Estudo revela que cérebros de cães e humanos podem ”sincronizar” durante troca de olhares

A sensação de estar conectado de alguma forma com o próprio cão ao olhar nos olhos dele não é apenas algo da imaginação. Segundo evidências encontradas por pesquisadores chineses, o cérebro de ambas as espécies se “sincroniza” com a troca de olhares durante o carinho. Isso comprova que existe uma conexão entre o tutor e o seu bichinho em um nível neurológico.

O estudo, que divulgou a descoberta, publicado na revista científica Advanced Science, encontrou atividade intercerebral entre o par, que é iniciada pelo contato do humano.

Para compreender quais regiões do cérebro estavam envolvidos nesta atividade cerebral em humanos e cães, os cientistas colocaram eletrodos no crânio de 10 jovens beagles pareados com pessoas desconhecidas. Estes pares se conheceram ao longo de cinco dias.

A comunicação se deu a partir de carinhos, tapinhas e olhares. Também houve momentos em que estiveram na mesma sala, mas sem interação. Quando o carinho era acompanhado de um olhar atento ao animal, a atividade intercerebral dos pares era ainda mais conectada. Além disso, os pesquisadores também notaram que ao longo do experimento essa conexão cresceu.

Com a finalidade de descobrir qual dos dois era o líder do despertar de neurônios no outro, os pesquisadores utilizaram um algoritmo matemático. Assim, ficou claro para a equipe que era o humano.

“Observamos que as correlações intercerebrais nas regiões frontal e parietal aumentaram drasticamente durante o olhar mútuo”, escreveram os autores do estudo.

Além disso, a equipe testou a hipótese pela equipe de que déficits na cognição social, como aqueles observados no transtorno do espectro autista (TEA), podem estar associados à redução da sincronização do cérebro com outras pessoas.

Para investigá-la, foram escolhidos nove cães com características próximas àquelas apresentadas por pessoas com TEA. Ao formarem pares com humanos, a “sincronia” dos cérebros era menor (o que também indicou uma atenção conjunta em um nível reduzido).

Estudos anteriores mostraram a eficácia do LSD (droga sintética) para facilitar o comportamento social em camundongos. Na análise feita pelos cientistas desta pesquisa, o uso clínico da substância melhorou o “pareamento” dos cérebros dos cães e humanos pareados.

“Nossas descobertas sugerem potenciais biomarcadores de atividade intercerebral para o diagnóstico de TEA e o desenvolvimento de análogos não alucinógenos do LSD para corrigir déficits sociais”, concluem os autores.

Cães são afetados pelas emoções humanas

Uma pesquisa de julho deste ano, encabeçada pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, e publicado no periódico Scientific Reports, mostrou que os cães conseguem sentir o cheiro do estresse em seu tutor e também reagem emocionalmente a partir disso.

De acordo com a equipe de pesquisadores, a empatia canina tem evoluído a partir dos milênios de convivência entre as duas espécies.

 

 

 

 

 

 

*Agência O Globo

 

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O que acontece com o nosso cérebro quando rezamos?

A oração é uma prática milenar, estimulada por diversas religiões como uma forma de contato direto com Deus, a técnica, além da religião, também pode ser benéfica para o cérebro, como comprovam alguns estudos.

Desde acalmar a mente, regular emoções, melhora de foco e atenção à liberação de neurotransmissores do bem-estar, os efeitos da oração tem sido cada vez mais explorados pela ciência.

Quando se senta para rezar, uma pergunta vem à cabeça: “Como rezar afeta o cérebro e o bem-estar mental?” A equipe do BBC Crowdscience consultou especialistas para tentar entender o que acontece no cérebro das pessoas que rezam e saber se esse mecanismo está necessariamente relacionado a crenças religiosas, ou se talvez possa estar presente naqueles que meditam ou levam uma vida criativa.

O cérebro

O neurocientista Andrew Newberg, diretor de pesquisa do Instituto Marcus de Medicina Integrativa da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, dedica-se a estudar os efeitos da oração e de outras práticas religiosas no bem-estar mental de seus pacientes.

