Aplicativos podem estar com os dias contados; saiba mais a respeito

Os constantes avanços tecnológicos poderão deixar os aplicativos obsoletos.

Rodrigo Souza
Por Rodrigo Souza
fim dos aplicativos
Foto: Reprodução/ freepik
Hoje em dia, parece que há um aplicativo para tudo, não é mesmo? É difícil acreditar que, há uma década, não dependíamos tanto deles. No entanto, com a ascensão da inteligência artificial (IA), surge a dúvida: os aplicativos estão mesmo com os dias contados?
A IA está mudando rapidamente a forma como interagimos com a tecnologia. Isso pode transformar a maneira como usamos nossos celulares, talvez até eliminando a necessidade de muitos aplicativos. Vamos entender como isso pode acontecer.

A constante evolução dos assistentes virtuais

Imagine querer viajar para Paris para ver as Olimpíadas. Hoje, você pode pedir ajuda a um assistente virtual para encontrar passagens baratas, hotéis e restaurantes. Mas ainda precisa fazer todas as reservas manualmente. Com um agente de IA avançado, você apenas diz o que quer, e ele faz todo o resto: compra as passagens, reserva hotéis, organiza passeios e até compra a camiseta oficial das Olimpíadas. Tudo isso sem você precisar tocar na tela do celular.
As empresas estão investindo pesado em grandes modelos de linguagem (LLMs) para criar assistentes virtuais cada vez mais poderosos. Esses assistentes são projetados para automatizar uma ampla variedade de tarefas, não apenas as criativas. A ideia é que eles possam fazer qualquer coisa que possa ser realizada virtualmente.

A revolução dos aplicativos

Desde 2008, quando os smartphones começaram a se popularizar, o desenvolvimento de aplicativos se transformou em uma grande oportunidade de negócios. Jovens empreendedores encontraram neles uma maneira de criar soluções inovadoras para diversos problemas do dia a dia.
Os aplicativos móveis mudaram nossas vidas. Lembrar dos tempos sem Uber, iFood ou monitoramento de saúde através do celular parece impossível. Cada app desempenha um papel específico, facilitando nossa rotina e trazendo conveniência. Seja para mobilidade, alimentação, saúde ou entretenimento, eles se tornaram essenciais.
Mas e se tudo isso mudar? E se os assistentes virtuais, cada vez mais inteligentes, substituírem esses aplicativos que conhecemos?

Será que o fim dos aplicativos está perto?

Se os assistentes de IA podem fazer tudo isso, por que ainda precisaríamos de aplicativos? Inicialmente, esses agentes usariam as interfaces dos aplicativos para realizar tarefas. No entanto, conforme se tornam mais populares, a necessidade de interfaces gráficas pode diminuir.
As empresas podem começar a desenvolver soluções voltadas exclusivamente para esses assistentes virtuais, tornando os aplicativos tradicionais obsoletos. A experiência do usuário, atualmente centrada em interfaces gráficas, pode evoluir para uma interação mais natural e fluida, sem a necessidade de tocar em telas.
Em 2024, estamos vendo um ponto de inflexão. Timotheus Höttges, CEO da Deutsche Telekom, destacou essa tendência em uma palestra na MWC24. Ele mencionou dispositivos vestíveis de IA, como o AI Pin e o Rabbit R1, que utilizam grandes modelos de ação (LAM) para entender a linguagem humana e realizar ações. Esses dispositivos prometem interações mais naturais, liberando nossos olhos das telas.

O futuro dos aplicativos

Além da evolução tecnológica, há outro fator que pode acelerar o fim dos aplicativos: o modelo de negócios das lojas de apps. Atualmente, plataformas como a App Store cobram uma grande porcentagem sobre as vendas e assinaturas, o que é desfavorável para muitos desenvolvedores. A independência dessas lojas pode ser um impulso adicional para a mudança.
Como resultado, podemos ver um futuro onde a interação com a tecnologia não depende mais de aplicativos individuais, mas de assistentes virtuais integrados. Esses agentes autônomos podem realizar tarefas complexas de forma eficiente e intuitiva, mudando completamente a forma como utilizamos nossos dispositivos.

Curiosidades

Personalização avançada: Os assistentes de IA podem aprender as preferências individuais dos usuários, oferecendo uma experiência extremamente personalizada. Por exemplo, se você gosta de hotéis com vista para o mar, o assistente sempre buscará essas opções primeiro.
Interação natural: A evolução dos assistentes virtuais está focada em tornar a interação com a tecnologia tão natural quanto conversar com uma pessoa. Isso inclui entender contextos da linguagem.
Redução de tempo: Com os assistentes fazendo todo o trabalho pesado, os usuários podem economizar tempo significativo, que seria gasto navegando e interagindo com múltiplos aplicativos.
Segurança e privacidade: Embora possa haver preocupações com segurança, os desenvolvedores estão trabalhando para garantir que esses assistentes sejam seguros e respeitem a privacidade dos usuários.
Adoção gradual: A transição para assistentes virtuais não será instantânea. É provável que vejamos uma coexistência entre aplicativos e assistentes de IA por algum tempo, à medida que a tecnologia e a confiança do usuário evoluem.
Com todas essas mudanças, o futuro da tecnologia parece promissor. Embora os aplicativos tenham transformado nossas vidas, os assistentes virtuais estão prontos para levar essa transformação a um novo nível, tornando nossa interação com a tecnologia mais fácil e eficiente do que nunca.
**** Fonte: Fatos Desconhecidos****

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