Prefeitura de Goiânia aprova o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica

O prefeito Rogério Cruz sancionou, nesta terça-feira (8), o projeto de lei, criado pelo vereador Lucas Kitão, que inclui a data 27 de novembro como o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica no Calendário de Eventos de Goiânia. As informações são do Jornal A Redação.

A proposta foi aprovada no plenário da Câmara, no último dia 10 de Fevereiro, com apenas um voto contrário. De acordo com Kitão, a instituição do Dia Municipal da Cannabis Terapêutica faz parte de uma série de ações de incentivo à pesquisa e à discussão sobre o uso terapêutico da substância, com o objetivo de instruir a população acerca da regulamentação e distribuição dos medicamentos.

Em Goiânia, a Câmara já promulgou a lei que autoriza a regulamentação e a distribuição gratuita de medicamentos prescritos à base de cannabis medicinal. A legislação precisa ainda ser regulamentada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).  

O parlamentar afirmou que quer incentivar o debate e a conscientização, juntamente com a oficialização do Dia da Cannabis Terapêutica, para fomentar ações em defesa dos pacientes que necessitam do tratamento, mas que enfrentam preconceito e dificuldade para adquirir os medicamentos.   

“A inclusão no Calendário Oficial do Município vai permitir que ações sejam realizadas por instituições públicas ou privadas, a fim de promover atividades de caráter educacional na cidade que é referência em todo o Brasil, desde a aprovação da regulamentação desses medicamentos na capital”, explicou o vereador, que tem se dedicado à causa.  

Além disso, a data de 27 de novembro também é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer. A escolha foi idealizada por ativistas defensores do medicamento derivado da cannabis, que apresenta grande efetividade no alívio de sintomas provocados pela quimioterapia.

“Desde 2013 a data já é celebrada não oficialmente. Agora poderemos incluir no Calendário Municipal a realização de debates, palestras e atos públicos, além da distribuição de material informativo”, concluiu Kitão.

 

Imagem: Getty Images

Cientistas de São Paulo utilizam o Pequi como anti-inflamatório e protetor solar

Muitos cosméticos são produzidos a partir de matérias-primas naturais, que estão disponíveis a baixo custo e sem agredir o meio ambiente. E ainda ajudam a movimentar a economia e ajudar pequenos produtores.

É o caso do pequi, muito utilizado na culinária no cerrado brasileiro, principalmente em Goiás. Além da alimentação, o óleo de pequi, extraído da polpa e da amêndoa do fruto, já é utilizado na indústria farmacêutica e de cosméticos. Mas, o que sobra do pequi após esse processo, equivalente a 90% do fruto, geralmente é descartado, gerando um desperdício de centenas de toneladas por ano.

Isso, no entanto, pode mudar. Pesquisadores da unidade de Assis da Universidade Estadual Paulista (Unesp), encontraram uma forma criativa, sustentável e barata de aproveitar essa matéria-prima natural. Em estudos que começaram em 2016, os cientistas desenvolveram dois novos produtos a partir dos resíduos da fruta: um creme anti-inflamatório e um protetor solar com propriedades antioxidantes, capazes de retardar o envelhecimento da pele.

A professora da Unesp em Assis, Lucinéia dos Santos, cita as vantagens dessa descoberta e destaca benefícios que o aproveitamento das sobras do pequi vai proporcionar. Segundo ela, além dos benefícios no campo da cosmética, a economia social das famílias que dependem do fruto também pode melhorar com o aproveitamento desse material de forma sustentável.

Ainda segundo a pesquisadora, os produtos desenvolvidos com o resíduo do fruto apresentaram resultados promissores em testes farmacológicos. As novidades já foram patenteadas pela Agência Unesp de Inovação e aguardam aprovação da Anvisa para serem comercializadas.

 

*Agência Brasil

Imagem: Reprodução

Veja também:

Pesquisadores transformam casca de tamarindo em combustível para veículos

Pesquisadores da UFG descobrem planta com potencial anticâncer em Niquelândia

Em meio a uma pandemia, cheia de segredos e incertezas, ocorria uma pesquisa de campo no Legado Verdes do Cerrado, no início do mês de abril. O local é a única reserva particular de desenvolvimento sustentável da região Centro-Oeste. Durante a expedição, um vegetal saltou aos olhos do botânico Marcos José da Silva. A tal planta, após estudos, era uma espécie ainda não catalogada e com potencial fármaco.  

