UFG conquista 1º lugar em concurso internacional com pesquisa sobre biodiversidade

O estudante Bruno Roberto Ribeiro, da Universidade Federal de Goiás (UFG), ganhou o primeiro lugar do prêmio Ebbe Nielsen Challenge 2022. O concurso anual realizado pela Global Biodiversity Information Facility (GBIF), uma organização internacional, sediada em Copenhague, na Dinamarca, que trabalha com a disponibilização de dados científicos de biodiversidade por meio da internet e webservices.

O pesquisador é o primeiro brasileiro a conquistar o primeiro lugar na competição considerada uma das maiores na área de inovações e qualidade de dados abertos de biodiversidade. Bruno se destacou e conquistou o primeiro lugar com a ferramenta “Biodiversity Data Cleaning” (BDC), desenvolvida com colaboradores e sob orientação do professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução (PPG-EcoEvol) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), da Universidade Federal de Goiás (UFG), Rafael Loyola.

Dentre os colaboradores do trabalho ainda estão três outros egressos do programa: Karlo Guidoni-Martins, Lucas Jardim e Geiziane Tessarolo. Também fazem parte do grupo Santiago José Elías Velazco (Universidad Nacional de Misiones, Argentina) e Steven Bachman (Royal Botanic Gardens, UK).

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Equipe vencedora: Bruno, Santiago, Karlo, Geiziane, Lucas, Steven e Rafael. Foto: Reprodução/UFG

 

De acordo com a página do PPG-EcoEvol, o BDC é um pacote para a plataforma R desenvolvido com intuito de facilitar a avaliação da qualidade e a limpeza dos dados de biodiversidade. As funções disponibilizadas no pacote permitem harmonizar e integrar registros de ocorrência de espécies de diferentes fontes, padronizar a taxonomia de diferentes grupos (animais, plantas, fungos, etc) e identificar e corrigir problemas nas coordenadas e na data de coleta dos registros. 

Bruno ficou sabendo da premiação quando recebeu um telefonema do GBIF. “Na hora, inclusive, eu achei que a gente tinha ficado em segundo e já tinha ficado superfeliz. Depois eu fui confirmar e ele enfatizou que havíamos ganhado em primeiro lugar”.

“A premiação vem como um grande reconhecimento do nosso trabalho. Essa ferramenta foi desenvolvida por uma equipe de várias pessoas e todo mundo trabalhou muito. Esse prêmio, pelo que conheço, é o maior concurso nessa área de biodiversidade em inovações, qualidade de dados abertos de biodiversidade”, destaca o egresso. 

O prêmio da equipe que ficou em primeiro lugar do Ebbe Nielsen Challenge 2022 foi de 8 mil euros. Havia um total de 20 mil euros que foram divididos entre os 3 ganhadores. “A quantia deve ser recebida por transferência bancária e a gente vai dividir esse valor de forma igual para a equipe como uma forma de reconhecer o árduo trabalho de todos os envolvidos”, explica Bruno. 

A pesquisa também fez parte da tese de doutorado intitulada “Avaliação e síntese do estado de conservação da flora brasileira”, defendida no final de agosto de 2021. Na qual ele relata como desenvolveu e testou ferramentas e metodologia para agilizar o processo de avaliação de risco de extinção de espécies a fim de contribuir para a promoção de programas eficazes de conservação e proteção. 

Além de ficar em primeiro lugar no Ebbe Nielsen Challenge 2022, a tese de doutorado de Bruno Ribeiro recebeu Menção Honrosa no Prêmio Capes Tese 2022, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), que reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros.

 

Espécie ameaçada

Em entrevista publicada no Jornal UFG em julho de 2022, o pesquisador afirma que “o princípio para se proteger uma espécie é que ela esteja ameaçada, então, esse é o passo inicial, identificar se a espécie é ameaçada e depois desenvolver programas, ações e estratégias para manejar, para proteger, com o intuito de tirar essa espécie da lista de ameaçadas”.

A matéria traz um dado da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), segundo o qual apenas cerca de 5% das espécies que existem no planeta foram avaliadas até hoje. Em relação às plantas brasileiras, que foram as protagonistas da pesquisa de Bruno, das 4.617 avaliadas, 2.113 já estão na lista vermelha, que é a lista que categoriza as espécies como criticamente em perigo, em perigo ou vulnerável.

Muito orgulho para Goiás!

 

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Fotos: Reprodução/UFG

 

Consuni da UFG aprova o retorno das atividades presenciais

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Goiás (UFG) aprovou nesta sexta-feira, 1 de outubro, o retorno de todas as atividades presenciais. Com 93% dos votos favoráveis ao retorno, ficou agendada a data de 17 de janeiro para que as pessoas voltem a frequentar os prédios da UFG.

 

De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Curta Mais, ainda haverá a opção do sistema remoto para quem não se sentir seguro em ir para a universidade. Dessa maneira, a UFG seguirá a tendência internacional de educação híbrida.

UFG é destaque em lista de classificação mundial sobre impacto dos pesquisadores

Foi divulgado no início de novembro uma lista de classificação mundial do impacto dos pesquisadores proposta por John Loannidis e colaboradores, a partir da base de dados da Scopus. Na análise foram calculadas métricas de impacto da produção científica para quase 7 milhões de autores de artigos científicos de todo o mundo e, a partir daí, foram selecionados para uma análise mais refinada.

O ranking geral é baseado em uma combinação de diferentes métricas de citação dos artigos e padrões de autoria, sendo calculado para o total de dados do pesquisador ao longo de sua carreira e também apenas para o ano de 2019.

Para o total da carreira, 600 pesquisadores do Brasil aparecem na lista e destes, quatro são professores efetivos da UFG: José Alexandre Felizola Diniz Filho e Luis Mauricio Bini (Instituto de Ciências Biológicas – ICB), Carlos Estrela (Faculdade de Odontologia – FO) e José Realino de Paula (Faculdade de Farmácia – FF).

Aparece na lista ainda o professor Arthur Anker, que foi nos últimos quatro anos professor visitante associado ao PPG em Biodiversidade Animal (PGBAN) do ICB. Nessas análises é possível estabelecer uma série de classificações para os pesquisadores, considerando a sua posição geral no mundo, sua posição em relação à sua subárea e à posição em relação aos pesquisadores brasileiros que aparecem na lista. 

Para 2019, o impacto da UFG se torna maior, com oito pesquisadores aparecendo na lista: os professores José Alexandre Felizola Diniz Filho, Luis Mauricio Bini, Rafael Loyola, Thiago Rangel e Paulo de Marco do Departamento de Ecologia (ICB), além dos Professores Carlos Estrela (FO), Arthur Anker (PGBAN) e Wendell Coltro (Instituto de Química – IQ). Aparecem na lista de 2019 ainda os Professores Adriano S. Melo (UFRGS) e Joaquin Hortal (MNCN,CSIC, Madri), professores associados ao PPG em Ecologia & Evolução.

 

Foto: Divulgação/UFG

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