Mulheres de Goiás que encantam no cenário musical

Goiás, notório berço da música sertaneja no Brasil, continua a revelar talentos que transcenderam as fronteiras estaduais e conquistaram renome nacional e internacional. No epicentro dessa rica tradição musical, as mulheres de Goiás se destacam como verdadeiras protagonistas, dotadas de vozes cativantes e talento extraordinário.

Goiás, cuja capital ostenta o título de capital nacional do sertanejo, é um celeiro de artistas que moldam os sons da música brasileira. Entretanto, o cenário musical goiano vai além do ritmo, revelando uma diversidade cultural que se reflete nos variados estilos musicais presentes na região.

Ao explorarmos as trajetórias das mulheres de Goiás na música, descobrimos narradoras habilidosas, capazes de expressar experiências, sentimentos e tradições por meio de suas interpretações singulares.

Essas artistas contribuem para a riqueza do panorama musical de Goiás, e também elevam o prestígio da música brasileira como um todo.

 

Então conheça mulheres de Goiás que encantam no cenário musical:

 

Marília Mendonça 

Mulheres de Goiás que encantam no cenário musical

Foto: reprodução/Instagram Oficial Marília Mendonça

Uma das vozes mais marcantes de Goiás e do Brasil não poderia deixar de estar no topo da lista. Uma pessoa que cativou o público com sua interpretação autêntica e emocional.

Seu estilo único transcende as fronteiras do sertanejo, destacando-se por sua versatilidade e habilidade de transitar por diferentes gêneros musicais.

Nascida em Cristianópolis, Goiás, Marília Dias Mendonça foi uma cantora, compositora e instrumentista goiana. Era reconhecida como líder do sertanejo por mulheres, e sua contribuição para o empoderamento feminino revolucionou o universo da música sertaneja entre 2010 e 2020.

Em novembro de 2021 a cantora veio a falecer vítima de uma queda de avião. Uma enorme perda!

Sua morte causou um grande impacto em rede nacional e internacional e vários artistas lamentaram a tragédia e prestaram suas homenagens como Maiara e Maraisa, Gal Costa, Gustavo Mioto, Anitta, Ivete Sangalo, Dulce María, Luísa Sonza, Roberta Miranda, entre vários outros.

Após sua morte, Mendonça se tornou a artista mais ouvida nos streamings globais, com 28,6 milhões de streams, e emplacou 74 de suas músicas no TOP200 do Spotify no Brasil.

Até dezembro de 2023, a música “Leão”, de Marília Mendonça foi uma das mais ouvidas do mundo.

Marília é uma das mulheres de Goiás  e brasileiras, mais famosas dos últimos tempos!

Wanessa Camargo

Mulheres de Goiás que encantam no cenário musical

Foto: reprodução/Youtube

Outra pérola musical de Goiás é Wanessa Camargo, filha de Zezé di Camargo e que recentemente participou do reality show Big Brother Brasil.

Wanessa foi expulsa do BBB, mas sua carreira começou muito antes disso….

Com influências que vão do sertanejo à música popular brasileira, ela conquistou não apenas os corações goianos, mas também do público nacional.

Nascida em Goiânia e filha do Zezé Di Camargo, Wanessa Godói Camargo é uma cantora, compositora, atriz e apresentadora brasileira que atingiu o estrelato no início da década de 2000.

A maior parte da carreira musical de Wanessa é fincada na música pop, além de passear também pelo sertanejo.

 

Lauana Prado

Mulheres de Goiás que encantam no cenário musical

Foto: Metrópoles

Não podemos deixar de mencionar Lauana Prado, uma talentosa cantora goiana e goianiense, que brilha nos palcos do Brasil. Sua habilidade única de mesclar tradição e inovação a tornou uma das artistas mais aclamadas da atualidade.

Lauana nasceu em Goiânia e cresceu no município de Araguaína, no Tocantins. Na época, começou a se apresentar em bares e fez seus primeiros shows.

Antes de se tornar uma intérprete conhecida, Lauana usou o nome artístico Mayara Prado e participou em programas de calouros, entre eles o The Voice Brasil, sendo semifinalista do time de Carlinhos Brown.

