Documentário impactante da Netflix transforma dor em arte ao se despedir de jovem atriz

Ao longo deste ano, você provavelmente já escutou por aí a frase “E ela, não volta mais?”. Você sabe de onde ela veio? Deixa que eu te conto.

Dirigido pela brasileira Petra Costa, o documentário da Netflix Elena, datado de 2012, desenha uma das mais belas e trágicas histórias já retratadas em filmes. Em apenas 1h21min de relatos, Petra nos apresenta sua irmã, seu amor e inspiração, bem como sua dor. Do começo ao fim, nos envolvemos em sua luta poética, e caímos em sua despedida.

Elena Andrade era apenas uma criança quando conheceu o cinema, e se encontrou, presa debaixo das asas douradas da atuação. Ela cresceu entre o turbilhão de histórias presas entre peças de teatro e filmes caseiros. Seu maior sonho, era ser uma daquelas atrizes renomadas de filmes, que viviam todas aquelas trajetórias a fim de mostrar ao público quem se escondia por trás delas. É assim que ela se muda para Nova Iorque, ainda jovem, em busca de estabelecer uma carreira.

Infelizmente, nada acontece conforme o planejado. De maneira sensível, melancólica e saudosa, cinematográfica e pessoal, Petra Costa mostra a dor em se despedir de sua única irmã. A diretora nos apresenta Elena como se fosse nossa irmã mais nova, uma pessoa com a qual nos apegamos por meio de narrativas e experiências alheias. Quando menos esperamos, estamos chorando a morte de Elena.

“Meu marido fez uma peça com ela em 1988, até hoje não consegue esquecer a Elena”, conta um dos relatos. “Uma vez eu saí pra tomar um ar de madruga e encontrei a Elena dançando, sozinha. Perguntei pra ela ‘tá dançando sozinha?’, ela falou ‘não, tô dançando com a Lua’.”

“Você não ia querer conhecer a Elena”

Elena Andrade fazia teatro desde os seus 14 anos. Em entrevista para um teste, nos Estados Unidos, ela afirma que se mudou para Nova Iorque em busca de oportunidades. “As possibilidades no Brasil são: ou você continua no teatro, e são poucas as produções, ou faz novela”, frisou a jovem. “Eu queria fazer filmes. No Brasil não tem quase nenhum”. Na época, o Brasil enfrentava as dores da Ditadura Militar. Com a política fragilizada, as produções cinematográficas aqui eram baixas. “Um filme por ano, no máximo”, pontuou Elena.

“Você não ia querer conhecer Elena. Todo mundo era apaixonado por ela. Os homens, principalmente”. 

Sua morte precoce em 1990, aos 20 anos, devastou a família. Anos mais tarde, formada em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo, Petra Costa transforma sua dor em arte. O suicídio de Elena é retratado de maneira delicada. Quase como um desabafo pessoal. Foi com a irmã mais velha que Petra conheceu suas paixões, compartilhou suas primeiras vezes: a dança, o canto e a atuação.

As gravações caseiras, com autoria de Elena, são sua inspiração. O trauma da perda e todos os sentimentos que a seguem ao longo dos anos, levam Petra de volta à Nova Iorque, onde viu a irmã partir, para refazer os passos dela, como se a qualquer momento fosse encontrá-la em um metrô ou na porta do antigo apartamento.

O documentário de Petra é dono dos prêmios de melhor direção, direção de arte, montagem e melhor filme pelo 45° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

“Queriam que eu te esquecesse, Elena”, conta Petra no documentário. “Volto para Nova Iorque na esperança de te encontrar nas ruas”.

Top 10: Goiana está entre os selecionados para graduação da Universidade de Columbia

Você conhece a primeira escola de medicina dos Estados Unidos? Fundada em uma igreja em 1754, a Universidade Columbia também é uma das melhores universidades do mundo, de acordo com o ranking da Times Higher Education. Entrar lá não é fácil: em 2018, apenas 6,6% dos candidatos foram admitidos. Esta porcentagem, aliás, vem diminuindo ano a ano.

Entretanto, o esforço vale a pena. A Columbia University ostenta em seu hall da fama personalidades como Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, e Barack Obama, que também foi presidente do país. Além disso, 84 membros da Universidade Columbia (divididos entre professores, alunos, pesquisadores e administradores) já foram laureados com o prêmio Nobel.

A Universidade Columbia conta com mais de 32,5 mil estudantes. Desse total, apenas cerca de 6,2 mil estão na graduação; os outros 26,3 mil estão nos programas de pós-graduação da universidade.

