Essa foi a polêmica causada pelo Papa Francisco na Indonésia

Recentemente, o Papa Francisco causou polêmica durante sua visita à Indonésia ao falar sobre a escolha de muitos casais de não terem filhos e optarem por adotar animais de estimação, como cães e gatos. Esse comentário gerou muitas discussões sobre o papel da família e as escolhas pessoais de cada um. Francisco, que lidera a Igreja Católica, acredita que o ideal é que os casais tenham filhos, seguindo uma visão tradicional sobre família e reprodução. Saiba mais a respeito desse assunto.

O que o Papa Francisco disse na Indonésia

Durante um discurso com o presidente da Indonésia, o Papa Francisco, de 87 anos, mencionou que o hábito dos indonésios de terem muitos filhos deveria servir como exemplo para o mundo. Ele comentou, de forma bem-humorada, que enquanto em alguns países as pessoas escolhem ter gatos ou cachorros em vez de filhos, na Indonésia é comum que as famílias tenham três, quatro ou até cinco crianças. Ele expressou que, na visão dele, essa preferência por pets no lugar de filhos não é o caminho certo.

Esse discurso chamou a atenção porque o Papa, que não tem filhos e vive dedicado à vida religiosa, criticou uma escolha que muitas pessoas consideram válida. Na opinião dele, a decisão de ter filhos é importante não só para a família, mas também para a sociedade como um todo, que enfrenta desafios como o envelhecimento da população e a queda na taxa de natalidade em vários países. Para o Papa, priorizar animais de estimação em vez de filhos contribui para um “inverno demográfico”, termo usado para descrever a baixa taxa de natalidade e o aumento do número de idosos, especialmente na Europa.

O contexto das declarações

As declarações do Papa não são novas e refletem uma preocupação que ele já demonstrou em outras ocasiões. Em maio, por exemplo, ele fez um pedido similar durante uma conversa com a primeira-ministra da Itália, enfatizando a importância de aumentar o número de nascimentos para combater a diminuição da população jovem. Para ele, é essencial que os casais considerem a possibilidade de ter mais filhos como uma forma de contribuir para o futuro do país e da sociedade em geral.

A visão do Papa é baseada na doutrina da Igreja Católica, que vê a família tradicional e a criação de filhos como parte fundamental do propósito da vida humana. No entanto, é importante lembrar que essa perspectiva pode não ressoar com todos, especialmente em um mundo onde as pessoas têm cada vez mais liberdade para fazer escolhas pessoais sobre como querem viver suas vidas. Fatores como a busca por carreiras, questões financeiras, preocupações ambientais e até o desejo por uma vida mais simples e focada em si mesmos levam muitos casais a escolherem não ter filhos, ou ter menos filhos do que o esperado por gerações passadas.

O que isso significa para as pessoas?

As falas do Papa geram debates importantes sobre como enxergamos a família e as escolhas individuais. Enquanto a Igreja Católica defende fortemente a importância de ter filhos, há muitas razões legítimas pelas quais as pessoas optam por não seguir esse caminho. Por exemplo, alguns casais podem sentir que não têm condições financeiras de criar um filho, outros preferem focar em suas carreiras, e há quem simplesmente não sinta o desejo de se tornar pai ou mãe.

Existe um crescente reconhecimento de que a decisão de ter ou não filhos deve ser respeitada como uma escolha pessoal, sem julgamentos. Para algumas pessoas, cuidar de um animal de estimação pode trazer a mesma sensação de realização e felicidade que criar um filho traria para outras.

Por fim, a polêmica levantada pelo Papa Francisco nos lembra que as expectativas sobre a vida familiar estão mudando. Embora a visão tradicional da Igreja continue a influenciar muitos, especialmente em países onde a religião tem um papel forte, é importante que cada um tenha o direito de escolher o que é melhor para si, sem pressão externa. Afinal, o importante é que cada pessoa se sinta feliz e realizada com suas próprias escolhas, sejam elas ter filhos, adotar pets, ou seguir qualquer outro caminho que faça sentido para suas vidas.

****Fonte: Globonews****

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O que significa Lava-Pés na Quinta-feira Santa?

O gesto do lava-pés na Quinta-feira Santa na tradição católica é profundamente simbólico, remontando ao próprio Jesus Cristo e sua demonstração de humildade diante de seus discípulos. A prática tem raízes históricas e culturais que se conectam com a hospitalidade da época e com os valores de serviço e humildade.

