Com goianas no elenco, Seleção Feminina de Vôlei Sentado chega à semifinal em Tóquio

A seleção brasileira feminina de vôlei sentado derrotou a Itália por 3 sets a 1, na noite desta terça-feira (31) no Centro de Convenções Makuhari Messe, e garantiu a classificação para as semifinais da Paralimpíada de Tóquio (Japão). Com o triunfo, o Brasil segue invicto na competição, passando pela fase de grupos com vitórias sobre Canadá, Japão e as italianas.

 

O jogo começou equilibrado. O primeiro ponto foi brasileiro veio após um rally muito disputado. O primeiro minuto de partida deu a tônica do equilíbrio que seria visto no set. A Itália conseguiu assumir a ponta explorando espaços no fundo da quadra e aproveitando erros das brasileiras. O Brasil ainda passou à frente na reta final do set, mas cometeu erros bobos, como toque na rede e o lifting (quando a atleta se levanta), e deixou a Itália virar e vencer o primeiro set por 25 a 23.

 

As brasileiras começaram o segundo set muito fortes, defendendo bem e com ataques precisos. Foi aí que Edwarda Dias começou a se destacar. Ela, que seria a maior pontuadora do jogo, com 14 pontos na partida, se tornou uma das principais válvulas de escape do ataque brasileiro. A Itália tentou uma reação no set, mas um ace de Pâmela freou a reação e o Brasil fechou por 25 a 17.

 

Nos dois sets seguintes o Brasil manteve a superioridade. O terceiro período foi vencido foi 25 a 16 sem grandes sustos. Já na primeira metade do quarto set as italianas mantiveram o equilíbrio, mas o Brasil desgarrou perto da reta final. Quando estava prestes a fechar o jogo, o time brasileiro demonstrou certa ansiedade e permitiu que as italianas marcassem pontos em sequência. Porém, a diferença era grande e a vitória no set veio por 25 a 21. Agora, a equipe busca pelo ouro inédito.

 

Além de Edwarda, outras brasileiras se destacaram na seleção: Adria Jesus, Jani Freitas, Nurya Almeida e Pâmela Pereira, 5 das 12 jogadoras que são de Goiânia e treinam aqui, além de Luiza Fiorese, que não é goiana, mas mora na capital atualmente.

 

Brasil é destaque nas Paralimpíadas

 

Esta semana, o Brasil bateu recorde histórico com a centésima medalha de ouro em Paralimpíadas, com o corredor Yeltsin Jacques. Nos Jogos de Tóquio, o Brasil está em sexto lugar no ranking mundial com 42 medalhas, sendo 14 de ouro, 11 de prata e 17 de bronze. 

 

O atletismo é a modalidade com maior número de ouros em paralimpíadas, seguido pela natação. Daniel Dias, da natação, é o maior medalhista com 14 ouros. A principal medalhista na competição entre as mulheres é Ádria Santos, do atletismo, com quatro ouros.

 

 

Com informações Agência Brasil

Imagem: Reuters / Thomas Peter

 

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Goianas são destaque da Seleção Feminina de Vôlei Sentado nas Paralimpíadas de Tóquio

Dia 24 de Agosto começam os jogos paralímpicos de Tóquio. E um dos grandes destaques desta edição é a equipe feminina de Vôlei Sentado, que obteve a primeira medalha brasileira na modalidade, ao conquistar o bronze na competição do Rio de Janeiro em 2016. 

 

Agora, a equipe busca pelo ouro inédito com a ajuda de atletas goianas que se destacaram na seleção, já que 5 das 12 jogadoras são de Goiânia e treinam aqui também. Adria Jesus, Jani Freitas, Nurya Almeida e Pâmela Pereira, além de Luiza Fiorese, que não é goiana, mas se mudou para cá. O técnico paraibano, José Agtônio Guedes Dantas, é formado em Educação Física pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e atua em Goiás há 26 anos e no paradesporto há 21 anos.

 

O treinador, que comanda a equipe feminina desde 2013, conquistou o bronze paralímpico e acredita que a seleção permanece entre as favoritas ao ouro. O voleibol sentado brasileiro, e a seleção feminina especificamente, foi a primeira seleção brasileira de vôlei a ganhar uma medalha paralímpica. 

 

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O técnico 
José Agtônio Guedes Dantas (Foto: Alê Cabral/CPB)

 

 

O Brasil participa do vôlei sentado em Paralimpíadas desde os Jogos de Pequim (China), em 2008, quando a seleção masculina ficou na sexta posição. Quatro anos depois, em Londres (Reino Unido), o país marcou presença tanto na disputa masculina, quanto na feminina: em ambas o país terminou na quinta colocação. Na Rio 2016, o time feminino consagrou a terceira colocação e os homens ficaram em quarto lugar.

 

A seleção feminina será a primeira a jogar em Tóquio. No dia 27 (sexta-feira), às 6h30 (horário de Brasília), as brasileiras enfrentam o Canadá. No dia 29, às 8h30, encaram as anfitriãs japonesas. Já no dia 31, às 22h, as adversárias serão as italianas. Os dois primeiros do grupo avançam às semifinais, que ocorrem no dia 3 de setembro, e a decisão pelo ouro será no dia 5.

 

 

 

 

 

 

Imagem e Informações: Agência Brasil / Jornal A Redação

 

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Atleta goiana de vôlei sentado faz vaquinha online para comprar prótese esportiva

A goiana Adria Jesus, de 36 anos, é atleta paralímpica de vôlei sentado e representa a seleção brasileira e o time do Goiás há 13 anos.

Ela sofreu um acidente automobilístico aos 16, e teve a sua perna esquerda amputada. Na época, era uma adolescente que não praticava esportes (fazia por obrigação na escola). Adria ficou um tempo sem saber o que fazer da vida, até que recebeu o convite do técnico Guedes para jogar vôlei sentado. Começou do zero, sem nenhuma técnica, e percebeu alí que o esporte mudaria a sua vida. “Tive vontade de desistir, mas o desejo de me superar foi maior”, diz Adria. 

A atleta representou o Brasil em duas paralimpíadas, três mundiais e três Parapans. Conquistou medalha de prata no Parapan Toronto 2015 no Canadá, bronze no Intercontinental na China em 2016 e bronze nos jogos paralímpicos do Rio, também em 2016. Recebeu uma premiação individual de Melhor Bloqueio no Parapan Lima 2019. Agora, Adria sonha em subir ao pódio e cantar o hino brasileiro em Tóquio 2020.

8bba22b9e1e33adee7b97ae5c620a161.jpegFoto: Arquivo pessoal/Adria Jesus

Para que ela continue sendo uma atleta de alto redimento, com ótimo desempenho e condicionamento físico, Adria precisa de uma nova prótese que custa cerca de R$ 25 mil, e por isso, criou uma vaquinha online para conseguir comprar. “Eu já uso uma prótese para o dia a dia, mas preciso de uma lâmina, específica para o esporte”, explica.

A goiana já superou inúmeras dificuldades em seu caminho. Um acidente, uma amputação e a superação são apenas um resumo da sua história. “Uma colega me incentivou a fazer a vaquinha, daí eu fiz pra tentar comprar a lâmina. Essa prótese não é barata, é pra quem deseja correr e intensificar os treinos”, afirma Adria. 

Para quem deseja ajudar na vaquinha online: Clique aqui! 

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Adria Jesus (@adriaatleta.oficial) em 20 de Mai, 2019 às 12:24 PDT

Foto de capa: Arquivo pessoal/Adria Jesus

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