Goiânia recebe espetáculo infantil sobre a vida de Van Gogh com entrada gratuita

O espetáculo 'A Orelha de Vicente' traz um pouco história do pintor holandês com técnicas de malabarismo e acrobacia.

Mariane Faz
Por Mariane Faz
Goiânia recebe espetáculo infantil sobre a vida de Van Gogh com entrada gratuita
Foto: divulgação

Goiânia se prepara para receber o encantador espetáculo infantil “A Orelha de Vicente”, uma produção que mergulha na vida do renomado pintor holandês Vincent Van Gogh.

Com entrada gratuita, a temporada estreia em 30 de janeiro de 2024, na Apae Goiás, seguindo para outros importantes espaços culturais da cidade, como o Circo Laheto, Centro Cultural Oficina Geppetto e Centro Cultural UFG.

O espetáculo, protagonizado pelas talentosas artistas Fernanda Pimenta e Izabela Nascente, junto com o artista Luca Lima, busca unir a palhaçaria, malabarismo e acrobacia para explorar uma outra forma artística: as artes plásticas.

Inspirado na trajetória de Van Gogh, a história se desenrola de maneira lúdica e interativa, proporcionando às crianças uma experiência única de aprendizado e diversão.

 

A história de Vicentinho

Na trama, o pintor holandês, carinhosamente apelidado de Vicentinho, é apresentado como um artista genioso apaixonado pela pintura.

No entanto, seu espaço de criação é constantemente invadido por três palhaços que desejam ensaiar um número circense. Em meio a essa divertida confusão, Vicentinho, incapaz de expressar suas emoções, elabora um plano secreto.

O artista convence os palhaços de que um mistério misterioso precisa ser resolvido: o sumiço ou roubo de sua orelha.

Essa abordagem única não apenas destaca a habilidade artística de Van Gogh, mas também oferece uma narrativa envolvente e educativa para o público infantil.

 

Vida de Van Gogh: inspiração para o espetáculo infantil

Vincent Van Gogh, um dos expoentes do impressionismo, é lembrado por suas inúmeras pinturas à óleo e obras-primas que marcaram a arte moderna. Apesar de uma vida curta, o artista deixou um legado duradouro e influente na expressão artística do mundo ocidental.

A proposta do espetáculo “A Orelha de Vicente” é introduzir as crianças ao universo vibrante e criativo de Van Gogh, despertando o interesse pelas artes plásticas de maneira leve e descontraída.

 

Agenda de Apresentações e Entrada Franca

A estreia está marcada para o dia 30 de janeiro, às 16h, na Apae Goiás, com entrada franca. As apresentações subsequentes acontecerão em outros locais icônicos da cidade, como o Circo Laheto (01/02, 16h), Oficina Geppetto (02/02, 19h) e Centro Cultural UFG (07/02, 19h), todas com entrada gratuita.

O projeto “A Orelha de Vicente” foi contemplado pela Lei Municipal de Cultura de Goiânia, destacando-se como uma iniciativa cultural que busca promover a acessibilidade e a apreciação artística entre as crianças goianas. Uma oportunidade imperdível para pais e filhos vivenciarem juntos a magia do teatro e a história inspiradora de Vincent Van Gogh.

 

Serviço
Espetáculo ‘A Orelha de Vicente’
Estreia: 30 de janeiro de 2024
Horário: 16h
Local: Apae Goiás
Elenco: Fernanda Pimenta, Izabela Nascente, e Lucas Lima

Entrada franca
Outras apresentações do espetáculo A Orelha de Vicente:

•         01 De fevereiro (quinta):
Local: Circo Laheto
Horário: 16h

•         02 de fevereiro (sexta):
Local: Oficina Geppetto
Horário: 19h

•         07 de fevereiro (quarta):
Local: Centro Cultural UFG
Horário: 19h

Todos com entrada franca

 

Van Gogh

Vincent van Gogh (1853-1890) foi um importante pintor holandês, um dos maiores representantes do pós-impressionismo. Van Gogh morreu praticamente no anonimato, depois de uma vida atormentada que o levou ao isolamento e finalmente ao suicídio.

Com uma trajetória difícil, cheia de problemas emocionais, Van Gogh deixou uma obra comovente e vigorosa que se constitui em um dos maiores legados artísticos da humanidade

Vincent Willem van Gogh nasceu em Groot Zundert, uma pequena aldeia holandesa, no dia 30 de março de 1853. Filho de um pastor calvinista, era o primogênito de seis filhos. Passou a infância melancólico e inclinado à solidão.