Também atuou como compositora, tendo músicas gravadas por artistas sertanejos como Roberta Miranda, Edson & Hudson e Rionegro & Solimões.

 

Day Camargo

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Filha de Camarguinho (da dupla Cleiton & Camargo) e sobrinha de Zezé di Camargo e Luciano, Day Camargo vem trilhando seu caminho na música e já colhe bons frutos.

A goiana compôs, em 2023, a lista das dez compositoras mais bem remuneradas da década.

Day faz parte de uma dupla sertaneja brasileira juntamente com Lara Menezes da Silva.

O primeiro álbum da dupla contou com participação especial das duplas Maiara & Maraisa e Munhoz & Mariano.

Day Limns 

Mulheres de Goiás que encantam no cenário musical

Foto: Lana Pinho

Day Limns nasceu e cresceu em Goiânia, mas se mudou para São Paulo com o objetivo de realizar o sonho de seguir carreira na música.

Em 2017, teve a oportunidade de participar da sexta edição do programa The Voice Brasil, onde chegou às finais pelo time do Lulu Santos, desde então, Day lançou vários hits.

Day também é coautora de Não perco meu tempo, single da cantora Anitta, e Complicado, sucesso da parceria entre Vitão e Anitta.

Ana Caetano

Mulheres de Goiás

Foto: Quem

Ana Clara Caetano é uma cantora, atriz, compositora e multi-instrumentista, integrante do duo musical Anavitória, com Vitória Falcão.

Ana nasceu em Goiânia, porém foi criada no Tocantins, onde conheceu Vitória, com quem posteriormente formaria uma dupla.

A cantora chegou a cursar medicina por dois anos no IMEPAC em Minas Gerais, mas acabou desistindo e mudou-se para São Paulo a fim de seguir carreira musical, oficializando o duo Anavitória criado em 2013.

Bia Torres 

Mulheres de Goiás

Foto: Pop Line

Cantora, compositora, atriz e bailarina, Ana Beatriz Ferreira Torres nasceu em Goiânia e ficou conhecida nacionalmente após participar da primeira edição do The Voice Kids Brasil, em 2016.

Em seguida, ingressou no grupo musical BFF Girls, ao lado de Laura Schadeck e Giulia Nassa. Como atriz, estreou no cinema em 2020 no filme “O Melhor Verão das Nossas Vidas”

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Impacto Além das Fronteiras

Essas mulheres de Goiás encantam não apenas o público local, mas suas músicas ecoam por todo o Brasil, disseminando a riqueza da cultura musical goiana.

Além de suas contribuições artísticas, muitas delas também se envolvem em iniciativas sociais e culturais, fortalecendo o papel da música como agente transformador na sociedade.

 

A Influência das Mulheres de Goiás na Música Brasileira

As mulheres goianas estão deixando uma marca indelével na música brasileira, refletindo a diversidade cultural e artística que caracteriza Goiás. Suas vozes e talentos transcendem fronteiras, conquistando admiradores por todo o país.

No texto, destacamos algumas dessas artistas extraordinárias, revelando como suas trajetórias e contribuições moldam o cenário musical nacional. Conheça as mulheres de Goiás que, com sua musicalidade autêntica, encantam e inspiram, reforçando o papel fundamental de Goiás na construção da identidade musical do Brasil.

Mulheres de Goiás: primeira deputada estadual lutou contra o machismo

Berenice Artiaga foi a primeira mulher goiana a se eleger deputada estadual, em 1950. Ela foi indicada, pelo PSB, para concorrer a eleição para substituir seu marido, que foi assassinado 20 dias antes das eleições.

E ainda foi reeleita quatro anos depois, deixando a Assembleia somente em 1958.

O pioneirismo de Berenice não foi fácil, pois na época, uma mulher na política era raro e mal visto pela maioria. Uma revolução para goianos e goianas, sem dúvidas.

Nascida em Santa Cruz, Goiás, a política residiu em Brasília e concluiu os estudos em Catalão, no Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus. Era professora e também funcionária pública.