No relato bíblico, Jesus surpreendeu seus discípulos ao assumir o papel de um servo e lavar-lhes os pés durante a Última Ceia, um gesto que era reservado aos criados. Essa ação exemplar de humildade e serviço foi acompanhada de um convite para que os discípulos seguissem seu exemplo.

Ao longo da história da Igreja Católica, o ritual do lava-pés foi mantido como um símbolo de humildade e serviço cristão. Com o Papa Francisco, houve uma ampliação do significado desse gesto, realizando-o não apenas dentro dos limites da Basílica, mas também em lugares como prisões, incluindo uma variedade de participantes, como detentos, mulheres e crianças. Essa mudança reflete o compromisso do Papa Francisco com a inclusão e a valorização de todos os membros da comunidade.

Além disso, em 2016, o Papa Francisco esclareceu que os participantes do ritual não precisavam mais ser exclusivamente homens, permitindo que todos os membros da comunidade fossem considerados para esse momento significativo.

Essas adaptações e ampliações do ritual do lava-pés destacam a contínua relevância e poder simbólico desse gesto de humildade e serviço na tradição católica, convidando os fiéis a seguirem o exemplo de Jesus Cristo em seu compromisso com o amor, a compaixão e o serviço aos outros.

Papa Francisco beija pés apenas de mulheres pela primeira vez em rito anual de Páscoa

O Papa Francisco lavou os pés de 12 mulheres detidas em uma prisão de Roma, nesta quinta-feira (28), um rito que marca a quinta-feira que antecede a Páscoa.

O pontífice argentino visitou o presídio feminino de Rebibbia, na periferia de Roma, no meio da tarde. Essa é a primeira vez que ele faz o rito exclusivamente com mulheres. Sentado em uma cadeira de rodas, Jorge Bergoglio lavou , secou e beijou os pés de 12 mulheres. Algumas delas choraram.

O papa Francisco, que já visitava detentos em Buenos Aires, afirmou que a cerimônia do lava pés “é um gesto que nos chama a servir aos demais”.

Ele também celebrou uma missa no pátio do centro de detenção, onde estão presas cerca de 370 mulheres.

Refugiados, ex-mafiosos, doentes e marginalizados

Desde sua eleição, em 2013, o líder da Igreja Católica visitou em várias ocasiões presídios e centros de acolhida de refugiados, lavando os pés de ex-mafiosos, doentes ou marginalizados.

 

Fontes: Agência Brasil/ g1

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Papa Francisco autoriza bênção para casais do mesmo sexo

Em uma decisão histórica anunciada nesta segunda-feira (18), o Vaticano revelou que o Papa Francisco autorizou os padres a abençoar casais do mesmo sexo. A declaração, intitulada “Suplicantes de Confiança”, representa um marco significativo no posicionamento da igreja em relação às pessoas LGBTQIA+ e reconhece o desejo de muitos casais católicos do mesmo sexo pela presença divina em seus relacionamentos.

O documento, assinado pelo ex-prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, cardeal Víctor Manuel Fernández, esclarece a distinção entre bênçãos rituais e litúrgicas e as bênçãos espontâneas, esta última assemelhando-se a gestos de devoção popular. Agora, a igreja acolhe também aqueles que não seguem estritamente as normas da doutrina moral cristã, mas buscam a bênção divina.

Em outubro, a Congregação para a Doutrina da Fé já havia contemplado essa possibilidade, e o anúncio oficial agora estabelece as regras para abençoar casais do mesmo sexo e casais em situação irregular. É enfatizado que nenhum rito litúrgico ou bênção que possa ser confundido com o ritual do matrimônio será permitido. A doutrina tradicional da igreja continuará aplicada apenas aos casais heterossexuais.

O porta-voz da associação cristã LGBTQIA+ Caminhos da Esperança, Andrea Rubera, considera o documento como o primeiro passo para uma nova era. Ele lembra que essa evolução teve início em 2013, quando o papa declarou que não cabia a ele julgar os gays após sua viagem ao Rio de Janeiro. Em fevereiro passado, durante outra viagem, o Papa Francisco reiterou que as pessoas com tendências homossexuais são filhas de Deus e que Deus as ama.

