Zara descumpre acordo sobre trabalho escravo e pagará R$ 5 milhões de multa

Com Agência Brasil

A multinacional Zara pagará R$ 5 milhões que serão revertidos para projetos sociais que visem à reconstituição do bem lesado, especialmente nas áreas de trabalho em condições análogas a de escravo e trabalho infantil. O acordo tem vigência imediata, prazo indeterminado e abrangência nacional.

Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo e a Zara Brasil firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que amplia a responsabilidade jurídica da empresa em caso de constatação de trabalho análogo ao de escravo ou trabalho infantil em sua cadeia produtiva, após a empresa ter descumprido cláusulas de compromisso firmado em 2011.

Em 2011, após trabalhadores que produziam roupas para a marca terem sido resgatados de condições degradantes, a Zara firmou TAC com o MPT em São Paulo com diversas cláusulas sobre ações específicas da empresa para o combate ao trabalho escravo em toda sua linha de produção, incluindo fornecedores e terceiros, o que na época, segundo o órgão federal, “representou um marco na erradicação ao trabalho em condições análogas à de escravo”.

No entanto, durante fiscalização do TAC por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego foi constatado o descumprimento de cláusulas acessórias do acordo. Não houve, porém, a efetiva constatação de trabalho em condições análogas à escravidão junto aos fornecedores e terceiros da empresa.

(Foto: Shutterstock)

Mulher encontra rato morto costurado a vestido da Zara

Uma jovem estudante de 24 anos recorreu à Justiça de Manhattan, nos Estados Unidos, após encontrar um acessório indesejado num vestido da Zara: um rato morto.

Segundo os advogados da jovem Cailey Fiesel informaram à Suprema Corte de Manhattan, a americana havia comprado dois vestidos em uma loja da Zara em Greenwich, no estado de Connecticut, em julho deste ano. 

Cailey guardou as peças em sua casa e só utilizou uma delas pela primeira vez no mês seguinte, quando foi trabalhar com um vestido preto que havia custado US$ 40 (cerca de R$ 137 na conversão atual).

“Durante o trabalho, ela passou a perceber um odor incômodo e não pôde identificar imediatamente de onde ele vinha”, relataram os advogados de Cailey no processo, conforme reportado pelo jornal nova-iorquino “NY Daily News”.

Conforme o dia passava, a jovem teria começado a notar algo que parecia uma linha solta no interior do vestido incomodando sua perna. Sem dar muita importância a isso, Cailey colocou a mão por dentro da peça na tentativa de localizar essa suposta linha solta.

“Para seu completo choque e descrença, conforme ela passava a mão por dentro do vestido, Cailey sentiu uma protuberância incomum e repentinamente percebeu que aquilo não era apenas uma linha solta, e sim a perna de um animal roçando em sua própria perna”, descrevem os advogados da estudante. “Era a perna de um rato morto”, concluem.

“Congelei na hora, de tanto pavor. Eu estava completamente paralisada pelo medo”, disse a moça em entrevista ao jornal “NY Post”.

O advogado de Cailey alega no processo contra a Zara que, além do trauma emocional sofrido pela jovem, ela também teve problemas de pele após ter contato com o animal morto. As fotos em preto e branco anexadas ao processo mostram o suposto rato costurado por dentro da bainha do vestido com uma de suas patas para fora.

A Zara EUA tem padrões de segurança e saúde elevados, e estamos empenhados em assegurar que todos os nossos produtos estão ao nível dessas exigências“, diz o comunicado da empresa, que admitiu ter conhecimento da queixa e estar a investigar o caso.

Abaixo, a foto original publicada pela consumidora:

zara