Copa América pode marcar a despedida de Messi?

Copa América pode marcar a despedida de Messi?

Marcelo Albuquerque
Por Redação Curta Mais
Copa América pode marcar a despedida de Messi
Imagem: Pixabay

A Argentina quase foi eliminada pelo Equador no principal torneio de seleções do continente, o que seria uma enorme surpresa para os palpites copa america. Após um empate por 1 a 1, a partida foi para os pênaltis, e o craque Lionel Messi, com uma cavadinha, desperdiçou sua cobrança. Ele, no entanto, foi salvo por Dibu Martínez, que defendeu dois chutes e garantiu a classificação da Albiceleste para as semifinais.

De todo modo, foi inevitável pensar, após a batida de Messi atingir o travessão, que aquela poderia ser a última participação da lenda argentina em um torneio de seleções.

O craque, afinal, já está com 37 anos, e possivelmente não chegará tão bem para o Mundial de 2026. Em fim de carreira, desde 2023 o camisa 10 argentino atua nos Estados Unidos, que, como se sabe, tem uma liga bem menos exigente.

É claro que, por tudo o que representa para a Argentina, Messi, se ainda estiver ativo em 2026 e disposto a jogar a Copa do Mundo, dificilmente não será convocado. A questão é que há muitas chances de que ele mesmo, vendo que não está em suas melhores condições, opte por não disputar a competição.

Com tudo isso, podemos estar testemunhando a última participação de Messi em um torneio de seleções. É importante que os amantes do futebol, portanto, não percam os jogos restantes.

Redenção


Por incrível que pareça, sua trajetória com a camisa da Argentina foi bastante complicada. O craque colecionou fracassos e foi duramente contestado pelo torcedor de seu país durante muitos anos.

A redenção, na verdade, só veio com o título da Copa América em 2021. Na ocasião, os argentinos fizeram a festa no Maracanã, após vencerem o Brasil por 1 a 0, com gol de Di María.

Depois disso, veio a conquista da Finalíssima, que colocava o campeão da Copa América frente a frente com o vencedor da Eurocopa. E a Argentina não tomou conhecimento da Itália, vencendo por 3 a 0.

Mas a cereja do bolo, que garantiu de vez a idolatria a Lionel Messi na Argentina, foi a conquista da Copa do Mundo. O camisa 10 teve uma participação irretocável, comandando sua seleção e fazendo sete gols ao longo do torneio – dois deles na final.

Chances desperdiçadas


De todo modo, é fato que Messi (e a Argentina) desperdiçou muitas chances de conquistar outros títulos. Isso porque sua ascensão no mundo do futebol se deu justamente de forma concomitante à derrocada da seleção brasileira.

Enquanto o argentino vivia o seu auge, o Brasil decaia de nível ano após ano. Ou seja, em uma época em que a seleção brasileira não oferecia muito perigo, Messi viu Uruguai (2011), Chile (2015 e 2016) e o próprio Brasil (2019) conquistarem a Copa América antes que ele pudesse levantar a taça.

Isso sem falar que o argentino precisou disputar cinco Copas do Mundo para vencer uma. Ao passo que Pelé, que participou de quatro, ganhou três.

Legado


Comparações à parte, é inegável que Messi é um dos maiores jogadores de todos os tempos. Ao longo dos últimos 20 anos, o argentino colecionou títulos, prêmios individuais e alcançou números antes praticamente impensáveis.

De certa maneira, ele estabeleceu os novos parâmetros pelos quais os futuros craques serão julgados. Um grande impulsionador de sua carreira foi a disputa com Cristiano Ronaldo, outro gênio obcecado por recordes e títulos.

A despedida de Lionel Messi, portanto, independentemente de quando ocorra, vai deixar uma lacuna no mundo do futebol – assim como a de CR7. É verdade que há uma nova geração talentosa surgindo, mas repetir o que esses dois fizeram – pelo longo tempo que fizeram – será uma missão muito complicada.