As autoridades eclesiais responsáveis pelo documento afirmam que essas bênçãos devem ser estendidas a todos, sem exclusões/Foto: Reprodução Internet

O documento destaca diversas ocasiões e situações em que as pessoas podem solicitar essas bênçãos espontâneas, incluindo peregrinações, santuários e até mesmo encontros nas ruas com sacerdotes. As autoridades eclesiais responsáveis pelo documento afirmam que essas bênçãos devem ser estendidas a todos, sem exclusões.

Papa Francisco afirma que homossexualidade não é crime

O Papa Francisco disse, em entrevista recente à Associated Press , que ser homossexual não é um crime e classificou as leis que criminalizam a homossexualidade como “injustas”. “Ser homossexual não é crime, mas é pecado”, declarou o Pontífice que clamou, ainda, que os bispos ao redor do mundo recebam as pessoas LGBTQIA+. 

A chamada para os outros religiosos do alto escalação da Igreja Católica é decorrente do reconhecimento de que alguns bispos, em algumas partes do mundo, apoiam leis que criminalizam a homossexualidade e agem de forma preconceituosa contra a comunidade LGBTQIA+. Ele ainda disse que os atuais bispos precisam passar por um processo de mudança de forma a reconhecer a dignidade de todos. “Esses bispos devem ter um processo de conversão”, disse ele, acrescentando que devem aplicar “ternura, por favor, como Deus tem por cada um de nós”.

“Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”, disse Francisco.

Na conversa, Francisco lembrou que é preciso fazer a distinção entre pecado e crime, reforçando que “também é pecado faltar à caridade uns com os outros”, e reconheceu que os bispos apoiam as leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a população LGBTQIA+.

Segundo o argentino, este tipo de atitude, no entanto, está relacionada às origens culturais, o que faz com que os bispos precisem passar por um processo de mudança para reconhecer a dignidade de todos os cidadãos. “Estes bispos devem passar por um processo de conversão”, disse Jorge Bergoglio, acrescentando que os religiosos devem usar “ternura, por favor, como Deus tem por cada um de nós”.

De acordo com a publicação, pelo menos 67 países ou jurisdições em todo o mundo criminalizam a atividade sexual consensual entre pessoas do mesmo sexo. Destas, 11 podem ou impõem a pena de morte, conforme a The Human Dignity Trust, responsável por lutar contra esse tipo de legislação. Para o Papa, essas leis são “injustas” e, portanto, a Igreja pode e deve lutar para acabar com elas.

Papa Francisco diz para sogras terem ‘cuidado com a língua’

O Papa Francisco pediu nesta quarta-feira, 27 de abril,  que as sogras sejam mais bem tratadas. Na mesma declaração, o principal líder da Igreja Católica, acrescentou que, em contrapartida, elas devem ter  “cuidado com a língua”. A declaração foi dada na Cidade do Vaticano durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro.

 

O discurso do Papa tratava do restabelecimento dos laços entre diferentes gerações e também entre as sogras e os genros e noras e abordou uma polêmica histórica: a relação entre sogra e nora ou sogr e genros. “ Hoje a sogra é um personagem mítico. Não digo que pensamos nela como um diabo, mas sempre pensamos nela como uma figura ruim. Mas a sogra é a mãe do seu marido ou da sua esposa”, destacou o Papa dando a entender que é preciso mais respeito e acolhimento com as sogras. 

 

O Papa destacou ainda que a sogra é a avó dos netos e que a história de que  “quanto mais longe, melhor a sogra” è prejudicial a saúde física e mental das crianças. Ele destacou que o que deixa uma avó feliz é ver e estar perto dos netos, por isso a importância da harmônia e das boas relações familiares.

Em clima de brincadeira, Papa Francisco diz que Brasil não tem salvação: ‘Muita cachaça e pouca oração’

O Padre João Paulo Souto Victor, religioso da diocese de Campina Grande, protagonizou um momento engraçado com o Papa Francisco nesta quarta-feira (26). Em encontro com o pontífice, pe. João Paulo pediu uma bênção aos brasileiros. Em tom descontraído, o papa respondeu de maneira inesperada: “Vocês não têm salvação. Bebem muita cachaça e rezam pouco”. 

 

O momento foi registrado em vídeo e repercutiu fortemente na internet. O padre João Paulo se surpreendeu com a quantidade de mensagens que recebeu, e afirma que o encontro com o papa foi um sonho realizado. 

 

Fora de contexto, a fala poderia soar ofensiva, mas o padre brasileiro explica que o papa tem um afeto imenso pelo Brasil. “Ele sempre se dirige ao país com palavras positivas. A palavra do papa é sempre de ânimo e encorajamento”, diz o pe. João Paulo. No vídeo, é possível notar o tom bem humorado e simpático do pontífice. 