Seu marido, Getulino Artiaga Lima, foi deputado estadual e seu filho, Índio do Brasil, foi prefeito nomeado de Goiânia.

Berenice foi uma mulher empoderada e de múltiplas funções. Chegou a ser nomeada tabeliã em Goiânia, por concurso, e exerceu o cargo de 1959 até 1962.

Ela era uma mulher ativa, que tinha uma liderança, e que buscou, através da sua determinação, que as mulheres pudessem ser enxergadas. A deputada se tornou um símbolo, e podemos comemorar hoje, no Brasil, as milhares de mulheres que ocupam cargos eletivos.

Berenice já faleceu, em 2012, aos 96 anos, mas seu nome é lembrado sempre. 

A Assembleia concede uma vez por ano a Comenda Berenice Artiaga, que é uma das mais disputadas no Estado. Essa medalha faz juz ao seu passado de lutas em prol de todo o povo goiano.

 

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Foto de Capa: ASCOM/Assembleia Legislativa de Goiás

Mulheres de Goiás: conheça a atriz goiana que é destaque nacional no cenário humorístico

Você sabia que a atriz Ingrid Guimarães é nascida em Goiânia? Sim… mais uma mulher, que é motivo de orgulho para goianienses e goianos.

Vamos contar um pouco sobre a vida e a carreira dessa personalidade tão querida pelo público. Ela é, literalmente, uma graça!

Ingrid da Silva Guimarães é uma atriz, humorista, autora e apresentadora brasileira. É considerada a atriz recordista de bilheteria no Brasil, com 21 milhões de espectadores dos seus filmes.

Nascida em Goiânia, aos 13 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a estudar teatro no Tablado. Fez também cursos com o diretor Antunes Filho em São Paulo. Sua primeira novela foi “Mulheres de Areia”, em 1993.

Um dos grandes sucessos da carreira de Ingrid Guimarães é a peça “Cócegas”, na qual contracena com a amiga e atriz Heloísa Périssé. Em 2011, a produção completou 10 anos em cartaz. Além disso, as duas estrelaram o programa “Sob Nova Direção”, exibido de 2004 a 2007, na Tv Globo, que encantou e alegrou os brasileiros em seus 124 episódios.

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Foto: Divulgação/TV Globo

Outra obra que marcou a trajetória de Ingrid foi a peça “Confissões de Adolescente”, que começou em 1992 e ficou em cartaz durante quatro anos. Com esse trabalho ela recebeu o Prêmio Cantão de Teatro Jovem de melhor atriz, em 1997. O sucesso foi tanto que, em 1992, virou um livro.

O papel da modelo Leandra Borges, criado para a peça “Cócegas”, fez tanto sucesso que, em 2008, a atriz ganhou espaço no “Fantástico” interpretando a personagem com o quadro “As Super Dicas de Moda de Leandra Borges”.

Na década de 2010, cerca de 21 milhões de pessoas viram algum filme da atriz nos cinemas. 

Em 2013, fez uma participação especial no filme de Paulo Gustavo, Minha Mãe é Uma Peça: O Filme, onde interpretou à arrogante Soraya, ao lado do grande amigo. Em 2022, também fez parte do documentário “Filho da Mãe”, em homenagem ao ator que morreu devido a complicações do COVID-19.

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Foto: Divulgação/TV Globo

Além de atriz, apresentadora e humorista, a goiana também é roteirista de filmes. Ingrid assinou os roteiros de Um Namorado para Minha Mulher (2016) e Fala Sério, Mãe! (2017).

Na vida pessoal ela é discreta! Em 2006 começou a namorar o artísta plástico Renê Machado, com quem passou a viver em união estável, embora não tenha se casado legalmente. Em 9 de setembro de 2009 nasceu sua filha, Clara, fruto do relacionamento.