Por meio de ressonâncias magnéticas, sua equipe conseguiu ver as áreas do cérebro que são ativadas no momento em que uma pessoa está rezando.

“Uma maneira comum de rezar é quando uma pessoa repete uma oração específica várias vezes como parte de sua prática. E quando você faz uma ação como essa, uma das áreas do cérebro que é ativada é o lobo frontal”, explicou o especialista à BBC.

Isso não surpreende, já que o lobo frontal tende a se ativar quando nos concentramos profundamente em uma atividade. O que surpreende Newberg é o que acontece quando as pessoas entram no que sentem como “oração profunda”.

“Quando a pessoa sente que a oração está quase tomando conta dela, por assim dizer, a atividade do lobo frontal realmente diminui. Isso ocorre quando o indivíduo relata sentir que não são eles que estão gerando a experiência, mas que é uma experiência externa que está se passando com ele”, disse o pesquisador.

A oração profunda, descobriu Newberg, também gera uma redução na atividade no lobo parietal, na parte mais traseira do cérebro. Essa área recebe informações sensoriais do corpo e cria uma representação visual dele.

Newberg diz que uma redução na atividade do lobo parietal poderia explicar os sentimentos de transcendência reportados por quem reza profundamente: “À medida que a atividade nessa área diminui, perdemos o senso do eu individual e temos esse senso de unidade, de conexão”.

Uma questão de fé?

Para Hillary, a explicação de Newberg faz sentido, e a relaciona com o que sente quando reza: “Suponho que o sentimento de perder o senso de eu individual tenha a ver com essa conexão que sinto com Deus quando estou em oração contemplativa”.

Mas rezar é uma experiência imensamente pessoal: se para Hillary ela pode acontecer sentada em um tronco de árvore ou em uma caminhada na natureza, para outros, pode ser em um diálogo em voz alta com Deus, no silêncio absoluto ou mesmo no canto.

Práticas semelhantes à oração, mas sem qualquer fundamento religioso, poderiam produzir os mesmos efeitos sentidos por aqueles com crenças profundas?

Para Tessa Watt, especialista em práticas de meditação e mindfulness que já trabalhou com centenas de clientes, esse estado pode ser alcançado concentrando a atenção no presente e nas sensações que experimentamos.

“Acredito que tanto o ato de rezar quanto o mindfulness ajudam a tranquilizar uma pessoa, para que ela tenha mais tempo para si mesma e também ative o sistema nervoso parassimpático”, explica Watt.

O sistema nervoso é composto por dois sistemas autonômicos distintos que controlam a maioria das respostas automáticas do corpo.

Por um lado, o sistema simpático regula as chamadas respostas de “luta ou fuga”, aquelas que exigem que o corpo reaja rapidamente a uma ameaça. Por outro lado, as tarefas relacionadas ao “descanso e digestão” ficam a cargo do sistema parassimpático.

“Isso significa que, ao praticar mindfulness, você aprende a acalmar sua resposta de luta ou fuga, tornando-se mais eficiente no controle de suas emoções”, diz Watt.

Relação com Deus

Para algumas pessoas que crescem em ambientes fortemente religiosos, o relacionamento com um deus pode refletir nas relações emocionais com pessoas do entorno, disse à BBC o pesquisador Blake Victor Kent, sociólogo do Westmont College, na Califórnia.

“A oração pode ser benéfica, mas você tem que levar em conta diferentes fatores, especialmente como você se conecta com Deus emocionalmente.”

Blake era pastor e hoje estuda o impacto que a religião tem na vida das pessoas. “Se você vem de um ambiente onde há dificuldade em confiar nos outros, rezar com certeza será mais difícil para você.”

Para entender o que ele diz sobre Blake, devemos falar sobre a teoria do apego, da psicologia: é a ideia de que a relação que os seres humanos têm com seus cuidadores primários define o tipo de relacionamento que eles terão no futuro.

