Goianos apostam em compras em atacarejo para economizar no final do ano
As famílias goianas estão cada vez mais optando pelo atacarejo para economizar nas compras, especialmente no final do ano, quando os gastos tendem a aumentar. O atacarejo, um modelo que combina características de atacado e varejo, tem se mostrado uma estratégia eficaz para lidar com o orçamento familiar em tempos de aperto econômico.
O crescimento desse setor é notável. As lojas de atacarejo no Brasil registraram um faturamento de R$ 230 bilhões no ano passado, evidenciando sua expansão e popularidade. Além disso, observou-se um aumento de 26% no número de lojas em 2021, com um foco particular nas regiões Norte e Sul, além dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
A procura por atacarejos reflete uma mudança no comportamento do consumidor brasileiro, que busca economizar em meio a desafios econômicos, como inflação e taxas de juros elevadas. Segundo o economista, Bruno Corano, as redes de atacarejo têm planejado estratégias de expansão considerando a crescente concorrência e a necessidade de aprimorar o atendimento ao cliente.
Para as famílias, especialmente as goianas, essa mudança no comportamento de compra é visível.
Em Goiânia, consumidoras como a musicista Fernanda Lima e a advogada Beatriz Alves têm se voltado para o atacarejo em busca de economia e eficiência nas compras. Fernanda, uma musicista local, descobriu que comprar em grandes quantidades no atacarejo lhe permite economizar significativamente em itens essenciais como alimentos e produtos de higiene. Ela menciona, “A cada visita, eu consigo fazer um estoque dos produtos que uso regularmente, o que me ajuda a manter o orçamento controlado, especialmente com a inflação atual”. Para Fernanda, o atacarejo não é apenas uma opção econômica, mas também uma maneira prática de gerenciar suas despesas mensais.
Já Beatriz Alves, advogada em Goiânia, encontrou no atacarejo uma solução para as crescentes despesas domésticas. Ela comenta: “Desde que comecei a comprar no atacarejo, percebi uma redução significativa nas minhas despesas mensais com supermercado. A variedade e a qualidade dos produtos são excelentes, e os preços são muito mais acessíveis em comparação com os supermercados convencionais”. Beatriz também aprecia a conveniência que o atacarejo oferece, permitindo-lhe comprar em grandes quantidades e reduzir a frequência de suas idas ao mercado.
A expansão contínua das redes de atacarejo, como a de supermercados, demonstra o potencial do setor e como ele está se adaptando às novas exigências do mercado, como o uso de tecnologia e inovações para aprimorar a experiência de compra. As famílias goianas, juntamente com consumidores de todo o Brasil, estão se beneficiando dessa tendência, encontrando no atacarejo uma forma de equilibrar o orçamento e manter o padrão de vida, mesmo em tempos economicamente desafiadores.
Moda também sente busca por atacado e atacarejo
O Natal de 2023 está se configurando como um período de intensa movimentação econômica no Brasil. Estima-se que as vendas natalinas injetem aproximadamente R$ 74,6 bilhões na economia do país. Um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, indica que cerca de 132,9 milhões de brasileiros planejam comprar presentes para a data. Neste contexto, o atacarejo, especialmente no segmento da moda, surge como uma tendência em crescimento, com famílias e grupos de amigos buscando aproveitar os preços vantajosos do atacado para a aquisição de um maior volume de itens.
Em Goiânia, shoppings da região da 44, segundo maior polo de moda do Brasil tem notado um aumento nesse tipo de compra, especialmente com a aproximação do fim do ano. Tássia Carvalho, Gerente de Marketing do Mega Moda, observa que muitos clientes locais têm realizado compras significativas para tirar proveito dos benefícios oferecidos aos consumidores atacadistas. “As famílias e amigos se unem para comprar em volume, buscando economia no orçamento dedicado aos novos guarda-roupas ou aos presentes de Natal”, finaliza.
Em termos de gastos, a média por presente é de R$ 138, e cada consumidor espera comprar, em média, 4 presentes. Há uma tendência de que 37% dos consumidores gastem mais do que no ano anterior. Os produtos mais procurados incluem roupas, perfumes, cosméticos, calçados e acessórios.
Clara Almeida, professora de 35 anos e moradora de Goiânia, encontrou no atacarejo a solução perfeita para suas compras de Natal. Diante do orçamento apertado, ela decidiu juntar-se a um grupo de colegas de trabalho para aproveitar os preços mais baixos do atacado.
“Este ano, com a pandemia afetando nossos salários, o atacarejo nos permitiu manter a tradição de trocar presentes”, comenta Clara. Ela planeja comprar roupas e brinquedos para seus sobrinhos e acha que, dessa forma, pode adquirir presentes de melhor qualidade mantendo-se dentro do orçamento.
Marcos, um empresário de 40 anos no setor de tecnologia, também optou pelo atacarejo para suas compras de fim de ano. Morador da região metropolitana de Goiânia, ele percebeu que comprar em grandes quantidades poderia trazer economia significativa, especialmente para presentear sua grande família e funcionários.
“Estou sempre buscando maneiras de maximizar o valor sem comprometer a qualidade, e o atacarejo se mostrou a melhor opção”, afirma Marcos. ele, o atacarejo não é apenas sobre economia, mas também sobre encontrar produtos exclusivos que normalmente não estão disponíveis em varejistas convencionais.
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