CoronaVac tem eficácia de 100% em casos graves de Covid-19, diz governo de SP

O governo de São Paulo informou nesta quinta-feira (7) que a CoronaVac registrou 78% de eficácia nos testes clínicos feitos no Brasil. A vacina contra a Covid-19 é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O Instituto Butantan pediu, também nesta quinta-feira, à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a autorização para uso emergencial da vacina CoronaVac contra a covid-19. O prazo para a resposta da Anvisa é de até dez dias. Por se tratar de uso emergencial, é necessária uma autorização da agência regulatória, e além disso, apenas públicos definidos e a rede pública de saúde poderão ser beneficiados pelo imunizante.

Ainda de acordo com o governo, a vacina garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados, conforme apresentado pelo Instituto.

O governo paulista planeja iniciar a vacinação no Estado em 25 de janeiro. O Butantan já tem 10,8 milhões da Coronavac estocados e espera aumentar este número para 46 milhões até o final de janeiro e para 100 milhões em maio. O imunizante terá de ser aplicado em duas doses, num intervalo de duas semanas entre elas.


Foto: Divulgação/Sinovac

Instituto Butantan adia entrega de resultados da CoronaVac à Anvisa

O Instituto Butantan adiou para o dia 23 de dezembro o envio do resultado dos testes da vacina CoronaVac no Brasil à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A previsão inicial era de que os documentos fossem enviados até esta terça-feira (15).

A vacina contra a Covid-19 é produzida pelo Instituto em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Segundo informações do blog do jornalista Lauro Jardim, a nova data prevista para a entrega dos dados sobre a fase 3 de testes da CoronaVac é o dia 23 de dezembro, quando representantes das duas instituições devem se encontrar em uma reunião já agendada.

A CoronaVac está na terceira fase de testes, estágio em que a eficácia precisa ser comprovada antes da liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para que a vacina comece a ser distribuída, é necessário que o Instituto Butantan envie um relatório à Anvisa e que o órgão aprove o uso do imunizante.

Foto: Divulgação

Doria anuncia parceria com municípios de Goiás para aquisição da Coronavac

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (11), uma parceria com municípios de Goiás para fornecer a vacina CoronaVac. O imunizante já começou a ser produzido pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês SinoVac, mas ainda não tem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Recebemos o presidente da Associação dos Municípios de Goiás, Paulo Sérgio, que é prefeito de Hidrolândia. Ele veio representando 246 prefeitos do Estado de Goiás, para formalizar a aquisição da Coronavac, a vacina do Butantan. Estamos juntos nesta luta pela vida”, anunciou Doria numa publicação no Instagram, sem apresentar mais detalhes sobre o acordo.

Nos últimos dias, Doria divulgou que vai começar a vacinação no Estado de São Paulo em 25 de janeiro de 2021. Ele tem pedido para a CoronaVac ser incluída no Plano Nacional de Imunização, que ainda não foi anunciado. O Ministério da Saúde informou que só vai estipular uma data para início da vacinação quando algum imunizante for aprovado pela Anvisa.

Foto: Reprodução/Instagram

Veja quais são as principais vacinas contra Covid-19 e o progresso de cada uma delas

Das 48 vacinas experimentais contra a covid-19 que se encontram atualmente em testes clínicos em humanos, apenas 11 entraram na fase 3, a última antes da homologação pelas autoridades, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nesta segunda-feira (23), o governo do Estado de São Paulo informou que os resultados da fase 3 sobre a eficácia da vacina coronavac devem estar prontos na primeira semana de dezembro ou, no mais tardar, até a primeira quinzena do último mês do ano.

A partir daí, os dados serão analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a sua correspondente na China. Se houver liberação de registro, é possível contar com início da vacinação já no mês de janeiro.

“Estamos muito próximos de ter uma vacina disponível para o programa nacional de imunização. Na primeira semana de dezembro, teremos os resultados dessas análises, que serão remetidas ao comitê internacional independente. [Depois], o comitê deverá validar esses resultados e produzir um relatório que será encaminhado para a Anvisa e a agência correspondente da China”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Caso a CoronaVac se mostre eficaz, ela será o sexto imunizante a ter sua eficácia contra Covid-19 comprovada após a finalização dos testes clínicos. Confira os demais imunizantes:

Vacina de Oxford

A vacina da AstraZeneca/Oxford mostrou eficácia de até 90% conforme a dosagem, segundo resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira. Os dados ainda não foram revisados por outros cientistas nem publicados em revista científica.