A teoria diz que se você teve um cuidador presente e confiável quando criança, com certeza formará laços adultos “seguros”. Se teve um cuidador inconsistente, como Blake, será difícil estabelecer relações de confiança quando adulto – a confiança é fundamental para o desenvolvimento da fé. Isso pode tornar muito difícil para alguns gerar um relacionamento íntimo com Deus e, se vivem em um ambiente muito religioso, podem se sentir culpados por não serem capazes de desenvolvê-lo.

“Para mim”, diz Blake, “rezar parece vazio, arriscado, incerto”. Blake se define como uma pessoa ansiosa que sofreu muito durante sua carreira como pastor porque sentia que havia algo que ele não fazia bem quando rezava.

“E acho que o mesmo acontece com muitas pessoas em congregações religiosas, o que as faz sentir que estão fazendo algo errado ou que Deus está chateado com elas”, quando rezam e veem que não obtêm os mesmos resultados que todos ao seu redor.

Embora ter uma relação de insegurança com Deus possa ser prejudicial, Blake diz que entender de onde essa insegurança vem pode ajudar. Além disso, os vínculos podem ser modificados por meio da psicoterapia, algo que pode ser positivo para a saúde mental de maneira geral.

Atividades criativas

Segundo o neurocientista Andrew Newberg, sua pesquisa revela que há outros tipos de momentos em que as imagens do cérebro são notavelmente semelhantes às da oração profunda em ressonâncias magnéticas.

“Houve estudos muito interessantes de músicos muito bem treinados que, quando começam a improvisar, diminuem a atividade de seus lobos frontais, e é quase como se a música chegasse até eles da mesma forma que certas pessoas sentem que Deus vem até elas”, disse ele.

“A criatividade pode ser uma prática profundamente espiritual para muitas pessoas, tenham elas uma vida religiosa ou não. E acho que as duas coisas estão relacionadas, porque o cérebro não tem uma área designada apenas para religião.”

Newberg explica que os centros emocionais de nossos cérebros são estimulados por meio de experiências transcendentais, seja falando com Deus ou ouvindo a Nona Sinfonia de Beethoven.

“E, claro, com práticas religiosas e espirituais está mais do que provado que funcionam, se considerarmos a enorme quantidade de tempo que têm sido usadas por humanos e como elas persistem para além de mudanças políticas ou tradições culturais.”

Depois de ouvir os especialistas, Hillary disse à BBC que consegue entender melhor suas experiências e como elas se relacionam umas com as outras.

“Consigo reconhecer que tenho uma experiência parecida, mas diferente, através de todas essas atividades. Quando eu rezo, tenho uma conexão com Deus. Mas quando eu canto e tenho uma sensação semelhante, é uma conexão com a música.”

“Posso dizer que tanto quando falo com Deus, quanto quando canto com o coral, sinto como algo espiritual.”

 

 

 

 

*Fonte: BBC News

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Estudo revela que Escrever à Mão traz diversos benefícios para a saúde

Escrever à mão se conecta diretamente com certas partes do cérebro que ativam áreas relacionadas à criatividade, lógica e coordenação motora. Isso torna a escrita um excelente treinamento para desenvolver habilidades de forma mais eficiente do que digitar em um teclado.

Muito provavelmente, nos últimos dias você escreveu algumas coisas à mão – talvez uma lista de compras, uma nota em seu calendário ou um lembrete em um post-it. Mas quando foi a última vez que você escreveu um texto longo à mão? Muitos com certeza nem lembram.

Pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) publicaram um estudo na revista científica Frontiers in Psychology mostrando a importância da escrita manual nos processos cognitivos relacionados à aprendizagem.

Para o estudo, foram coletados dados de eletroencefalograma (EEG) com um conjunto de 256 sensores de um grupo de 36 estudantes universitários para detectar sua atividade cerebral enquanto eles escreviam à mão com uma caneta digital ou teclado uma determinada palavra que aparecia em uma tela.

As diferenças nos padrões de conectividade nestas áreas do cérebro, juntamente com as frequências, demonstraram ser cruciais para a formação da memória e a codificação de novas informações e, portanto, “benéficas para a aprendizagem”, de acordo com as conclusões do estudo.