 

Confira agora, todos os trabalhos de Ingrid…

 

Novela, séries e minisséries:

“Mulheres de Areia” (1993)

“Chico Total” (1996)

“Por Amor” (1997)

“Você Decide” (1999)

“Brava Gente” (2000)

“Sai de Baixo” (2001)

“Os Normais” (2001)

“Escolinha do Professor Raimundo” (2001/2008)

“Retrato Falado” (2002)

“Kubanacan” (2003)

“Zorra Total” (2003)

“Sob Nova Direção” (2004/2007)

“As Super Dicas de Moda de Leandra Borges” (2008)

“Casos e Acasos” (2008)

“Caras & Bocas” (2009)

“Batendo Ponto” (2010/2011)

“Macho Man” (2011)

“Sangue Bom” (2013)

 

Programa de televisão:

“Mulheres Possíveis” (2008)

 

Teatro:

“Jardim das Borboletas” (1987)

“Confissões de Adolescente” (1992 – 1996)

“O Diário de Anne Frank” (1995)

“Duas Mãos” (1997)

“Os Sete Gatinhos” (1998)

“Duas Mãos – A Espera” (2000)

“Laboratório de Humor” (2000)

“Cócegas” (2001)

“Cosquinha” (2002)

 

Cinema:

“Amar” (1997)

“Alô?!” (1998)

“Avassaladoras” (2002)

“Um Show de Verão” (2004)

“Depois Daquele Baile” (2005)

“Polaróides Urbanas” (2008)

“De Pernas Pro Ar” (2010)

“De Pernas Pro Ar 2” (2012)

“Totalmente Inocentes” (2012)

 

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Foto de Capa: extraída da rede social oficial da atriz citada na matéria

Mulheres de Goiás: uma goiana foi a primeira mulher a se tornar procuradora geral da república

Natural da cidade de Morrinho em Goiás, Raquel Elias Ferreira Dodge é uma jurista brasileira que integra o Ministério Público Federal desde 1987. 

Filha de Ivone Elias Cândido Ferreira e de José Rodrigues Ferreira, então advogado, pais de mais três filhos, outra mulher e dois homens. A família morava em frente ao Colégio Coronel Pedro Nunes, onde Raquel e seus irmãos iniciaram seus estudos, acompanhados pela tia materna, a professora Ivonete Elias Cândido.

Ainda durante a infância de Raquel, Rodrigues Ferreira foi aprovado em concurso público para juiz de direito e mudou-se com a família para Araguacema, atualmente no estado de Tocantins, depois para Formoso, Goiás, e, por fim, Brasília, na época em que entrou para o Ministério Público Federal. Já adolescente, Raquel começou a se preparar para também seguir carreira na área jurídica.

Em dezembro de 1992, casou-se com Bradley Dodge, cidadão americano residente no Brasil como professor da Escola das Nações, instituição de ensino para filhos de integrantes do corpo diplomático de Brasília. O encontro entre ambos aconteceu pois Raquel, que ansiava por cursar o mestrado na conceituada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, buscava um professor de língua inglesa. Ele lhe deu aulas com foco em termos jurídicos. Já casada e mãe de dois filhos, um casal, Dodge transferiu-se temporariamente para os Estados Unidos e obteve seu mestrado. Fernando e Sofia, seus filhos, atualmente residem nos Estados Unidos, onde são estudantes.

De 2017 a 2019 ela exerceu o cargo de procuradora-geral da República, como a primeira mulher a comandar a PGR. Na época, integrou o quarteto de mulheres que comanda as quatro altas instituições do sistema judiciário brasileiro: a ministra Carmem Lúcia, no Supremo Tribunal Federal, a ministra Laurita Vaz, presidindo o Superior Tribunal de Justiça, e a ministra Grace Mendonça à frente da Advocacia-Geral da União. 

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Divulgação: SECOM/PGR

Raquel é bacharel em direito pela Universidade de Brasília e mestre em direito pela Universidade de Harvard. 

No Ministério Público, integrou a 3.ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao consumidor e à ordem econômica, e o Conselho Superior do Ministério Público. Foi também Coordenadora da Câmara Criminal do Ministério Público Federal.

É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo terceiro biênio consecutivo, eleita pelo Colégio de Procuradores da República: 2011-2013, 2013-2015, 2016-2018.

