7 animais que correm risco de extinção no Brasil

Conheça 7 animais importantes para o meio ambiente que correm risco de extinção

Amanda Mendonça De Oliveira
Por Redação Curta Mais
7 animais em extinção no Brasil
Onça-pintada e Mico-leão-dourado (foto: reprodução)

Sabemos que o Brasil é um mar de diversidade até mesmo em suas espécies de bichos, temos de quase tudo que existe dentro dos Filos do Reino Animal, como aves, mamíferos, aracnídeos, anelídeos, moluscos, répteis e muitos outros. Muitas pessoas pensam que por termos uma abundância de animais no nosso país, nunca teríamos falta deles, porém, há diversos dos nossos amigos da natureza que correm risco de extinção. Nessa matéria você vai conhecer alguns desses importantes bichinhos importantes para o meio ambiente que estão prestes a desaparecer da nossa fauna.

Animais em extinção é uma expressão utilizada, para se referir aos animais que podem desaparecer definitivamente da natureza caso nenhuma medida de proteção seja realizada. Quando nenhum indivíduo de uma determinada espécie é encontrado vivo no planeta, dizemos que aquela espécie está extinta.

Para classificar o nível do perigo de extinção dos animais, conforme a IUCN, as categorias de classificação são: extinto, extinto na natureza, criticamente em perigo, em perigo, vulnerável, quase ameaçado, pouco preocupante, dados insuficientes e não avaliado. Agora que já entendemos um pouco mais do assunto, vamos conhecer 7 animais que estão em risco de desaparecer.

 

Pica-pau-amarelo

O Pica-pau-amarelo é uma ave piciforme da família dos picídeos, seu nome científico é Celeus flavus subflavus segundo o Livro Vermelho do ICMBio (2016), está classificada como criticamente ameaçada de extinção, pesquisas apontam que podem existir apenas 250 indivíduos atualmente. Originalmente, essas aves são encontradas entre os estados de Alagoas até o Rio de Janeiro, mas os registros mais recentes apontam sua incidência em alguns lugares da Bahia e do Espírito Santo. Pode-se dizer que o desmatamento e as queimadas foi um fator decisivo na redução da espécie, já que o animal alimenta-se principalmente de larvas, ovos de insetos, principalmente de besouros, formigas e cupins que ficam dentro das cascas e interior das árvores.

 

Pica-pau-amarelo (foto: reprodução)

 

Onça-Pintada

A onça-pintada ou jaguar, também conhecida como onça-preta, é uma espécie de mamífero carnívoro da família dos felídeos, seu nome científico é Panthera onca e é encontrada nas Américas. Está em terceiro lugar entre os maiores felinos do mundo, ficando atrás somente do tigre e do leão. Seu comprimento pode chegar a 1,8m quando adulto, chegando a pesar mais de 96kg, sua velocidade chega a 80km/h, é considerada o maior felino das Américas, e pode ser encontrada em quase todos os biomas brasileiros, com exceção do Pampa, onde já foi extinta. Por ser uma um animal carnívoro, geralmente sua alimentação baseia-se de animais silvestres como queixadas, catetos, tatus, veados e jacarés.

Está classificada como risco vulnerável de extinção, os principais motivos são as crescentes alterações ambientais provocadas pelo homem, assim como o desmatamento e a caça às presas silvestres e às próprias onças.

Onça-pintada (foto: reprodução)

Muriqui-do-norte

O macaco Muriqui-do-norte é uma espécie de Macaco do Novo Mundo, da família dos atelídeos e gênero braquiteles, é o maior primata das Américas e pode chegar a medir 1,5m e pesar até 12kg , é originário da Mata Atlântica brasileira. O muriqui está ameaçado de extinção, constando da Lista Vermelha da UICN. Os principais motivos para a redução da sua população é a destruição do seu habitat e a caça. Sua fonte principal de alimentação são frutos, folhas, néctar das flores, brotos, sementes e cascas de árvores.

Muriqui-do-norte (foto: Theo Anderson)

 

Morceguinho-do-cerrado em extinção

O chamado Morceguinho-do-cerrado (Lonchophylla dekeyseri) é um morcego nectarívoro originário do Cerrado brasileiro. Ele vive em buracos e cavernas nas matas do cerrado e é bem pequeno chegando a pesar 12g. Seus dentes finos e agudos permitem que essa espécie alimente-se também de insetos e frutas, mas prefere o néctar das flores. Na hora de sugar o néctar, o morcego voa como os beija-flores. As flores mais visitadas por eles são as unhas-de-vaca, embiriçu e jatobá. As principais ameaças que podem ocasionar a extinção desse pequeno animal é o contínuo desmatamento do bioma Cerrado, além do turismo desordenado, pressão sobre abrigos provocados pela degradação ambiental causadas por mineradoras e competição com outras espécies de abrigos.

Morceguinho-do-cerrado (foto: reprodução)

Mico-leão-dourado

Pode-se dizer que o Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), é uma das espécies de primatas mais queridas e conhecidas pelo ser humano. Mas você sabia que ele corre um alto risco de extinção? Principalmente encontrado nas regiões exclusivamente da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, a espécie desse primata se alimenta de frutos, animais invertebrados e pequenos vertebrados, alguns estudos apontam que Mico-leão-dourado come mais de 60 tipos de plantas diferentes e após digeri-las, ajuda a espalhar suas sementes pelo ambiente. Contudo, sua espécie está classificada em perigo de extinção, por mais que tenha apoio de projetos para a proteção desses animais, eles ainda não conseguiram se livrar do sofrimento do desmatamento de seu habitat e do tráfico de animais.

Mico-leão-dourado (foto: reprodução)

Lobo-guará

O bonito Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um mamífero encontrado no Cerrado, no Pantanal e no Pampas. Um macho adulto, chega a medir 1,2m de altura, pesar cerca de 23kg e pode mover-se a uma velocidade de até 65km/h. Esse animal é considerado o maior mamífero canídeo nativo da América do Sul, alimenta-se de pequenos animais, dentre eles:roedores, tatus, perdizes e frutos variados do Cerrado como o araticum e a lobeira. Infelizmente, devido à destruição do cerrado para ampliação da agricultura, atropelamentos, caça e doenças advindas dos cães domésticos, o Lobo-guará sofre alto risco de extinção.

Lobo-guará (foto: reprodução)

Boto-cor-de-rosa

Existe uma lenda do folclore brasileiro que diz que o Boto-cor-de-rosa se transforma em um homem belo e sedutor, então, seduz mulheres para engravidá-las e depois são abandonadas pelo ser, que retorna para o rio em sua forma animal. Mas você sabia que ele existe e está em extinção? O Boto-cor-de-rosa cujo nome cientifico é Inia geoffrensis está em extinção e estima-se que a população de botos reduziu em 50% no período de três gerações (69 anos), conforme a plataforma SALVE do ICMbio. Os maiores motivos da extinção dessa espécie é a destruição de habitats, morte acidental em redes de pesca, caça clandestina, pesca predatória e contaminação por mercúrio das águas onde ficam esses golfinhos.

Boto-cor-de-rosa (foto: reprodução)