Câmara de Goiânia mantém nome da Avenida Castelo Branco e nega homenagem a Iris Rezende

A Câmara de Goiânia decidiu, na manhã desta terça-feira (22/02), manter o veto do prefeito Rogério Cruz à mudança do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado. Familiares, amigos e aliados do ex-prefeito da capital, que morreu em novembro do ano passado, defendiam a aprovação do projeto. No entanto, houve pressão de empresários da região, que alegaram prejuízos ao comércio local caso a mudança fosse efetivada.

No total, foram 24 votos contrários à derrubada do veto e oito favoráveis. A votação foi marcada por discussões acaloradas. Vereadores que defendiam a homenagem ao emedebista chegaram a ser vaiados pelos empresários que ocupavam as galerias. 

Com a polêmica, o vereador Clécio Alves (MDB), que é autor da propositura, renunciou ao cargo de líder do MDB no Legislativo. O parlamentar chamou os vereadores que mudaram de posição em relação ao veto de “covardes”. Ele pediu perdão a Iris por ter proposto o projeto que, segundo ele, levaria a Câmara a desrespeitar sua memória.

Nas redes sociais, o presidente do MDB Goiás, Daniel Vilela, criticou os vereadores da capital, inclusive os que são filiados ao partido. “A Câmara erra – e principalmente os vereadores do MDB -, ao não conceder a honraria ao político que tanto fez por Goiás e por Goiânia”, declarou. “Me junto aos goianos que, mesmo com este revés, não medirão esforços para manter sempre vivo o legado de Iris Rezende”, completou.

No último fim de semana, a família do ex-prefeito publicou uma carta à população. O texto pedia que a decisão de homenagear ou não o emedebista fosse feita com “união, consenso, espíritos desarmados de todos que buscam, no reconhecimento material, dar a justa e devida homenagem a Iris”.

 

Com tramitação marcada por polêmicas, Plano Diretor é aprovado pela Câmara de Goiânia

Depois de muitas polêmicas, a Câmara Municipal aprovou nesta quinta-feira (02/02), em caráter definitivo, o novo Plano Diretor de Goiânia. Nos últimos meses, a proposta gerou diversos debates entre representantes da sociedade civil, legisladores e especialistas. A matéria foi aprovada com 25 votos favoráveis.

Somente seis vereadores votaram contra o projeto. São eles: Aava Santiago (PSDB), Anderson Sales Bokão (DEM), Lucas Kitão (PSL), Marlon Teixeira (Cidadania), Mauro Rubem (PT) e Santana Gomes (PRTB). Sargento Novandir (sem partido) e Joãozinho Guimarães (SD) não compareceram à votação. 

Desde que começou a tramitar na Câmara, diversos pontos do projeto geraram polêmica. Entre eles, redução das áreas de preservação permanente, possíveis prejuízos às nascentes, aumento de áreas com autorização para construção de edifícios e modificação na hierarquia de 27 ruas da capital.

Contrário ao projeto, o vereador Mauro Rubem tentou atrasar a votação. O parlamentar pediu vistas, sugeriu emendas e solicitou a retirada de pontos específicos. Outros parlamentares, como Aava Santiago e Lucas Kitão, demonstraram preocupação com a condução da tramitação da matéria. Os dois criticaram a rapidez com que a proposta foi discutida e colocada em votação. A relatora da matéria, Sabrina Garcêz, no entanto, declarou acreditar que a aprovação representa um grande desenvolvimento para a capital

Foram favoráveis à proposta Anselmo Pereira (MDB), Bruno Diniz (PRTB), Cabo Senna (Patriota), Clécio Alves (MDB), Edgar Duarte (PMB), Gabriela Rodart (DC), Geverson Abel (Avante), Henrique Alves (MDB), Isaias Ribeiro (Republicanos), Izídio Alves (MDB), Juarez Lopes (PDT), Kleybe Morais (MDB), Leandro Sena (Republicanos), Leia Klebia (PSC), Léo José (PTB), Luciula do Recanto (PSD), Pastor Wilson (PMB), Paulo Henrique da Farmácia (PTC), Pedro Azulão Júnior (PSB), Raphael da Saúde (DC), Ronilson Reis (Podemos), Sabrina Garcêz (PSD), Sandes Júnior (PP), Thialu Guiotti (Avante) e Willian Veloso (PL).

(Foto: Divulgação / Câmara de Goiânia)