Depois das análises laboratoriais, que justificariam a suspeita categórica do pesquisador, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), batizaram a planta em homenagem a Niquelândia, município goiano onde foi encontrada. A então desconhecida, passou a se chamar Erythroxylum niquelandense e foi introduzida ao universo científico em artigo publicado no início do mês, no periódico Phytotaxa Magnolia Press.

A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) em parceria com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e a empresa Reservas Votorantim. A descoberta se deu em uma área da reserva conhecida como Capão do Bandeira, localizada no norte do estado de Goiás, em Niquelândia. O vegetal que foi encontrado estava sob solos argilosos ricos em serapilheira, que é uma camada de material orgânico ou em decomposição presente na superfície de florestas, próximo ao riacho local.

A planta chamou a atenção do professor por seu tamanho. Poucos minutos foram o suficiente para que ele exclamasse, sem hesitar, ao colega que o acompanhava: “Estamos diante de uma nova espécie de Erythroxylum!”. Ela é integrante de um gênero popularmente conhecido como pimentinha-do-mato. Entretanto, ao contrário de outras espécies Erythroxylum, o vegetal não passava de 1 metro e meio. O que intrigou o cientista, que pesquisa a vegetação há quase uma década, foram as folhas grandes e porte de subarbusto.

“É uma espécie de pequeno porte que tem aproximadamente de 70 centímetros até 1,20 metro, diferente da maioria das espécies do grupo, que são árvores”, explicou Silva à revista Galileu..

Outro diferencial atribuído à Erythroxylum niquelandense é que com ajuda de um estereomicroscópio deu para perceber o número elevado de inflorescências (10 a 15 flores) e frutos, estes redondos e avermelhados. Depois de revisar estudos sobre o gênero ao qual pertence o vegetal, pesquisadores do Departamento de Botânica da UFG confirmaram que o achado representava uma espécie ainda não catalogada.

Todavia, segundo o professor, a descoberta pode ir além da descrição de uma planta nova. Isso porque, lembra o cientista, espécies do gênero Erythroxylum costumam produzir substâncias com potencial terapêutico, especialmente no que diz respeito ao câncer. Esse é o caso da Erythroxylum campestre, outra planta do Cerrado cujas folhas, segundo estudo da UFG, podem levar à redução de células tumorais do sarcoma 180, ou “tumor de Crocker”, um tipo de rápida proliferação.

Em todo o mundo, existem cerca de 250 espécies do gênero Erythroxylum , estima-se que haja, só no Cerrado brasileiro, 130 delas. Predominantes nas Américas, essas plantas começaram a despertar maior interesse no século 19, quando foram descobertas as propriedades anestésicas da cocaína, substância presente nas folhas da Erythroxylum coca. No entanto, atualmente, Silva diz que o baixo número de estudos sobre a categoria evidencia que o gênero parece estar longe dos holofotes.

Segundo o botânico, a nova espécie descoberta pode ser a próxima do gênero a entrar para o grupo de plantas com propriedades medicinais contra o câncer, mas experimentos em laboratório são necessários para elucidar a possibilidade. “Como plantas que fazem parte de um mesmo grupo geralmente têm uma ancestralidade compartilhada, nós inferimos que ela também possa ser usada para a mesma finalidade”, explica o professor

Responder a essa incógnita, porém, não é o foco do projeto liderado por Silva. Em vigor desde 2009, a parceria público-privada entre FAPEG, CBA e Votorantim atende outro objetivo: vasculhar a biodiversidade do Cerrado. A partir de análises em campo, pesquisadores de diferentes universidades públicas se dividem para caracterizar não só as plantas, mas também anfíbios, algas, aves e insetos da reserva Legado Verdes do Cerrado.

 

Fonte: Revista Galileu

Fieg doa 100 cilindros de oxigênio para hospitais de Goiás

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do Senai, mobilizou indústrias goianas e conseguiu reunir 100 cilindros de oxigênio, que serão entregues aos hospitais de campanha em regime de comodato. O objetivo é contribuir com a melhorar da logística de abastecimento do gás, no atendimento do pacientes com a Covid-19. Ação é resultado da campanha Respira Goiás, destinada a ampliar o número de cilindros de oxigênio nos hospitais goianos que atuam na linha de frente de combate ao coronavírus. 
 
As empresas interessadas ainda podem aderir à campanha da Fieg pelos números: 0800 642 1313 ou 4002-6213.
 
Foto ilustrativa: reprodução