Melhoria da memória

“Focando na conectividade cerebral que comprovadamente facilita o aprendizado e a memória, investigamos áreas parietais e centrais em bandas de frequência específicas. Essas áreas cerebrais têm sido associadas a mecanismos de atenção e processos cognitivos na percepção visual”, disse o estudo da NTNU.

Ou seja, a retenção visual das formas da letra e da composição da palavra faz com que a região cerebral relacionada à memória trabalhe para poder reproduzi-la ao escrevê-la à mão, para que a capacidade seja estimulada e exercitada.

Aprendizagem mais eficiente

Escrever ainda é uma atividade psicomotora que requer sincronização entre o cérebro e a mão para segurar a caneta e desenhar as palavras no papel, interligando os diferentes símbolos. Os pesquisadores descobriram que a ativação do córtex visual, sensorial e motor ajudou a melhorar os processos de assimilação e codificação de novos conhecimentos. Portanto, se você quiser aprender algo, o melhor é escrevê-lo à mão.

Exercite a criatividade

Durante mil anos, a caligrafia foi admirada como forma de arte. Afinal, a escrita baseia-se no traçado preciso de linhas, o que acarreta um desenvolvimento cognitivo espacial que permite gerenciar a distribuição do conteúdo em um determinado espaço. Isso já representa um desenvolvimento criativo por si só.

Desenvolvimento da lógica

Um estudo realizado por Virginia Berninger, professora da Universidade de Washington (nos EUA), sugere que a caligrafia ajuda a desenvolver habilidades lógicas e analíticas. Em seu estudo com alunos da segunda, quarta e sexta séries, ela descobriu que aqueles que escreviam à mão eram capazes de desenvolver ideias de forma mais clara e extensa, com maior velocidade e usando maior variedade de palavras do que aqueles que o faziam com o teclado.

Concentração, terapia e relaxamento

Uma folha de papel em branco não recebe notificações por enquanto e nem recebe estímulos externos como as telas, sendo um excelente canal para treinar a concentração e o foco mais profundo, evitando as distrações habituais nas telas. Um estudo conjunto das universidades de Chicago (EUA) e Zhejiang (China) mostrou que a caligrafia esta relacionada com a melhoria da tomada de decisões.

Além dos benefícios cognitivos que demonstrou ter para o desenvolvimento do cérebro, a caligrafia também traz benefícios a nível psicológico, pois permite estabelecer um canal para colocar pensamentos e ideias em ordem. Muitas pessoas encontram na escrita um espaço íntimo para expressar pensamentos e sentimentos que não conseguem representar verbalmente.

 

*IGN Brasil

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Pessoas que arrepiam ouvindo música tem cérebro especial; entenda

Você já se arrepiou ouvindo sua música favorita? Ou uma música com um toque que te surpreendeu e causou em arrepio nos seus pelos? Se sim, meus parabéns! Você tem um cérebro especial!

Cientistas da Universidade Harvard descobriram que o cérebro de quem sente arrepios com canções possui conexões especiais, causando um tipo de reação física à música. Esse “fenômeno” acontece com cerca de metade da população apenas.

Para a pesquisa, os cientistas analisaram o cérebro de 20 voluntários usando a técnica de ressonância magnética de tensor de difusão, que mostra as conexões entre diferentes regiões do cérebro.

Os pesquisadores descobriram que os participantes se arrepiam tem mais fibras nervosas saindo do córtex auditivo e se ligando ao córtex insular anterior e o córtex pré-frontal, responsáveis por processar sentimentos e monitorar emoções. A conectividade extra desses cérebros provavelmente intensifica a experiência sensorial provocada pela música.

Tal descoberta indica que a música pode ter uma função evolutiva, mas os pesquisadores ainda não sabem se as pessoas que se arrepiam nascem mais sensíveis ou se é possível desenvolver tais conexões.

A pesquisa revela que a reação química que o ser humano tem a uma música emocionante é parecida com o que sentimos em outras tarefas essenciais, como comer ou fazer sexo: uma injeção de dopamina que percorre o corpo. Por isso, o arrepio musical é chamado pelos neurocientistas de “orgasmo na pele”.

