A cobrança adicional pelo corte da carne em açougues de Goiânia tem gerado debates entre consumidores e autoridades. Em alguns estabelecimentos, a diferença de preço entre a peça inteira e a carne fatiada pode chegar a R$ 3,00. A legalidade dessa prática ainda está sob análise.

Antônio Carlos Ribeiro, coordenador da Escola Estadual de Defesa do Consumidor, afirmou que o Procon-GO está investigando a questão para determinar a legalidade da cobrança adicional.

“Embora o consumidor tenha poder de escolha, o comércio também tem sua liberdade na prestação de serviço e sua competitividade mercadológica, mas o consumidor deve ser bem-informado o tempo todo, para que não seja levado ao engano”, destacou Ribeiro ao portal g1.

O coordenador explicou que o Código de Defesa do Consumidor determina que o consumidor seja orientado e bem-informado sobre o produto ou serviço que está pagando. Segundo Ribeiro, a cobrança de valores diferentes para peças fatiadas e inteiras é uma prática nova nos açougues.

Ele enfatiza que é preciso que fique claro para o cliente que ele vai pagar algo a mais pelo corte específico da carne. “Esse valor também não pode ser algo absurdo, algo que exorbite a média prevista no mercado de consumo”, esclareceu.

População questiona

A prática tem gerado reações diversas entre os consumidores. Um cliente, insatisfeito, declarou na web: “Absurdo! Boicotem os estabelecimentos!”. Outro consumidor criticou a cobrança adicional, afirmando: “Suponho que o salário do açougueiro está embutido no preço final da carne. Se cobrarem para cortar, estão cobrando duas vezes.” Um terceiro leitor expressou sua indignação: “Infelizmente esse é o mundo e a sociedade do capitalismo selvagem em que vivemos, onde tudo é literalmente taxado e cobrado.”

Caso seja constatada alguma infração que prejudique o consumidor, os açougues podem ser penalizados com advertências ou multas. Consumidores lesados podem entrar em contato com o Procon-GO pelo telefone 151.

 

 

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