Funcionários em home office costumam ser mais produtivos, diz pesquisa
Funcionários em home office costumam ser mais produtivos, segundo pesquisa
Em estudo realizado pela Scoop Technologies e pelo Boston Consulting Group, com 544 empresas de 20 setores dos Estados Unidos, se viu uma diferença significativa de receita entre empresas que trabalhavam de forma híbrida ou home office, em relação a empresas com atuações 100% presenciais.
Entre as empresas estudadas, constatou-se um total de 26,7 milhões de funcionários, e descobriu-se que entre eles, o aumento de produtividade e vendas subiu cerca de 21% entre 2020 e 2022.
Isso se compara a um crescimento de 5% para empresas com forças de trabalho híbridas ou totalmente presenciais.
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O número bate com outra pesquisa, realizada pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton e a Em Lyon Business School, que falou diretamente com os funcionários. Nela, mais de 58% dos respondentes afirmaram ser mais produtivos durante o home office.
Nem tudo são flores, os participantes da pesquisa relataram que se sentem sim mais produtivos, mas encontram desafios no trabalho remoto. A pesquisa revela que o senso positivo de produtividade nem sempre está alinhado à percepção de equilíbrio e bem-estar do colaborador.
Segundo os entrevistados, a maior perda é o convívio social, com 20,6%, seguida de maior carga de trabalho no modelo remoto (15,5%) e piora de comportamento por ausência de convívio (13,5%).
Thaís Aires tem 34 anos, é jornalista, e há três, trabalha remotamente. “Eu comecei a trabalhar em home office quando veio a pandemia. Eu tinha acabado de sair de um emprego presencial e quando a pandemia de Covid-19 se alarmou e se tornou emergencial no Brasil, que começou a fechar tudo, eu fiquei um período sem trabalhar, mas aí eu consegui um trabalho em home office e desde então permaneço nessa modalidade”, comenta.
A jovem constata os dados da pesquisa, e diz ver problemas ao trabalhar de casa: “As despesas e gastos pessoais, como energia, computador e tudo mais”.
Os desafios vão muito além de gastos, como o reconhecimento — ou a falta dele. “Negligências trabalhistas, de direitos trabalhistas. Porque muitas vezes o vínculo de trabalho de home office é informal. Dificilmente um trabalho home office contrata com carteira assinada e todos os benefícios trabalhistas”
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A maior parte dos respondentes (87,3%) iniciou suas atividades de trabalho remoto como medida de contenção da disseminação da Covid-19.
O ano era 2020 e o mundo inteiro se viu preso dentro de casa por conta da pandemia de Covid-19, de repente todas as empresas se viram presas em um problema: como continuar com o trabalho, mesmo não podendo sair de casa?
Plataformas como o Zoom e o Skype viram seus números subirem como nunca antes. Grupos do Whatsapp tomaram proporções jamais vistas, e as empresas se viram cada vez mais obrigadas a se modernizarem e se digitalizarem. Pronto! Estava instaurado de uma vez por todas o termo “home office”. Antes da pandemia, a modalidade já era usada, mas desde então, se tornou uma forma recorrente de trabalho.