 

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Estudos apontam que a psicopatia pode não ser transtorno mental

A psicopatia é um assunto que levanta muitos interesses na sociedade, não à toa existem séries, filmes, documentários, livros e podcasts sobre casos de psicopatas famosos. Ao discutir a condição, muitas pessoas associam o problema a um transtorno mental.

No entanto, uma nova pesquisa canadense aponta que pode ser errado classificar psicopatas como doentes mentais, pois a definição estaria mais associada a uma adaptação da espécie humana.

Os pesquisadores revisaram 16 estudos já publicados sobre o tema e concluíram que para a psicopatia ser considerada uma doença mental, seria necessário encontrar uma maior prevalência de alterações do neurodesenvolvimento de pessoas diagnosticadas com o quadro do restante da população.

Os pesquisadores ainda ressaltam que os traços de um psicopata, como falta de remorso, narcisismo e agressividade, são malvistos pela sociedade atualmente, mas já foram benefícios antigamente, quando a competição por recursos era intensa.

Além disso, essas características aparentemente são pessoais e não são exclusivas de assassinos, pois nem todo psicopata é capaz de matar. É possível comprovar isso, tendo em vista que cerca de 3,5% dos executivos seniores de grandes empresas apresentam comportamento psicopático.

Em entrevista ao Jornal O Globo, o psiquiatra Sérgio Rachman, coordenador do Centro de Estudos em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica (CEJUR) da Unifesp, explicou que não há um consenso sobre a psicopatia ser uma doença ou não.

Rachman ainda ressalta o risco de considerar a psicopatia uma doença, pois abriria um precedente para que assassinos diagnosticados com o problema fossem inocentados, já que pessoas mentalmente doentes podem ser consideradas incapazes de responder por seus atos.

O neuropsicólogo Antonio de Pádua Serafim, coordenador do Núcleo de Psiquiatria e Psicologia Forense (NUFOR) do Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, conta que a psicopatia não é um quadro específico, mas sim um agravamento do diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial.

Serafim afirma que existem diversos segmentos de psicopatas, como criminosos, grandes empresários ou até mesmo assassinos.

 

Fonte: Olhar Digital

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Saiba como a música afeta e estimula nosso cérebro

A música afeta o nosso cérebro de diferentes maneiras, estimulando-o e até mesmo fazendo com que ele se exercite. Hoje, boa parte dessas reações do cérebro para a música já são bastante conhecidas. E a cada dia a neurociência descobre novos impactos na atividade cerebral quando estamos escutando alguma melodia.

 

Para entender como isso acontece, a primeira coisa importante é saber que não existe apenas uma região do cérebro estimulada pelas músicas. Na verdade, o que acontece é que o cérebro inteiro pode ser afetado e diferentes regiões respondem a diferentes estímulos provocados pela música. É por isso que ela tem um poder tão grande em nós, sendo celebrada em todas as culturas humanas.

 

O lóbulo frontal, por exemplo, é responsável pela tomada de decisão e pelo planejamento, e ao ouvir alguma canção a região é estimulada e podemos aprimorar suas funções. Já a área de broca, a região do cérebro responsável pela expressão da linguagem, é estimulada ao tocar uma música. Isso implica que tocar um instrumento pode melhorar sua capacidade de se comunicar.

 

Outro estímulo importante acontece no lóbulo occipital, a parte que processa o que enxergamos, localizada na parte de trás do cérebro. Músicos profissionais estimulam esta região (para as pessoas que não são profissionais, apenas o lóbulo temporal, responsável por compreender os sons, é estimulado). Isso sugere que eles podem visualizar uma partitura quando estão ouvindo música.

 

Um dos exemplos mais notáveis do poder da música no nosso cérebro acontece no hipocampo. Esta é a principal região responsável por produzir e recuperar nossas memórias, além de regular respostas emocionais. A música, além de estimular essa região, pode aumentar a neurogênese no hipocampo, permitindo a produção de novos neurônios e melhorando a memória.

 

Por fim, a música pode trazer inúmeros benefícios para nossa vida, tanto para os adultos quanto para as crianças. Se despertou seu interesse em saber mais sobre o assunto, o Curta Mais tem uma indicação para você.