Tem intensa atuação nas áreas criminal, defesa de direitos humanos, meio ambiente e patrimônio público, índios e minorias (demarcação de terras, resolução de conflitos, construção de escolas, saúde indígena), consumidor e ordem econômica e também eleitoral.

A goiana já se envolveu em polêmicas, na época do governo de Jair Bolsonaro, quando foi acusada de segurar as investigações contra o ex-presidente.

 

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Fotos: SECOM/MPF

 

Mulheres de Goiás: Marília Mendonça a goiana que virou rainha

Dia 05 de novembro de 2021, presenciamos um dos momentos mais tristes para a música sertaneja: a morte de Marília Mendonça, a eterna rainha da sofrência. A cantora, com apenas 26 anos de idade, sofreu um trágico acidente aéreo enquanto ia fazer um show em Caratinga, interior de Minas Gerais, e não resistiu aos ferimentos. A cantora goiana, apesar de muito nova, nos deixou uma história e colecionou milhares de fãs durante toda sua carreira no Brasil e no mundo inteiro.

Natural de Cristianópolis, no estado de Goiás, Marília Dias Mendonça era leonina e nasceu no dia 22 de julho de 1995. A cantora se tornou um fenômeno e, mesmo depois de sua partida, continua sendo uma das maiores artistas da música brasileira na atualidade.

Forte nome, se não o mais importante do feminejo, Marília, que era dona de carisma, voz, letras e presença de palco fascinantes, contribuiu muito para o mundo da música no gênero.

Antes de todo o sucesso da Rainha da Sofrência, ela compunha para outros cantores. Sempre à frente de seu tempo, com apenas 12 anos, Marília começou a se destacar com suas composições, como Minha Herança, com o cantor Frederico (40), dupla com Zé Neto (42).

Ainda jovem, a sertaneja compôs músicas que fizeram sucesso na voz de Cristiano Araujo (1986 – 2015), como É Com Ela Que Eu Estou, Até Você Voltar e Cuida Bem Dela, da dupla Henrique e Juliano, Muito Gelo, Pouco Whisky, conhecida na voz de Wesley Safadão (33), além de também ter feito canções para Jorge e Mateus, entre outros.

 

A cantora Marília Mendonça

Marília lançou como cantora em 2014, e com apenas 20 anos, em junho de 2015, divulgou seu primeiro single, Impasse, com a participação da dupla Henrique e Juliano, com quem também fechou parceria na faixa A Flor e o Beija-Flor.

A fama de Marília veio quando gravou seu primeiro DVD, que ganhou seu nome. Infiel, de 2016, estourou no país e foi o grande hit de sua jornada profissional, recebendo certificado de disco triplo diamante. A canção tornou-se a quinta mais executada nas rádios do Brasil. 

Com o segundo álbum, Realidade (2017), emplacou hit atrás de hit como Eu Sei De Cor, De Quem É A Culpa?, Amante Não Tem Lar, Saudade Do Meu Ex, e recebeu indicação ao Grammy Latino no ano.

Todos os Cantos é o terceiro álbum ao vivo de Marília Mendonça, lançado em 22 de fevereiro de 2019 pela gravadora Som Livre. No mesmo ano, a cantora foi contemplada com o Grammy Latino de melhor álbum de música sertaneja pelo projeto, com shows gravados nas capitais do Brasil. A primeira apresentação foi em 16 de agosto de 2018, em Belém, no Pará, e a última em Belo Horizonte, em outubro de 2019. A artista passou por 18 capitais e chegou a falar em entrevistas que pretendia concluir a turnê. Com o projeto, Marília ganhou um documentário no Globoplay.

Veja o primeiro episódio:

Mostrando seu dom para escrever sobre amor e sofrência e a sensibilidade da grande artista que era, Marília compôs uma canção sobre a história das garotas de programa, Troca de Calçada, que chegou no TOP 1 das músicas mais tocadas nas rádios do país. A música faz parte do EP Nosso Amor Envelheceu (2021), que também trouxe a faixa-título do disco, além de Deprê, Rosa Embriagada e Foi Por Conveniência.