Gostava muito de ler, sobretudo histórias sobre os oprimidos, o que posteriormente justifica seu interesse pelo sofrimento e injustiças sociais. Em 1865 ingressou em um internato provinciano.

Desajustado no lar e insatisfeito com a estrutura da sociedade à qual pertencia, com 16 anos aceitou a sugestão do pai e foi para Haia trabalhar com o tio, que abriu a filial da Galeria Goupil, importante empresa francesa que comerciava livros e obras de arte.

Depois de três anos insiste com o tio para viajar e ver o mundo. É, então, mandado para Bruxelas, onde passa dois anos. Depois vai para Londres, sempre a serviço da galeria, onde permanece dois anos e meio.

Em 1875, Van Gogh consegue realizar seu desejo de conhecer Paris, onde julgava poder libertar-se de todas as suas frustrações. Mas não gosta do emprego. Dedica-se à leitura de livros sobre arte, forma opinião e discute com os clientes. Em abril de 1876 é demitido do grupo Goupil.

Van Gogh tem 22 anos e muitas ilusões, muitas frustações e nenhum plano para o futuro. Volta para casa da família, agora em Etten, mas suas relações familiares são difíceis, só sente compreendido por Theo, seu irmão mais novo.

Van Gogh torna-se um fervoroso religioso só para fugir da sociedade, da família e da realidade que o cerca. Resolve partir para a Inglaterra, onde aceita o cargo de professor de francês e alemão em uma escola primária de uma pequena cidade, mas logo as escolas não o querem.

Van Gogh volta para a Holanda, e torna-se depressivo e sofre seguidas crises nervosas, passa longos períodos de solidão. Em 1877 consegue emprego em uma livraria em Dordrecht, até que decide seguir a carreira do pai. Ingressa no Seminário Teológico da Universidade de Amsterdã, mas é reprovado por falta de base.

Em seguida, ingressa no curso trimestral na Escola Evangélica, em Bruxelas. A pedido do pai, consegue o lugar de pregador missionário nas minas de carvão de Borinage, na Bélgica.

Van Gogh se relacionou de forma visceral com os mineiros do local. Passou a trabalhar nas minas nas mesmas condições que aquelas pessoas, em vez de orientar e conduzir como pastor. Preocupa-se com os doentes e prega pouco, o que incomodou seus superiores. Assim, foi obrigado a se afastar do cargo, sendo demitido em 1879.

 

Início da carreira como pintor

Em 1880, Van Gogh vai para Bruxelas e, com o dinheiro que o irmão lhe manda, estuda anatomia e perspectiva. Agora sabe o que quer: será pintor. Passa os dias desenhando.

Em 1881 muda-se para Haia, onde é acolhido pelo pintor Mauve. Pinta aquarelas, nas quais aparecem marinheiros, pescadores e camponeses. Pinta gente viva e ativa e critica os personagens da pintura clássica, “gente que não trabalha”.

Escreve para o irmão: “Eu não quero pintar quadros, eu quero pintar a vida”. Realiza numerosos desenhos e pinturas a óleo. No ano seguinte volta para a casa dos pais, onde passa os dias lendo e pintando.

Em março de 1885 seu pai morre repentinamente. Em abril do mesmo ano, Van Gogh pinta Os Comedores de Batata, caracterizado pelas tonalidades escuras. Sobre essa tela o artista disse: “Poderíamos dizer que se trata de uma verdadeira pintura de camponeses. Eu sei que é”.

Esta tela reúne suas concepções estéticas daquele momento e pertence à fase em que ele está se profissionalizando e dominando as técnicas de claro-escuro. Nele também vemos a influência de Millet, um dos artistas realistas mais admirados por van Gogh.

No final de 1885, Van Gogh viaja para Antuérpia, onde inicia estudos na Academia local, se apaixona pela cor e descobre a pintura japonesa. Em fevereiro é acolhido em Paris por seu irmão Theo. Essa é a época mais sociável do pintor. Familiariza-se com os impressionistas Claude Monet, Auguste Renoir e Camille Pissarro. Mais tarde, fica amigo de Paul Gauguin.

 

Quer receber nossas notícias e dicas de turismo, gastronomia e entretenimento em primeira mão? Siga o Curta Mais no Instagram: @guiacurtamais e nas outras redes sociais, você também pode entrar em nosso canal do WhatsApp clicando aqui.