrimos um jogo de Tarô em cena e isso é sério! Fizemos estudos, porque buscamos esses arquétipos para mostrar de forma lúdica em cena, as mensagens e visões de mundo que o Tarô pode nos dar, apesar de não haver compromisso com interpretações. Não somos tarólogos. O que fazemos é deixar as coisas no ar. Os símbolos são mostrados”, diz Marina Trindade, fundadora do grupo. É o público que, instigado, se encarrega de compreender o jogo que é posto a cada apresentação. E quem tira uma carta (ou trunfo), acaba criando uma relação direta com a cena do espetáculo.

 

Em busca de aprendizado e troca de experiências

O Vertigem é um grupo de Belém do Pará, concebido por jovens encenadores, com formações técnicas e acadêmicas diferenciadas, que juntos buscam um amadurecimento de suas poéticas, tanto por meio da criação, quanto da circulação de obras cênicas, que se utilizam das linguagens do teatro, do circo, da dança e da música para ser construído.

Quando falam da circulação pelo Prêmio Funarte, o grupo revela: “Além das experiências nas apresentações, do encontro com o público, as nossas expectativas são, principalmente, com relação às trocas que faremos com as pessoas de cada localidade, pois escrevemos o projeto pensando muito nisso: em conhecer grupos circenses; artistas; lugares. Esse é o alimento pra nós enquanto artistas”, diz Marina.

Em Goiânia, além de apresentar o espetáculo, os membros do grupo terão, no dia 1/2, um dia de intercâmbio com a cia “Corpo na Contramão”, que também realiza um trabalho de pesquisa que une diferentes técnicas e linguagens em Goiás. Como o Projeto Vertigem, eles unem teatro, música, dança e poesia. O grupo se originou em 1991 no Rio de Janeiro e mudou a sede para Goiânia em 2005. Todos têm formação em música e canto lírico pela UFG e interpretação pela Uni-Rio/Estácio de Sá. Lua Barreto e Marcelo Marques também têm formação pela Escola Nacional de Circo (RJ). 

 

S E R V I Ç O

Espetáculo “Trunfo”, grupo Projeto Vertigem (PA)

Quando: 2 e 3 de fevereiro (5ª e 6ª feira)

Horário: 20h

Local: alto da Praça Universitária – atrás biblioteca Marieta Telles Machado

Entrada franca