Falta de sexo: Conheça os efeitos dela sobre o seu corpo

Fique por dentro das consequências que a falta de sexo pode trazer para o seu corpo e para a sua mente.

Rodrigo Souza
Por Rodrigo Souza
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A questão sobre se a falta de sexo prejudica ou não a saúde é um tema que frequentemente permeia os consultórios médicos, envolto em tabus e especulações. A atividade sexual frequente é reconhecida pelos seus benefícios comprovados em diversos sistemas do corpo, como o cardiovascular, neurológico e imunológico, conforme evidências científicas.

Entretanto, surge a indagação: a abstinência sexual acarreta efeitos negativos sobre o nosso organismo? Este é um território onde a ciência, a experiência clínica e os mitos populares se entrelaçam, deixando a resposta longe de ser uma conclusão definitiva. Saiba mais a respeito.

Não Existe Anulação Sexual Plena

Para compreender as implicações negativas da inatividade sexual, é essencial iniciar pelo conceito de abstinência. O ginecologista e sexólogo Modesto Rey destaca que não existe uma anulação sexual plena, pois todos continuam a ser seres sexuais.

A abstinência pode se referir à falta de práticas sexuais voltadas para o orgasmo, mas não existem estudos que avaliem seu impacto na saúde daqueles que optam por não ter relações, seja por razões morais, místicas ou por medos.

Efeitos Negativos em Contraposição aos Benefícios Conhecidos

Francisca Molero, sexóloga clínica, destaca que os efeitos negativos associados à falta de sexo muitas vezes são uma contraposição aos benefícios comprovados. A relação positiva entre sexualidade e patologias cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e síndrome metabólica é respaldada pela literatura científica.

Segundo a profissional, a atividade sexual frequente influencia a imunidade, estimulando-a de maneira adequada, enquanto a falta de relações pode resultar em déficit imunológico. A falta de sexo, nesse contexto, pode ser vista como uma ausência de estímulo necessário para manter a saúde do organismo.

Falta de sexo: Impacto Psicológico e Fisiológico

A abstinência sexual torna-se problemática quando a falta de atividade é motivada por preocupações, gerando efeitos perniciosos. Estudos indicam que a ausência de atividade sexual pode afetar a autoestima, aumentando os níveis de depressão e ansiedade.

O impacto psicológico da conscientização da falta de relações pode se manifestar em processos fisiológicos e orgânicos, destacando a complexa interação entre mente e corpo.

Ansiedade: Um Grito Silencioso da Falta de Intimidade

A relação entre falta de sexo e ansiedade é bastante explorada pela ciência, destacando como a ausência dessa prática pode contribuir para estados de estresse. A tendência fisiológica natural do ser humano é buscar mecanismos naturais, como o sexo, para aliviar o estresse ao desbloquear os sistemas de recompensa.

No entanto, condicionamentos sociais e culturais podem impedir tal atitude, evidenciando como a percepção da saúde pode ser influenciada por crenças arraigadas.

Agressividade e Abstinência: Uma Conexão Profunda

Um estudo abrangente realizado durante 18 anos, revelou uma estreita relação entre abstinência sexual, saúde sexual e agressividade em diferentes culturas. Culturas mais reprimidas ou abstêmias apresentaram uma maior propensão à agressividade.

Observou-se ainda que a abstinência motivada por razões não tranquilas ou não tomadas livremente pode gerar agressividade, o que ressalta o papel da sexualidade como elemento gerador de bem-estar, desde que não seja por obrigação.

A Inteligência e o Papel da Atividade Sexual: Uma Perspectiva Neurocientífica

Embora ainda não respaldado por estudos posteriores, uma pesquisa realizada em 2013 sugere que a falta de sexo pode resultar em uma menor inteligência. A atividade sexual é associada à neurogênese e à função cognitiva, impulsionando o crescimento celular no hipocampo, região cerebral responsável pela memória a longo prazo.

Assim, a falta de relações sexuais pode impactar não apenas a esfera física, mas também a cognitiva.

Maior desleixo com a genitália

Além dos aspectos psicológicos e fisiológicos, a falta de sexo também pode contribuir para o descuido com os órgãos genitais. A sexóloga Francisca Molero destaca que a musculatura da vagina pode tornar-se flácida na ausência de atividade sexual.

A consciência durante as relações sexuais promove o cuidado e o trabalho adequado desses órgãos. A falta dessa prática também está associada a um aumento na probabilidade de disfunção erétil, indicando a importância da atividade sexual na preservação da saúde do homem.

Conclusão

Em síntese, explorar os efeitos da falta de sexo revela uma interconexão intricada entre a atividade sexual e diversos aspectos da saúde física e mental. Enquanto a ciência continua a desvendar esses mistérios, fica claro que esse tipo de abstinência não é uma abordagem única para todos.

A decisão consciente pode, em alguns casos, coexistir com a manutenção da saúde, mas a falta de atividade sexual motivada por preocupações psicológicas pode desencadear uma série de impactos negativos. O diálogo aberto e a compreensão da individualidade são essenciais para abordar essa temática complexa, afastando-se dos estigmas e explorando as nuances dessa dimensão fundamental da experiência humana.

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