Vacina de Oxford: novo lote com mais duas milhões de doses chega ao Brasil

Na manhã desta terça-feira (23), um avião da companhia Emirates, carregando duas mil doses da Vacina de Oxford aterrissou em São Paulo, vindo de Mumbai, na Índia, onde o imunizante é produzido. A vacina Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca será enviada ao estado do Rio de Janeiro, para avaliação do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). 

As doses serão distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), responsável pela distribuição nos estados brasileiros, após a avaliação técnica, seguindo orientação do Ministério da Saúde. A importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas acordadas entre a AstraZeneca e a Fiocruz, nesse sentido, além de 2 milhões que chegaram nesta terça-feira ao país, mais 8 milhões estão previstas para os próximos dois meses.

Produção das vacinas

Enquanto ocorre a negociação de doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local das vacinas Oxford/AstraZenca. A expectativa é produzir até 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado. 

Para atender essa meta, a primeira remessa do insumo está na Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzidas pela Fiocruz tem previsão de entrega para o período de 15 a 19 de marco, quando será enviada ao PNI. De acordo com a fundação, os dois primeiros lotes nacionais serão liberados internamente nos próximos dias, em seguida, serão submetidos a testes para o estabelecimento dos parâmetros de produção. 

Além disso, está em andamento o processo de transferência de tecnologia para a produção do IFA no Brasil, o que permite autonomia na produção dos imunizantes. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em agosto. 

Com informações da Agência Brasil/CNN

Vacinas contra Covid-19 importadas da Índia chegam ao Brasil nesta sexta-feira

As vacinas contra a covid-19 desenvolvidas em parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford devem chegar ao Brasil, vindas da Índia, nesta sexta-feira (22). A informação foi dada pelo Ministério das Comunicações por meio de nota oficial.

As doses foram enviadas por meio de um voo comercial da companhia aérea Emirates. A previsão é que a carga chegue ao Rio de Janeiro no fim da tarde de hoje. O voo da Emirates primeiro pousa no Aeroporto Internacional de Guarulhos, e em seguida a carga será embarcada em outro avião que segue para o Aeroporto Internacional do Galeão.

Foram contratadas duas milhões de doses, fabricadas pelo laboratório indiano Serum.

O governo brasileiro tenta desde a semana passada trazer a carga de imunizantes do país asiático. A previsão inicial era que elas estariam aqui no domingo passado (17). Contudo, o governo da Índia recuou e as autoridades brasileiras passaram a dialogar para liberar a carga.

A Índia anunciou nesta semana a exportação de vacinas para seis países, sem incluir o Brasil. Na noite da última quarta-feira, o secretário de Relações Exteriores da Índia, Harsh Srhingla, confirmou à Agência Reuters a liberação da exportação.

 

Foto: Divulgação

Incêndio atinge sede de fabricante da vacina AstraZeneca/Oxford na Índia

Um incêndio atingiu nesta quinta-feira, 21, a sede do Serum Institute of India, maior fabricante mundial de vacinas. De acordo com a imprensa indiana a produção de vacinas contra a covid-19 não foi afetada.

Neste manhã, os principais canais de televisão indianos exibiam imagens de uma enorme nuvem de fumaça cinza sobre uma área em construção em Pune (oeste), afastada do setor onde milhões de doses da vacina contra a Covid-19, a Covishield, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, estão sendo produzidas. A causa do incêndio está sendo investigada, disseram os bombeiros.

De acordo com o diretor executivo do Instituto, Dr. Suresh Jadhav, o incêndio foi relatado na instalação onde o trabalho relacionado à vacina BCG estava em andamento. A chamada foi recebida às 14h50min locais (6h50min de Brasília), após a qual 10 bombeiros e pelo menos dois caminhões-tanque foram levados às pressas para o local, disse o prefeito de Pune, Murlidhar Mohol.

O chefe dos bombeiros, Prashant Ranpise, disse que “havia quatro pessoas dentro do prédio” no momento do incêndio. Resgatamos três até agora, embora a fumaça esteja dificultando o trabalho. O incêndio até agora se espalhou para o terceiro, quarto e quinto andares”, afirmou à imprensa local.

