Das 48 vacinas experimentais contra a covid-19 que se encontram atualmente em testes clínicos em humanos, apenas 11 entraram na fase 3, a última antes da homologação pelas autoridades, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nesta segunda-feira (23), o governo do Estado de São Paulo informou que os resultados da fase 3 sobre a eficácia da vacina coronavac devem estar prontos na primeira semana de dezembro ou, no mais tardar, até a primeira quinzena do último mês do ano.
A partir daí, os dados serão analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a sua correspondente na China. Se houver liberação de registro, é possível contar com início da vacinação já no mês de janeiro.
“Estamos muito próximos de ter uma vacina disponível para o programa nacional de imunização. Na primeira semana de dezembro, teremos os resultados dessas análises, que serão remetidas ao comitê internacional independente. [Depois], o comitê deverá validar esses resultados e produzir um relatório que será encaminhado para a Anvisa e a agência correspondente da China”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Caso a CoronaVac se mostre eficaz, ela será o sexto imunizante a ter sua eficácia contra Covid-19 comprovada após a finalização dos testes clínicos. Confira os demais imunizantes:
Vacina de Oxford
A vacina da AstraZeneca/Oxford mostrou eficácia de até 90% conforme a dosagem, segundo resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira. Os dados ainda não foram revisados por outros cientistas nem publicados em revista científica.
Os testes com a vacina indicam que há maior eficácia quando a vacina é administrada em meia dose seguida de uma dose completa, com intervalo de pelo menos um mês. Na prática, com a dose menor na primeira aplicação da vacina, mais pessoas poderão ser vacinadas num intervalo menor.
A vacina de Oxford é uma das quatro que estão em testes de fase 3 no Brasil. Em agosto, o governo federal disse que iria investir R$ 1,9 bilhão na produção de 100 milhões de doses.
Vacina da Pfizer
Dados iniciais mostram que vacina da Pfizer e BioNTech tem 90% de eficácia . A vacina produzida pela Pfizer e BioNTech é capaz de prevenir que mais de 90% das pessoas desenvolvam a Covid-19, de acordo com estudos preliminares feitos pelas fabricantes. A Anvisa ainda não recebeu os dados apresentados. Para efeito comparativo, algumas vacinas utilidades hoje em dia em outros tratamentos, possuem eficácia entre 60% e 70%.
A vacina foi testada em 43,5 mil pessoas em seis países, incluindo o Brasil. Os testes, nos 2 mil voluntários, foram feitos em cinco estados brasileiros, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.
Vacina Russa
A vacina russa, a Sputnik V é desenvolvida pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em cooperação com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo). A Sputnik V se tornou em 11 de agosto a primeira vacina registrada no mundo contra a COVID-19.
Baseada em tecnologia de vetores de adenovírus humano, a vacina usa dois vetores, Ad5 e Ad26, para gerar resposta imunológica contra a doença. Segundo autoridades russas, a terceira fase de testes da Sputnik V mostrou que sua eficiência é extremamente alta, com aproximadamente 92% de eficácia.
Além disso, há uma segunda vacina russa contra a COVID-19, chamada de EpiVacCorona, desenvolvida pelo Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor, que está em fase de testes pós-registro.
Vacina Indiana
O ministro da Saúde da Índia disse neste domingo (22) que uma potencial vacina contra a covid-19 desenvolvida localmente deverá ter seus testes finais concluídos em um ou dois meses, aumentando a expectativa de uma implementação rápida no segundo país com o maior número de infecções do mundo. O Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), administrado pelo Estado, e a empresa privada Bharat Biotech iniciaram neste mês o terceiro estágio de testes da Covaxin, em um processo que envolverá 26.000 voluntários. É a vacina experimental indiana em estágio mais avançado.
Vacina da Johnson & Johnson
A empresa americana iniciou dois testes clínicos de sua candidata, composta por um adenovírus modificado, uma de apenas uma dose e a outra com duas doses. Em todo o mundo 90.000 voluntários devem participar da pesquisa. Os resultados são aguardados para o primeiro trimestre de 2021.
Foto: Reprodução
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