Operação Endrôminas: Prefeitura de Goiânia colabora com autoridades e anuncia afastamento da diretoria da Comurg

Prefeito Rogério Cruz diz que a atual gestão é a maior interessa no esclarecimento de eventuais crimes

Rafael Vaz
Por Rafael Vaz
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O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), determinou o afastamento do presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Borges, e toda a sua diretoria. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (20/03), em razão da operação da Polícia Civil, que investia fraudes em licitações e contratos. O gestor garantiu, ainda, que a prefeitura tem colaborado com as investigações.

Rogério afirmou que recebeu com tranquilidade a operação da política e que tomará todas as medidas necessárias de acordo com o inquérito. O prefeito também declarou apoio irrestrito da atual gestão à polícia. “O presidente afastado deve dar sua resposta à sociedade. No entanto, como gestor público e majoritário da empresa, determinei que o conselho, de acordo com o estatuto, se reúna para que possamos tomar as devidas providências”, assegurou.

O chefe do Executivo fez questão de ressaltar que nenhum valor foi encontrado nas dependências do Paço ou dos órgãos públicos investigados. “Aquilo que foi encontrado, cada um, como pessoa física, deverá dar os esclarecimentos necessários”, pontou.

A operação
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Civil encontrou R$ 413 mil em espécie, cartões de crédito e relógios de luxo na casa de Alisson Borges. A busca foi feita no âmbito da uma operação que têm como alvos, além da Comurg, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), a Secretaria Municipal de Administração (Semad) e a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma).

De acordo com as investigações, foram encontrados indícios de fraude em pelo menos cinco licitações que envolvem o recapeamento asfáltico por meio dos quatro órgãos. No total, foram cumpridos 32 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo quatro em sedes de órgãos públicos municipais, três em sedes de empresas e 25 para pessoas físicas.

Segundo a corporação, três empresas envolvidas na fraude ofertavam lances para vencer as licitações com valores abaixo do preço de custo. No entanto, as rempresas vencedoras não possuíam autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para comercializar os produtos.