Os testes com a vacina indicam que há maior eficácia quando a vacina é administrada em meia dose seguida de uma dose completa, com intervalo de pelo menos um mês. Na prática, com a dose menor na primeira aplicação da vacina, mais pessoas poderão ser vacinadas num intervalo menor.

A vacina de Oxford é uma das quatro que estão em testes de fase 3 no Brasil. Em agosto, o governo federal disse que iria investir R$ 1,9 bilhão na produção de 100 milhões de doses.

Vacina da Pfizer

Dados iniciais mostram que vacina da Pfizer e BioNTech tem 90% de eficácia . A vacina produzida pela Pfizer e BioNTech é capaz de prevenir que mais de 90% das pessoas desenvolvam a Covid-19, de acordo com estudos preliminares feitos pelas fabricantes. A Anvisa ainda não recebeu os dados apresentados. Para efeito comparativo, algumas vacinas utilidades hoje em dia em outros tratamentos, possuem eficácia entre 60% e 70%.

A vacina foi testada em 43,5 mil pessoas em seis países, incluindo o Brasil. Os testes, nos 2 mil voluntários, foram feitos em cinco estados brasileiros, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Vacina Russa

A vacina russa, a Sputnik V é desenvolvida pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em cooperação com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo). A Sputnik V se tornou em 11 de agosto a primeira vacina registrada no mundo contra a COVID-19.

Baseada em tecnologia de vetores de adenovírus humano, a vacina usa dois vetores, Ad5 e Ad26, para gerar resposta imunológica contra a doença. Segundo autoridades russas, a terceira fase de testes da Sputnik V mostrou que sua eficiência é extremamente alta, com aproximadamente 92% de eficácia.

Além disso, há uma segunda vacina russa contra a COVID-19, chamada de EpiVacCorona, desenvolvida pelo Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor, que está em fase de testes pós-registro.

Vacina Indiana

O ministro da Saúde da Índia disse neste domingo (22) que uma potencial vacina contra a covid-19 desenvolvida localmente deverá ter seus testes finais concluídos em um ou dois meses, aumentando a expectativa de uma implementação rápida no segundo país com o maior número de infecções do mundo. O Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), administrado pelo Estado, e a empresa privada Bharat Biotech iniciaram neste mês o terceiro estágio de testes da Covaxin, em um processo que envolverá 26.000 voluntários. É a vacina experimental indiana em estágio mais avançado.

Vacina da Johnson & Johnson

A empresa americana iniciou dois testes clínicos de sua candidata, composta por um adenovírus modificado, uma de apenas uma dose e a outra com duas doses. Em todo o mundo 90.000 voluntários devem participar da pesquisa. Os resultados são aguardados para o primeiro trimestre de 2021.

 

Foto: Reprodução

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Primeiro lote das 6 milhões de doses da Coronavac chega ao Brasil

O primeiro lote com 120 mil doses da vacina contra a covid-19, a Coronavac, chegou nesta quinta-feira (19) ao Brasil. A empresa farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do imunizante é a chinesa Sinovac Biotech.

O carregamento com as vacinas chegou a São Paulo e desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Este lote é o primeiro das 6 milhões de doses devem chegar até o final do ano. Além das doses, também devem chegar matéria-prima para que se possa fazer mais 40 milhões de doses no Instituto Butantan.

A produção das vacinas, assim como a vacinação da população dependem do resultados dos estudos e testes para comprar a eficácia. Além disso, também é preciso esperar o registro da Anvisa para a vacina.

 

Foto: Divulgação/Sinovac

Butantan dará início a testes da Coronavac em idosos, grávidas e crianças voluntárias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), liberou na quarta-feira (12) a retomada dos testes da Coronavac, desenvolvida no Brasil pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

Durante entrevista coletiva, ao lado do governador paulista, João Doria (PSDB), no início da tarde desta quinta (12), o diretor-geral do Instituto Butantan, defendeu uma proximidade maior entre a instituição que chefia e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após o episódio da suspensão dos testes. 

Dimas Covas ainda afirmou que quer “acelerar” o processo para que a eficácia da Coronavac seja averiguada. Segundo ele, o período de suspensão não é suficiente para atrasar a estimativa de início de aplicação das doses, prevista para começar em janeiro do próximo ano. Covas também afirmou que está “muito próximo” o momento de iniciar testes em idosos. Além disso, a finalização dos testes para solicitar registro da vacina à Anvisa, também inclui a vacinação de grávidas e crianças voluntárias.

O diretor do instituto confirmou que participará, por videoconferência na sexta-feira, 13, de reunião sobre o assunto na comissão mista no Congresso Nacional que avalia a execução orçamentária das medidas contra a covid-19. Também confirmou presença virtual no encontro o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.