Grandes amigas, Marília se reuniu com a dupla Maiara (34) e Maraisa (34) no Projeto Patroas. O trio fez sucesso com o álbum Patroas 35%, seu último lançamento.

Inovou no sertanejo transitando em outros gêneros e conquistou públicos de diferentes estilos musicais com feats como Some Que Ele Vem Atrás com Anitta (29), Leão, do álbum Zodíaco, do rapper Xamã (32), a canção Melhor Sozinha, com Luísa Sonza (24). Ela também fechou parceria com Léo Santana (33) em Apaixonadinha, o cantor Péricles (53) em Vai Por Mim, e com Ivete Sangalo (50) em Nosso Amor Venceu.

Em algumas canções, ela assinou como compositora e participou como intérprete: Não Me Testa (2017) com Preta Gil (47), Cuidando De Longe (2018) com Gal Costa (76), Um Brinde (2018) com Dennis DJ e a dupla Maiara e Maraisa, e Direção (2019) com DJ Kévin.

Após a morte da cantora, Nando Reis (59), ídolo dela, revelou que havia convidado a artista para gravar a música Sim.

 

Grandes conquistas de Marília

Marília Mendonça era tão gigante que fez até quem não era fã, ouvi-la, porque sempre esteve no topo dos rankings de sucessos do Brasil! Após sua morte, se tornou a artista mais ouvida nos streamings globais, com 28,6 milhões de reproduções e emplacou 74 de suas músicas no TOP200 do Spotify no Brasil.

 

Morte de Marília Mendonça

A morte de Marília Mendonça parou o país e impactou todos os brasileiros na tarde do dia 05 de novembro de 2021. Ela partiu aos 26 anos de idade, em acidente aéreo a caminho de um show na cidade de Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais. 

A cantora embarcou em um táxi-aéreo em Goiânia com destino a região do Vale do Rio Doce, no oeste do estado, onde faria uma apresentação. O bimotor atingiu um cabo de uma torre de distribuição de energia da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), faltando cerca de apenas 3 km para o pouso no aeroporto de Caratinga. 

Ela estava acompanhada de seu produtor Henrique Ribeiro, conhecido como Bahia, e de seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho. Todos foram vítimas do acidente fatal, incluindo o piloto e o co-piloto da aeronave. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião operava realizando voos desde o início do ano de 2021 com problemas no para-brisa, deixando o vidro embaçado e dificultando a visão em decolagens e pousos. 

Marília deixou muitas saudades em Goiás, no Brasil e em todo o mundo! 

 

Lançamentos Póstumos

Após sua morte, o perfil e a equipe da cantora postaram dois álbuns com o nome “Decretos Reais 1 e 2”. Os discos reúnem algumas gravações inéditas da Rainha da Sofrência interpretando de Leandro e Leonardo, a Roberto Carlos e também o grande sucesso “Leão”, em parceria com Xamã.

Assista ao vídeo da música Leão:

A música já reúne mais de 100 milhões de visualizações no Youtube.

 

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Fotos: extraídas das redes sociais oficiais da cantora citada na matéria

Mulheres de Goiás: conheça a história de Santa Dica

Essa é a história de mais uma mulher goiana incrível!

Num distrito de Pirenópolis, chamado Lagolândia, nascia em 1903 uma mulher que foi líder de um movimento político-social e religioso.

Tal movimento desagradou e chamou atenção de poderosos e poderosas da região.

Benedicta Cypriano Gomes ou Santa Dica, como era conhecida, se tornou curandeira e profetisa. Para a população local, as curas e profecias de Dica eram acreditados como verdadeiros milagres.

Santa

Santa

 

História de Santa Dica

Benedita Cipriano Gomes nasceu em 17 de janeiro de 1903 na Fazenda Mozondó a 40 km de Pirenópolis. Por volta de 7 anos de idade, Benedita, ou melhor Dica como era chamada, caiu enferma culminando com a perda total de seus sinais vitais. Durante o banho do defunto, notou os familiares que Dica suava frio e muito. Com receio de enterrá-la, mantiveram o velório e após três dias, Dica ressurgiu viva da morte eminente. A partir daqui, a jovem menina revolucionou a região onde morava.