 

Foto: Divulgação/AFP

Anvisa libera uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste domingo (17) o uso emergencial da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o o laboratório chinês Sinovac. A votação recebeu cinco votos favoráveis, portanto, unânime. A decisão passa a valer a partir do momento que a ata da reunião for publicada. Também foi aprovada a vacina de Oxford, desenvolvida em conjunto com o laboratório AstraZeneca e que conta com parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Durante a reunião, que começou às 10h e foi transmitida pelas plataformas digitais da Anvisa, a gerência-geral de Medicamentos da Anvisa recomendou a aprovação do uso do imunizante, condicionada a reavaliação periódica.

A diretora da Anvisa Meiruze Freitas, relatora dos pedidos de autorização para uso emergencial das vacinas, votou favorável para liberação emergencial dos imunizantes, por considerar que elas são eficazes para prevenir a covid-19.

De acordo com o ministério da Saúde, a campanha de vacinação deve começar já no próximo dia 20 de janeiro, quando as doses começarão a ser entregues nos municípios. Ainda neste domingo, o governador João Doria (PSDB), vai ser pronunciar no Hospital das Clínicas sobre a decisão da Anvisa. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o governo estadual deve iniciar ainda neste domingo a vacinação, de forma simbólica.

Enfermeira é a primeira pessoa a ser vacinada no país

A enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, foi a primeira pessoa a receber uma vacina contra a Covid-19 no Brasil. A vacina foi aplicada no Hospital das Clínicas e contou com a presença do governador João Doria. A aplicação da vacina ocorreu menos de uma hora após a aprovação pela diretoria colegiada da Anvisa, que aprovou o uso emergencial da vacina Coronavac, aplicada em São Paulo e feita em uma parceria do Instituto Butantan com o laboratório Sinovac, e da vacina de Oxford e Astrazeneca, feita em parceria com a Fiocruz.

 

 Foto: Reprodução/GloboNews

Governo confirma importação de doses da vacina de Oxford fabricadas na Índia

Os Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores informaram, em nota, nesta terça-feira (5) que está confirmada a importação de 2 milhões de doses da vacina de Oxford contra a Covid-19 produzida na Índia. As doses, segundo o órgão, devem chegar ao Brasil ainda neste mês.

“Não há qualquer tipo de proibição oficial do governo da Índia para exportação de doses de vacina contra o novo coronavírus produzidas por farmacêuticas indianas”, informaram os ministérios na nota. De acordo com as pastas, as negociações entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Serum da Índia, responsável pelo fornecimento da vacina, para a importação “encontram-se em estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro”.

Na última segunda-feira (4/1), o presidente do instituto Serum, responsável pelo fornecimento da vacina ao Brasil, Adar Poonawalla, disse que o governo indiano não permitiria a exploração da vacina produzida no país. Nesta terça-feira, entretanto, ele publicou uma mensagem no Twitter afirmando que “as exportações de vacinas são permitidas para todos os países e um comunicado conjunto esclarecendo quaisquer mal-entendidos com relação à Bharat Biotech será feito”.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, se reuniu na última segunda-feira (4) com o embaixador da Índia em Brasília para tratar do assunto. Segundo o Itamaraty e a pasta da Saúde, a embaixada do Brasil em Nova Délhi” está em contato permanente com autoridades indianas para reforçar a importância do início da vacinação no Brasil”. As pastas pontuaram que uma nota conjunta do Instituto Serum da Índia e a Bharat Biotech foi publicada nesta terça-feira, na qual “comunicaram a sua firme intenção de garantir acesso mundial a suas vacinas contra Covid-19”.

O alerta foi feito pela Fiocruz, responsável pela produção da vacina no Brasil, que acionou os ministérios a fim de buscar uma solução diplomática para o caso. “A busca por doses prontas da vacina contra a Covid-19 sempre esteve na pauta das tratativas com a farmacêutica Astrazeneca”, disse, em nota, a Fiocruz.

A importação é uma forma encontrada pela fundação de acelerar o início da imunização aos grupos prioritários. “A estratégia é contribuir com o início da vacinação ainda em janeiro com as doses importadas e, ao mesmo tempo, dar início à produção, de acordo com o cronograma já amplamente divulgado”, esclareceu a fundação.

Como essas doses iniciais são produzidas na Índia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa fazer uma análise complementar, averiguando “a comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle”, explicou a Anvisa.

Já o pedido de registro da vacina, o que permitirá a comercialização e distribuição em massa das doses, deve ser protocolado em 15 de janeiro pela Fiocruz. Por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a fundação planeja produção própria de 110 milhões de doses ainda no primeiro semestre.