Em termos de estudantes internacionais, são quase 12 mil alunos de 152 países, de acordo com os dados mais recentes da instituição. O Brasil é um dos países mais representados no campus, com mais de 200 estudantes.

Todavia, os estudantes estrangeiros devem atender a algumas exigências específicas em seus processos de candidatura. Conheça os principais: Histórico escolar detalhado, Resultados dos testes de admissão, Atestado de proficiência em inglês, Carta de intenções ou essay e Cartas de recomendação.

Para completar ainda mais essa instituição impecável, lá há os programas de graduação, o Columbia Undergraduate Scholars Program (CUSP). Basicamente, ele promove o crescimento intelectual, social e cultural essencial para a liderança em nosso mundo altamente especializado e culturalmente diverso.

O Programa oferece aos bolsistas nomeados oportunidades acadêmicas e culturais aprimoradas, exclusivas para uma grande universidade de pesquisa no coração de Manhattan. Incrível né?

Dentre as oportunidades de programas na graduação, há o programa Science Research Fellow que é uma designação prestigiosa de quatro anos para apenas 10 dos alunos de ciências mais promissores da Columbia. 

Os bolsistas de pesquisa científica se destacam por sua curiosidade intelectual, habilidade acadêmica e claro interesse e compromisso com a pesquisa científica e, como tal, causam impacto na comunidade científica de Columbia.

Para você ter uma ideia, cada bolsista de pesquisa científica tem acesso a uma bolsa de $10.000 que pode ser usada durante os anos do bolsista na Universidade de Columbia para cobrir os custos incorridos associados à sua pesquisa.

Além de um conselheiro especializado do Center for Student Advising, os Fellows recebem orientação de membros do corpo docente de ciências e de graduados em ciências, em que muitos deles já ganharam até o Prêmio Nobel.

Parece um sonho utópico estudar nessa universidade, não é mesmo? Mas a goiana Nicole Vieira Pires, de 18 anos, moradora de Goiânia, foi contemplada com uma bolsa de cerca de R $2 milhões para estudar na Universidade, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Para você ficar ainda mais de boca aberta, ela é uma das dez pessoas do mundo selecionadas para integrar ao tal programa “Science Research Fellow”.

A carta oficial de aprovação da universidade chegou no último dia 6 de abril, e, por 4 anos, ela fará graduação em física e ciência da computação, áreas que escolheu para ajudá-la a realizar um sonho antigo.

A jovem ainda sonha mais alto. “Quero ser a primeira astronauta mulher brasileira a ir para o espaço e fazer o país se tornar linha de frente em ciência mundial. Desde criança eu tenho esse sonho, antes ele ficava só no imaginário, mas agora tenho métodos para fazê-lo acontecer”, disse ela ao G1.

Nicole explica que, para receber a bolsa, precisou fazer aquela inscrição criteriosa com a renda dos pais detalhada e traduzida para o inglês. Ao G1, ela mostra o valor detalhado da bolsa, que além dos estudos, inclui moradia e alimentação. O documento aponta que, por ano, seriam gastos $89,540, pouco mais de R $475 mil, segundo a cotação do dólar nesta quarta-feira (19). Celma comemora o recebimento da bolsa.

“O fato de ela ter ganhado a bolsa integral foi fantástico, porque senão a gente não conseguiria arcar com os custos”, afirma a mãe ao veículo, aliviada.

Nicole ainda explicou que para conseguir estudar e ser aprovada, participou de materiais gratuitos no Brasil e no exterior. Em um dos projetos, ela recebeu, por exemplo, ajuda financeira para ir a outras cidades realizar provas de proficiência de idioma, necessárias para a inscrição na universidade.

Agora com ansiedade a mil, a jovem já está com a passagem comprada e partida definida para o dia 19 de agosto, ela divide o tempo em se organizar para a viagem e compartilhar conhecimento sobre estudar fora do país em suas redes sociais. 

Mas olha, a jovem é amante da ciência desde a infância, ela coleciona prêmios, como uma medalha de ouro no Campeonato Brasileiro de Xadrez de 2019. Ela conta ainda que tem um artigo científico publicado na Revista Internacional d’ Humanitats e lançará um livro antes da partida para o exterior. 

Já em 2020, foi selecionada para um programa de estudos de verão na Universidade de Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Nicole explica que, também em 2019, recebeu medalha de bronze na International Young Physicists Tournament (IYPT), conhecida como Copa do Mundo de Física, e no ensino médio participou de uma iniciação científica no Laboratório de Bioquímica da Universidade Federal de Goiás. No projeto, ela estudou por seis meses como uma bactéria poderia gerar partículas de óleo do oceano.

 

Imagem de capa: Reproduzida das redes sociais