Foto: Divulgação/Governo de SP

Anvisa libera compra de 6 milhões de doses da vacina chinesa contra a Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (23) a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

A decisão não trata do pedido feito pelo governo paulista para que também seja permitida a importação dos insumos necessários para a produção de outras 40 milhões de doses no Brasil.

A vacina está atualmente na terceira fase de testes. A Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pelo imunizante, ainda não obteve o registro para aplicação do imunizante.

Até momento, apenas dados parciais referentes à segurança da vacina foram apresentados pelo governo de São Paulo, mas eles não foram enviados ao órgão ou publicados em revistas científicas.

No total, o governo paulista fechou contrato com a chinesa Sinovac para a aquisição das 46 milhões de doses da CoronaVac. Essas primeiras 6 milhões virão prontas da China e as outras 40 milhões serão envasadas e rotuladas no Instituto Butantan a partir de material que será importado.

 

Foto: Divulgação

Fonte:G1

Nova onda de covid-19 assusta a China e país quer ampliar uso emergencial das vacinas

Temendo uma nova onda de covid-19, a China quer ampliar para centenas de milhares de pessoas o uso de vacinas ainda em testes. O país asiático já autorizou o uso emergencial de três vacinas desenvolvidas pelas companhias chinesas China National Biotec Group Co. e Sinovac. A última é a responsável pelo desenvolvimento da coronavac, em testes no Brasil e que será produzida pelo Instituto Butantã.

Para as autoridades chinesas, a oferta de vacinas ainda em testes clínicos se justifica pelo risco do retorno de covid-19 por meio de viajantes e também pela segurança demonstrada pelas vacinas nos estudos até agora. Local de surgimento do novo coronavírus, a China registra hoje, em média, menos de 20 novos casos por dia, muitos importados, mas teme novos surtos locais.

O uso emergencial das vacinas foi autorizado em julho, inicialmente para trabalhadores de serviços essenciais e com alto risco de exposição ao vírus, como profissionais de saúde e agentes de fronteiras.

Desde então, as vacinas experimentais têm sido disponibilizadas também para funcionários de empresas estatais e membros do Exército e agora devem começar a ser oferecidas para estudantes que pretendem viajar ao exterior e, em algumas regiões, a qualquer pessoa. A Sinovac, por exemplo, já abriu cadastro em duas cidades chinesas para moradores interessados em tomar a vacina em testes.

A China National Biotec Group Co., que abriu inscrições para chineses que pretendem estudar no exterior, já registrou a inscrição de 168 mil interessados em tomar o imunizante. Considerando todos os grupos autorizados a receber a vacina experimental, já foram mais de 350 mil imunizados pela companhia, além dos 40 mil que participam das pesquisas clínicas.

Em entrevista coletiva concedida na última terça-feira (20), o diretor de desenvolvimento da vacina contra o coronavírus na Comissão Nacional de Saúde da China, Zheng Zhongwei, afirmou que participantes dos programas de uso emergencial de vacinas são monitorados para notificação de quaisquer reações adversas. Ele destacou, porém, que nenhum sintoma importante foi reportado até agora, somente febre baixa e erupções na pele.

De acordo com Zhongwei, os parâmetros para uso emergencial de vacinas na China foram aprovados após rigorosa deliberação entre especialistas em vacinas e ética, e também obtiveram o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Fonte: Bloomeberg e Associated Press 

Foto: Reprodução/Getty Images

Após Governo de Goiás anunciar aquisição da Coronavac, Bolsonaro diz que não vai comprar vacina chinesa

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou nesta quarta-feira (21) que não vai mais permitir que o Ministério da Saúde compre doses da Coronavac, vacina chinesa contra a covid-19. Em resposta a um internauta no Facebook, Bolsonaro afirmou que a vacina “não será comprada”,

“Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor”, escreveu um suposto apoiador. Bolsonaro respondeu, em caixa alta, que a Coronavac “não será comprada”.

O anúncio ocorre um dia após o Governador Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás, através de post em rede social, confirmar a aquisição do medicamento e distribuição em janeiro de 2021, depois de ter se reunido como o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello. 

Também na manhã desta quarta (21), em mensagem enviada a ministros, Bolsonaro afirmou: “Alerto que não compraremos vacina da China, bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid-19”, disse o presidente. A informação é do site Poder360.

Bolsonaro e Doria têm travado embates sobre a questão. Na semana passada, o governador de São Paulo disse que todos os moradores do estado serão obrigados a tomar a vacina para conter a disseminação do novo coronavírus. O presidente rebateu por mais de uma vez, afirmando que não vai tornar obrigatória a vacinação.

Foto: Divulgação