A história da ressurreição espalhou-se de tal maneira que as pessoas diziam ser um milagre. Dezenas de pessoas começaram a migrar para a fazenda de Dica, pedindo benção e graças. Em pouco tempo, já mocinha, Dica comandava legiões de adoradores, que a obedeciam e possuíam uma fiel devoção. A fama foi tão grande, que em volta da sua casa formou-se um povoado.

Dica instituiu um sistema na região, com o uso comum do solo e aboliu o uso genérico do dinheiro. Ela pregava a igualdade e a distribuição de terras. A conhecida Santa Dica, fazia milagres e curas, em seu povoado ela fez um hospital e até uma escola. Para suas curas milagrosas recebia os espíritos do Dr. Fritz, da Princesa Silveira, de um Comandante e de alguns conhecidos que já morreram.

Santa

Com toda politica e estilo de vida, Santa Dica conseguiu reunir um exército de 1.500 homens e 4.000 eleitores. Toda sua influência incomodava os coronéis da região, pois Dica reproduzia a história de Canudos, já que recrutava os trabalhadores e tinha poder sobre a população.

A fama da curandeira espalhou-se, o que fazia atrair mais fiéis. Ao mesmo tempo, alguns jornais goianos começaram a denunciá-la, pedindo providências do governo para conter os fanáticos. Como Dica tinha uma vertente espiritual, a igreja local também contestava a tal Santa.

Santa

Chegou em um ponto em que as autoridades de Pirenópolis com a polícia municipal se declaram impotentes contra os chamados diqueiros. Assim, em 1925, o Governo Estadual mandou uma tropa para o povoado, a fim de prender Dica e massacrar a região. De acordo com as histórias que permeiam a cidade, naquele dia, as balas iam de encontro à Dica, enrolavam em seus cabelos, ou batiam em seu corpo, e caiam pelo chão, tanto que houve apenas três mortes.

Durante a rebelião, Dica ordenou a todos que atravessassem o rio do Peixe, que ela nomeou como Jordão, que passa por trás de sua casa, para fugir do massacre. Mas a curandeira, foi resgatada e acabou sendo presa. Dizem nas conversas orais que Santa Dica neste episódio amarrou uma sucuri no rio para que os soldados não pudessem atravessar. Até hoje a população do povoado acredita e não nada naquele local com medo da sucuri da Santa Dica.

A prisão de Dica não durou muito tempo. Pressionados pela população e sem provas, o governo acabou cedendo e liberou-a. A partir daí, Dica entrou na política, e ela estabeleceu em quem seus seguidores votavam. Além disso, ela formou um exército e foi patenteada a cabo do exército brasileiro. A Santa comandava tropa de 400 homens, que ficaram sendo conhecidos como “pés com palha e pés sem palha”, pelo motivo de que sendo a tropa integrada por analfabetos, eles confundiam esquerda com direita. Dica então usou a estratégia de amarrar um pedaço de palha em um dos pés para poder ensiná-los a marchar.

Santa

Em 1928, Dica casou com o jornalista carioca Mário Mendes, que foi eleito prefeito de Pirenópolis em 1934, e tiveram cinco filhos e adotaram mais dois. O exército dos “pés com palha e pés sem palha” participou da Revolução Constitucionalista de 1932 indo guerrear, com 150 homens, em São Paulo onde voltou sem nenhuma baixa, resultado atribuído aos milagres da santa.

Um episódio famoso foi quando seu exército precisava passar pela ponte de Jaraguá, em São Paulo. Esta estava minada e Dica mandou que um de seus soldados a atravessasse de olhos vendados. O soldado atravessou e nenhuma bomba explodiu. E assim foi com a tropa toda vendada, um a um atravessou a ponte.

Santa

Muitos milagres foram realizados por ela. Histórias populares contam que ela andava sobre as águas do Rio Jordão, faziam muitas curas milagrosas e sua tropa era protegida milagrosamente, tanto que quando as balas atingiam seus soldados esta caía no chão. Em um conversa com o advogado aposentado, Inácio Fernandes, ele informou que passou a adolescência na escola do povoado da Santa Dica e era íntimo da família.