Foto: Divulgação

Vacina de Oxford tem eficácia comprovada de até 90% contra Covid-19

Os resultados preliminares de testes da fase 3 divulgados da vacina produzida pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca foram divulgados nesta terça-feira (8) pela revista científica The Lancet, uma das principais publicações deste tipo no mundo. É a primeira vez que isso acontece o que demonstra os avanços rápidos da aguardada imunização da maior pandemia do século.

Os dados são preliminares, o que significa que os testes ainda não acabaram. A vacina teve eficácia média de 70,4%. Em um grupo reduzido que tomou doses menores do imunizante, a eficácia foi de até 90%.

É comum que os resultados apresentem números diferentes de acordo durante os testes, já que os pesquisadores avaliam os efeitos de diferentes dosagens do medicamento para decidir qual será a ideal para proteger contra o vírus Sars-CoV-2. Em termos simples, a cada 10 pessoas que poderão tomar a vacina, somente uma não estaria imunizada.

A vacina de Oxford é um dos quatro imunizantes que está sendo testado no Brasil. Após a aprovação de um investimento de 1,9 bilhão de reais do governo federal, as previsões mais recentes apontam que 30 milhões de doses serão entregues ao país até o fim de fevereiro. Outras 70 milhões de doses devem desembarcar no Brasil até julho e outras 110 milhões são esperadas no segundo semestre.

VACINAÇÃO NO BRASIL

Em reunião com governadores nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacina de Oxford deve começar a ser aplicada no Brasil no final de fevereiro e início de março de 2021.

Segundo ele, a AstraZeneca deve submeter o registro de sua vacina em parceria com a universidade de Oxford até o final de dezembro de 2020 — e o prazo de análise da Anvisa em girado em torno de 60 dias. “Se isso acontecer, vamos ter o registro efetivo da AstraZeneca no final de fevereiro, mesmo que tenham chegado as 15 milhões de doses em janeiro”, afirma Pazuello. “Previsão de uso no final de fevereiro para iniciarmos a vacinação”, conclui.

O primeiro lote de Oxford, com 15 milhões de doses, chega ao país já em janeiro, com mais 15 milhões em fevereiro, e assim sucessivamente até junho, disse o ministro. Ele afirma que serão 260 milhões de doses de Oxford durante o ano inteiro de 2021, e o custo da dose de Oxford é orçado em US$ 3,75.

Papa Francisco envia carta à Fiocruz e diz que pandemia evidenciou o ‘vírus da indiferença’

Em carta enviada à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) nesta terça-feira (3), o papa Francisco elogiou a instituição por seu trabalho, saudou profissionais da saúde que trabalham na linha de frente contra a Covid-19 e disse que a pandemia “não excluiu ninguém no seu rastro de sofrimento”.

“Neste momento em que o Brasil, juntamente com o resto do mundo, enfrenta a pandemia da Covid-19, se faz ainda mais significativa a missão desta instituição e de cada profissional da saúde”, afirma.

“Penso que o esforço da Fiocruz, bem como de tantos outros centros de pesquisa no Brasil e de cada mulher e homem, investigador, médico ou enfermeiro, além de ser uma manifestação de zelo profissional, pode e deve ser vivido como uma expressão concreta de amor para o próximo”, segue.

A carta foi enviada em resposta a um pedido da instituição para que o pontífice compartilhasse uma mensagem no seminário “Fratelli Tutti: a mensagem social global do papa Francisco”, realizado nesta terça, do qual participaram o teólogo Leonardo Boff, o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, a pesquisadora emérita da Fiocruz Maria Cecilia Minayo e o professor emérito da instituição Paulo Marchiori Buss.

No documento, o papa Francisco citou sua encíclica, Fratelli Tutti (Todos Irmãos, em italiano), que versa sobre fraternidade e amizade, para reforçar seu pedido pela construção de uma “sociedade marcada pela inclusão”.

“[Esta pandemia] evidenciou ainda mais os efeitos nocivos de um outro tipo de vírus que há muito tempo assola a humanidade: o vírus da indiferença, que nasce do egoísmo e gera injustiça social”, diz.

A Fiocruz é a instituição que produzirá a vacina da Universidade de Oxford no Brasil, se ela for aprovada. Na segunda (2), a presidente da fundação, Nísia Trindade Lima, afirmou que as primeiras doses do imunizante contra a Covid-19 devem ser aplicadas no país até março de 2021.

 

Fonte: Folhapress