Extraordinário filme com narrativa bíblica chega a Netflix e conquista o Top 1 no Brasil
Análise aprofundada de 'Exodus: Gods and Kings', da Netflix explorando visual deslumbrante e dilemas de roteiro. Leia a crítica completa
“Exodus: Gods and Kings”, dirigido por Ridley Scott, é uma superprodução que revisita a história bíblica de Moisés, interpretado por Christian Bale. O filme, lançado originalmente em 2014, tenta trazer uma nova perspectiva para esta narrativa antiga, embora com resultados mistos.
Visualmente, “Exodus” é impressionante. Scott, conhecido por sua habilidade em criar mundos expansivos e detalhados, não decepciona neste aspecto. Cenas de batalhas são coreografadas com precisão, e os efeitos especiais, especialmente durante as pragas e a divisão do Mar Vermelho, são espetaculares. O design de produção e os figurinos são meticulosamente trabalhados, imergindo o espectador no antigo Egito com uma autenticidade palpável.
No entanto, o filme enfrenta críticas em relação à profundidade de seu roteiro e desenvolvimento de personagens. Bale entrega uma atuação sólida como Moisés, mas o roteiro não oferece espaço suficiente para explorar as complexidades do personagem. Joel Edgerton, que interpreta Ramsés, também é vítima de um roteiro que não explora adequadamente a dinâmica entre os dois personagens principais.
Um ponto controverso do filme foi a escolha do elenco, com críticas apontando para o “whitewashing”, prática de escalar atores brancos em papéis de personagens historicamente não brancos. Esta decisão foi vista como uma desconexão com a representatividade e autenticidade histórica.
No filme “Exodus: Gods and Kings”, apesar de a narrativa manter um ritmo consistente, ela frequentemente acelera momentos cruciais da vida de Moisés, deixando de lado oportunidades para uma exploração e desenvolvimento mais profundo dos personagens. Esta narração apressada prejudica a capacidade do filme de estabelecer uma conexão emocional forte com seu público.
Eventos-chave, que poderiam ter sido essenciais para adicionar camadas aos personagens e enriquecer a trama, são apresentados de forma rápida. Esta abordagem não apenas deixa os personagens parecendo um tanto subdesenvolvidos, mas também faz com que a narrativa pareça mais uma sequência de eventos do que uma jornada coesa e emocionalmente conduzida.
O resultado é um filme que, apesar de sua grande escala e visuais impressionantes, não consegue envolver totalmente seu público na jornada emocional e transformadora de seu protagonista
Em resumo, “Exodus: Gods and Kings” é uma experiência cinematográfica que brilha em termos de produção e design, mas tropeça em seu roteiro e escolhas de elenco. Vale a pena assistir pela grandiosidade visual e pelo esforço de trazer uma nova visão para uma história antiga, mas pode não satisfazer aqueles que procuram um desenvolvimento de personagem e narrativa mais profundos.
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