 

A Holanda Marista é um centro de referência em neuropedagogia, psicomotricidade e neuroeducação musical. Os pequenos amam as aulas feitas sob medida em ambientes lúdicos, que estimulam ainda mais o aprendizado. A escola também desenvolve trabalho de excelência no atendimento de alunos especiais.

 

“Participar das aulas de música vai muito além de cantar uma canção ou tocar um instrumento. Aceitar os desafios, concentrar-se, imaginar, sorrir, fazer novas conexões e estimular o cérebro são atributos diários nas intervenções musicais. Música é vida!” diz Júlia Holanda, musicista renomada e responsável pela instituição. 

 

E o melhor é que os assinantes premium do Clube Curta Mais ganham 20% de desconto para todas as modalidades de aula, matrícula e mensalidades da escola Holanda – Marista.

Foto: Reprodução/Pirilampo

 

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Elon Musk anuncia dispositivo que permitirá o uso de smartphones através do pensamento

O bilionário Elon Musk, anunciou seu mais novo projeto em um evento nos Estados Unidos, nesta terça-feira (16/07). Elon está trabalhando em um pequeno dispositivo que conectará o cérebro à computadores e smartphones. 

No evento, a startup comandada pelo bilionário, Neuralink, apresentou um pequeno sensor, que seria a primeira versão do dispositivo. Os pesquisadores explicam que são minieletrodos implantados por robôs especialmente desenvolvidos para executar esta tarefa. 

Além disso, Elon Musk explicou que pode haver milhares de eletrodos conectados a um cérebro, captando o máximo de informações, que seriam enviadas para um aplicativo de smartphone por meio de um tipo de aparelho auditivo. O objetivo inicial do projeto é fazer com que as pessoas consigam controlar seus smartphones através do pensamento, mas com o futuro avanço da tecnologia, também pode ser vendida para uso de braços robóticos e próteses. Um dos neurocirurgiões responsáveis pelo projeto, acredita que a longo prazo a interface poderá dar capacidade ao cérebro de obter informações e potencializar o conhecimento com o poder de um computador.

Oficialmente, o aparelho foi testado apenas em ratos, a Neuralink inseriu o dispositivo em 19 animais, com taxa de sucesso de 87%. Segundo a startup, testes em humanos serão iniciados a partir de 2020 e os possíveis voluntários receberão quatro furos de oito milímetros no crânio, por onde passam os fios, que ligam os eletrodos ao implante atrás da orelha. Para isso, o bilionário precisa comprovar a eficácia e segurança do processo ao FDA – agência federal norte-americana responsável pelo controle da saúde.

O projeto que já tem um custo de cerca de U$$ 100 milhões, está recebendo muitas críticas de especialistas que acerditam ser desconcertante para a sociedade. Parece que o domínio da Inteligência Artificial está em um futuro muito mais próximo que o esperado, mas quais serão as consequências sociais desse imenso avanço tecnólogico?

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Sexo faz cérebro gerar mais neurônios, aponta estudo

Ao contrário do que os cientistas pensavam, o seu cérebro não para de produzir neurônios a partir de uma certa idade.

Alguns estudos, como o do King’s College de Londres, apontam que é possível fazer esses processos de neurogênese adulta – que podem reforçar os neurônios e melhorar o cérebro – com hábitos de vida saudáveis como dieta, exercícios físicos, praticando sexo, lendo mais e tendo amigos.

Sandrine Thuret, neurocientista do King’s College de Londres, afirma com contundência que o hipocampo continua gerando neurônios fundamentais para os processos de aprendizagem e memória durante toda a vida.

Veja 5 dicas que vão te ajudar neste processo:

1. Caminhar 5 vezes/semana

Cientistas da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, descobriram que é uma das técnicas mais adequadas para aumentar a neurogênese. A corrida ou os exercícios de resistência se revelam uma prática adequada, mas é suficiente “caminhar a bom ritmo cinco vezes por semana”, segundo Pablo Irimia.

