Elon Musk é um velho conhecido por suas invenções fora da casinha. Por trás de grandes empresas como SpaceX, Tesla, X (antigo Twitter) e a Neuralink, o bilionário fez seu nome através de criações peculiares como robôs humanoides, viagens espaciais e carros altamente tecnológicos.
Nos últimos dias, Musk revelou sua mais nova e polêmica criação: o desenvolvimento de um chip capaz de restaurar a visão de pessoas cegas.
A revelação veio através de um post no X. Marcus House fez uma postagem em sua conta onde revelou que seu filho de 14 anos, Alex, sofre de uma rara condição na retina e, por isso, perderia a visão.
“Não sei se serve de consolação, mas a Neuralink está trabalhando em um chip de visão que estará pronto em alguns anos”, respondeu Musk. “Essa é a próxima área depois de possibilitar a telepatia por meio de telefones e computadores para aqueles que perderam sua conexão entre mente e corpo. Estamos esperando aprovação para o primeiro teste em humanos”.
Tecnologia e esperança de mãos dadas
O pai do garoto agradeceu, e garantiu que está acompanhando de perto as evoluções do trabalho de Musk. Ele acredita que esses e outros implantes podem auxiliar não apenas pessoas com deficiência, mas toda a humanidade.
Para algumas pessoas, esse tipo de proposta parece invasiva. Elas acreditam que o uso de chips e implantes podem afetar a privacidade de seus usuários e transformá-los em robôs. No entanto, Musk já deixou claro que aprova.
Apesar da questão ética, qualquer pessoa com alguma condição limitante ou deficiência provavelmente gostaria de ter uma tecnologia que a ajudasse.
O trabalho de Musk com a Neuralink projeta ainda restaurar a funcionalidade corporal plena a pessoas como Austin Beggin. O rapaz que ficou tetraplégico após sofrer um acidente de mergulho oito anos atrás, participou dos testes de Musk, com o dispositivo cerebral que capta sinais elétricos gerados por seu cérebro.
Como funciona o dispositivo
Quando Beggin pensa em mover seu braço, o dispositivo transmite esses sinais para punhos posicionados sobre os nervos principais de seu braço. Isso lhe permite fazer coisas que ele não conseguia fazer sozinho desde o acidente, como levantar um pretzel e colocar em sua boca.
“É a primeira vez que tenho a oportunidade ou já tive o privilégio e a benção de pensar ‘quando quero abrir a mão, eu a abro’”, relatou Beggin. Para ele, dias como esse são sempre especiais.
Mas, tanto Beggin quanto os neurocientistas do Centro Cleveland de Estimulação Elétrica Funcional, acreditam que será preciso esperar décadas para que tais avanços enormes se concretizem.
Os cientistas, que receberam aprovação para testar esses dispositivos com humanos, estão fazendo avanços milimétricos no sentido de restaurar a função normal na digitação, fala e movimentos limitados. Os pesquisadores avisam que a meta é muito mais difícil de alcançar e mais perigosa do que pode parecer. E ressalvam que, talvez, nunca seja possível alcançar as metas de Elon Musk, mesmo que valham a pena.
“É divertido pensar em cenários de ficção científica que descrevem como o mundo pode ser no futuro”, disse Paul nuyujukian, professor de bioengenharia e neurocirurgia na Universidade Stanford que passou anos trabalhando sobre tecnologia semelhante. “Mas, considerando o ponto em que estamos hoje com a ciência, não está claro como esses cenários poderão se concretizar”.
Imagem: Reprodução
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