Sonda chinesa chega no lado oculto da Lua pela primeira vez na história

Objetivo é estudar a composição dessa parte do satélite, que não pode ser vista da Terra

Bianca Stephania Siarom
Por Bianca Stephania Siarom
f32021dd1ef760b118bb11a5a3f98daf

A sonda chinesa Chang’e-4 aterrissou no lado escuro da Lua nessa quinta-feira (2), tornando-se a primeira nave espacial a fazer pouso suave no lado inexplorado do satélite, jamais visível a partir da Terra.

Integrada por um pousador e um veículo explorador, a sonda desceu na área pré-selecionada no lado escuro da Lua às 10h26 (hora de Pequim),anunciou a Administração Nacional Aeroespacial da China.

O foguete Long March-3B, que transporta a sonda, decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, no último dia 8.

5534542b6db536b3cc6cb84167189e8b.jpg
Foguete Long March-3B, que carrega a sonda lunar Chang’e 4, decola do Centro de Lançamento de Satélites Xichang em dezembro de 2018 — Foto: Reuters

A missão realizará tarefas de observação astronômica de rádio de baixa frequência, análise de terreno e relevo, detecção de composição mineral e estrutura da superfície lunar e medição da radiação de nêutrons e átomos neutros para estudar o meio ambiente.

abe023ec6aeab1e71883ffc68c396c10.jpg
Imagem: Nasa

Mas o que é o ‘lado escuro da Lua’?

Por causa de um fenômeno chamado “rotação sincronizada” nós só conseguimos ver uma face da Lua. Isso quer dizer que o tempo de rotação da Lua é igual ao seu período orbital. Ou seja, o tempo em que a Lua gira em torno de seu próprio eixo é igual ao tempo que ela leva para girar ao redor da Terra. Então essa sincronia entre rotação e translação faz com que só possamos observar um lado da Lua.

O outro lado da Lua tem uma crosta mais grossa, com mais crateras. Também há menos “mares” – planícies basálticas escuras formadas pelo impacto de meteoritos na superfície lunar.

Via: Agência Brasil