2. Dieta saudável

Apostar na dieta mediterrânea e em planos hipocalóricos parece ser, de novo, a decisão mais acertada. Outros estudos também citam os flavonoides como alimentos que propiciam a neurogênese adulta. Chá verde, uvas roxas e, sem dúvida, alimentos ricos em antioxidantes devem ser incluídos na dieta habitual por seus efeitos positivos para evitar a degeneração celular.

3. Sexo

O estudo publicado pela US National Library of Medicine comprovou que o hipocampo produz neurônios novos quando o corpo fica exposto à prática do sexo de forma continuada, melhorando assim a função cognitiva. Mas avisam: “A experiência sexual repetida pode estimular a neurogênese adulta desde que esta persista no tempo”. Cabe a cada um estabelecer os horários.

4. Controle estresse e ansiedade

Isso também é um fator determinante para o correto funcionamento do cérebro, para a manutenção da plasticidade neuronal e para o fomento de processos de neurogênese mais relevantes. Cientistas da Universidade de Oregon apontam que a meditação, entendida como um exercício que controla e elimina a tensão, é uma prática que desencadeia a geração de novos neurônios em idade adulta. Em conclusão: alguns minutos por dia para deixar a mente em branco ajudarão o cérebro tanto em curto como em médio e longo prazos.

5. Amigos e leitura

“A aprendizagem gera conexões entre as diferentes regiões do cérebro e por isso é fundamental para que este possa evitar sua deterioração”, explica o neurologista Irimia, que acrescenta: “Não se trata unicamente de ler muito, mas também de manter uma interação social habitual e estimular constantemente o cérebro”.

Via: Só Notícia Boa e El País

6 alimentos que vão bombar o seu cérebro

Além de fazer exercícios, tocar um instrumento musical ou falar uma língua estrangeira, a alimentação pode ajudar o seu cérebro a ficar mais ligado e melhorar sua disposição. Conheça 6 alimentos que vão dar um level up no seu raciocínio e bom apetitite!

 

Pimenta

Rica em vitamina C, fundamental para o funcionamento das células nervosas, a pimenta pode aumentar a atenção na véspera de uma prova – um toque já é suficiente para deixar você mais atento, e diferente do café, ela não provoca ansiedade e insônia.

 

Semente de cânhamo

Planta da família Cannabis, as sementes de cânhamo são ricas em ácido alfa-linolênico (ALA), substância que acelera a transmissão de sinais e impulsos nervosos. Chia, linhaça e nozes também são ricas em ALA.

 

Batata

Alimentos ricos em amidos, como as batatas, são uma fonte estável de energia, necessária para manter o cérebro constantemente ativo.

 

Semente de abóbora

O ferro é uma substância essencial para o transporte de oxigênio do sangue, e sua ausência pode provocar irritabilidade, problemas de concentração e perda de memória. Por ser rica em ferro, a semente de abóbora combate esses males.

 

Amêndoas

As amêndoas são ricas em vitamina E, substância que combate o envelhecimento do cérebro e atua nas funções cognitivas, como a atenção, memória e aprendizado.

 

Sal iodado

Além de potencializar o sabor dos alimentos, o sal iodado ajuda a controlar a produção de hormônios na tireoide, combatendo o surgimento do bócio, quadro clínico que pode acarretar problemas mentais e falhas no desenvolvimento físico.

 

Com informações do Mega Curioso.

Não existe cérebro masculino ou feminino, revela pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, afirmam que não existem cérebros masculinos ou femininos nos seres humanos, mas que na verdade, os cérebros são uma composição de traços característicos, alguns mais comuns nas mulheres em comparação com os homens, outros mais comuns nos homens comparado com as mulheres e alguns comuns em ambos.

Para chegar a esta conclusão, a pesquisadora Daphna Joel e sua equipe analisaram mais de 1.400 cérebros humanos de quatro conjuntos de dados. Os resultados da análise indicam que a maioria dos cérebros são “mosaicos” que juntam características mais comuns em homens, mulheres ou nos dois. Dessa mistura, eles deduziram que os cérebros humanos não pertencem a grupos diferentes, ou seja, que não existe um cérebro masculino e outro feminino.

 

Com informações do UOL.