Usuários do Uber em Brasília tem relatado ao Curta Mais que há meses o serviço já não é mais o mesmo. Se antes a espera entre a chamada e a chegada do carro não gastava mais que cinco minutos, hoje é comum ultrapassar 15 minutos podendo chegar até 30 minutos em alguns casos. Além da demora, tem sido comum os cancelamentos por parte dos motoristas. Cenário bem diferente nos tempos áureos do serviço quando havia várias opções de carros nas proximidades.

O motivo apurado pela nossa reportagem é que a debandada em massa de motoristas tem sido causada especialmente pelos aumentos consecutivos do preço dos combustíveis e os baixos repasses por parte da empresa. Outro fator que também tem impactado na redução da frota, é a queda de clientes devido à pandemia com o fim de eventos e a mudança de comportamento da maioria dos usuários que tem evitado aglomerações e se isolado em casa.

Segundo motoristas, as comissões cobradas pelo aplicativo podem variar de 25 até 35%. “Não compensa mais rodar. Combustível sobe toda semana e a empresa não aumenta o preço e nem melhora nossa comissão”, afirma um profissional autônomo que está há 2 anos no Uber e pretende parar nos próximos dias.

A situação é ainda mais delicada para quem não tem carro próprio e recorre a uma locadora de veículos. “A conta não fecha, estamos trabalhando para pagar conta e só operamos no vermelho”, diz um outro motorista que acaba de devolver o carro para a locadora.

Enquantos muitos motoristas desistem e buscam outra opção de trabalho, outros tem migrado para outro aplicativos que pagam melhores comissões. O número oficial da frota que opera aplicativos de transporte na capital não é divulgado, mas estima-se que a frota tenha reduzido pela metade no último ano.

Curta Mais entrou em contato com assessoria de imprensa da Uber mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.