No início da década de 60, Inácio e sua família se mudaram para uma fazenda próxima ao povoado da Santa, lá o rapaz se tornou amigo de Raquel, neta da Santa Dica. “A Santa Dica tratava todo mundo muito bem, as pessoas pediam conselhos a ela, ajuda e súplicas. Ela fazia uma romaria de bênçãos, com suas ervas, plantas. Ela até me batizou neste ritual, porque era muito próxima a minha mãe”, comentou o aposentado.

Ela possuía capacidades mediúnicas e passavam mensagens de pessoas que já morreram para os parentes. Na conversa, o aposentado até comentou que ela falava muito com seu falecido filho, Pedro, que foi morto em forma de vingança contra ela. Pedro era pai de Raquel, que possuía muita proximidade com o senhor Inácio. 

Inácio ainda explicou sobre o seu hospital, que possuía inúmeros pacientes e enfermos, todos tratados com o conhecimento medicinal de Santa Dica. “A Santa Dica tinha uma intuição muito forte. Certa vez, ela estava em um casamento com minha mãe e teve que ir embora, porque estava com um pressentimento ruim”, comentou o advogado. 

Santa Dica morreu em 9 de novembro de 1970 em Goiânia e foi sepultada, conforme seu desejo, debaixo de uma gameleira em frente a sua casa no povoado. Legiões de seguidores cortejaram e velaram durante três dias o corpo da Santa, demonstrando o amor e devoção cativados pela moça da Fazenda Mozondó, guerreira e santa. Por mais que sua história tenha ganhado grandes dimensões, em reportagens, livros e estudos, Santa Dica nunca foi reconhecida pelo Vaticano, apenas pela opinião popular. 

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O povoado hoje se chama Lagolândia e é um município de Pirenópolis, com algumas centenas de habitantes e algumas dezenas de casas, que rodeiam uma bela praça onde está enterrada a Santa Dica, que até hoje recebe homenagens e orações. Em sua antiga casa descendentes mantém um visitado altar dedicado a Santa e todo o povoado vive à sua memória.

 

 

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Fotos: Prefeitura de Pirenópolis

Mulheres de Goiás: entenda a importância de Cora Coralina

Cora Coralina foi uma poetisa brasileira de grande destaque na literatura brasileira e goiana. Seu legado representa a síntese entre a poesia e a cultura brasileira. O trabalho de Cora Coralina foi muito importante para a valorização da cultura nacional. Um orgulho goiano!

A poetisa nasceu em 1882, na cidade de Goiás. Seu nome completo era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mas ela foi mais conhecida pelo pseudônimo Cora Coralina.

A poesia dela mostrou a força da cultura brasileira e o encantamento do cotidiano. Seus poemas retratam a natureza, a vida e a cultura brasileira. Cora Coralina escreveu muitas obras, como Poesias, Livro de Sonetos, Livro de Poemas e Brasiliana.

Todas essas obras são marcadas por seu estilo único, que se destaca pela simplicidade e beleza poética. Cora Coralina também foi uma grande incentivadora da literatura brasileira e da cultura nacional. Ela também acreditava que a poesia era uma forma de expressar sentimentos e pensamentos.

O legado de Cora ainda é lembrado e admirado. 

Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando já tinha quase 76 anos de idade, apesar de escrever seus versos desde a adolescência.

Por incrível que pareça, ela era uma mulher simples, doceira de profissão, e mesmo tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Uma curiosidade é que ela cursou apenas até a terceira série do curso primário. E em 1922 foi convidada a participar da Semana de Arte Moderna, mas foi impedida por seu marido. Foi eleita com o “Prêmio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores, como intelectual do ano de 1983.

Em Goiás Velho, ou Cidade de Goiás, tem um museu na casa onde Cora Coralina nasceu e viveu. 

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Foto: Prefeitura da Cidade de Goiás

Além disso, perto da entrada, tem uma estátua homenagenado a poetisa goiana.

 

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Foto de capa: Luis Elias