Estudantes de Goiás desenvolvem tijolo ecológico com fibras de vegetais e cascalhos
Três alunos do 1º ano do ensino médio de um colégio público desenvolveram tijolos ecológicos com fibras vegetais e cascalho para construir uma casa em um assentamento na zona rural de Amaralina, no norte de Goiás, onde moradores vivem em barracos feitos de lona.
A iniciativa rendeu para os estudantes a classificação entre os 20 melhores do Brasil com o desenvolvimento do projeto ‘’Tijolo Ecológico com Fibras Vegetais e Cascalho’’, na 8ª Edição do Prêmio Respostas para o Amanhã, de caráter internacional, e são os únicos de Goiás a chegarem à semifinal. Eles foram escolhidos por um comitê técnico de avaliação, com base nos critérios definidos: relevância científica, viabilidade, habilidades mobilizadas, criatividade e inovação, entre outros.
(Foto: Reprodução G1)
Os estudantes Eliane Andrade, Caroline Alves e Marciano Marques, do Colégio Estadual Josino Silva, da rede pública estadual de ensino, tiveram a orientação do professor do Programa GoiásTec, George Fontenelle, em parceria com a professora mediadora Juliana Ramos, que se juntaram aos outros 22.751 professores envolvidos com o Prêmio Respostas para o Amanhã 2021.
Para a aluna Eliane, a produção do tijolo ecológico, que leva fibras de coco, bucha vegetal e cascalho, pode ajudar a comunidade na solução dos problemas de moradia. “Aplicando o conceito de sustentabilidade na sua fabricação é possível fazer economia e aumentar a qualidade do produto”, explica.
O professor George Fontenelle Costa, em entrevista para o G1 Goiás, disse que o diferencial dos tijolos ecológicos é o material, já que eles são feitos de fibras de coco, bucha vegetal e cascalho. Além disso, o produto, que ainda está em fase de testes, não precisa passar pela “queima”, mas, sim, pela prensa, que eles mesmos construíram. “O objetivo do projeto é desenvolver um tijolo ecológico que seja viável para ser utilizado no assentamento e produzir uma prensa de material reciclável, viável e que tenha eficiência próxima às comerciais”.
Com o projeto, e a participação no concurso, os estudantes precisam arrecadar R$ 25 mil para construir o alicerce, fazer as instalações hidráulicas e a parte elétrica da primeira moradia.
Imagem: Reprodução G1 Goiás
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