Em vigília de Páscoa, Papa Francisco afirma esperar por dias melhores pós-pandemia

Na última noite deste sábado (3), Papa Francisco realizou uma vigília no segundo altar da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Em comemoração a Páscoa, ele disse esperar que os tempos sombrios da pandemia terminem e que as pessoas possam redescobrir “a graça da vida cotidiana”.

Esta é a segunda Páscoa consecutiva em que todos os serviços papais têm a presença de aproximadamente 200 pessoas. O evento começou duas horas antes do costume, para que os católicos pudessem chegar em casa antes do toque de recolher, previsto às 22h.

“É sempre possível começar de novo, porque uma nova vida que Deus pode despertar em nós, apesar de todos os nossos fracassos. Nestes meses sombrios da pandemia, vamos o Senhor Ressuscitado enquanto nos convida a começar de novo e a nunca perder a esperança”, afirmou ele, que complementou, que o momento atual traz consigo a esperança de renovação em nível pessoal e global.

Assim como todo o restante da Itália, Roma está sob restrições e medidas preventivas durante o fim de semana da Páscoa. Atualmente, dez regiões do país estão classificadas como “zona vermelha”, enquanto o restante permanece em “zona laranja”. As viagens entre regiões estão proibidas e os estabelecimentos, como restaurantes e bares, estão funcionando apenas por delivery ou take-away (retirada pelo cliente).

No calendário litúrgico cristão, o domingo de Páscoa é considerado um dos dias mais importantes, no qual, o Papa entrega sua mensagem à cidade e ao mundo, em comemoração à ressurreição de Cristo.

 

Foto: Remo Cassili/Pool Photo AP

Papa Francisco tem encontro histórico com aiatolá Ali Al-Sistani

Sábado foi dia de reunião entre Papa Francisco e o principal líder xiita do Iraque o aiatolá Ali Al-Sistani marcando assim um encontro histórico, a visita aconteceu após o pontifice ter ido a cidade de Ur onde nasceu o profeta Abraão, considerado pai do judaísmo, cristianismo e islamismo.

O encontro entre os dois lideres aconteceu na cidade sagrada de Najaf no sul do Iraque, e foi a primeira vez em que um líder católico se econtra com um lider xiita sênior, a visita foi transmitida pela TV estatal Ekhbariya.

Sistani é considerado uma das personalidade mais importantes para o islamismo xiita no Iraque quanto fora do país, exercendo assim grande influência na política, e foram seus decretos que enviaram o povo do Iraque às urnas pela primeira vez em 2005, favoreceu também a reunião de centenas de milhares de homens na luta contra o Estado Islâmico em 2014 e que derrubou o governo iraqueiano sob pressão de manifestações em 2019.

Aos 90 anos, o líder xiita dificilmente faz reunião e recusou negociações com os atuais e ex-primeiros-ministros do Iraque, entretanto concordou em se encontrar com o pontífice desde que nenhuma autoridade do pais estivesse presente.

Aos 84 anos, o Papa Francisco deu início na sexta-feira dia 5 a sua viagem mais arriscada ao exterior, em que voo ao Iraque em meio à segurança mais rígida já vista para uma visita papal com o ituito de apelar ao povo e aos líderes locais para que acabem com os conflitos religiosos e fez apelo para que dessem uma chance aos pacificadores durante uma reunião de oficiais e diplomatas no palácio presidencial.

Papa

Papa Francisco participa de uma cerimônia no local de nascimento do profeta Abraão, em 6 de março de 2021 — Foto: Yara Nardi/Reuters
 

Ele também prestou homenagens às pessoas mortas em ataques por motivs religiosos, visitando a uma igreja de Bagdá onde homens islâmicos mataram aproximadamente 50 fieis no ano de 2010.

Durante a visita as ruínas de Ur, local de nascimento de Abraão o papa disse: “Esse lugar sagrado nos leva de volta às nossas origens”, “Deste lugar, onde a fé nasceu, da terra do nosso pai Abraão, nos permite afirmar que Deus é misericordioso e que a maior blasfêmia é profanar seu nome com ódio aos nossos irmãos e irmãs”, “A hostilidade, o extremismo e a violência não nascem de um coração religioso, [esses sentimentos] são a traição da religião. Nós, crentes, não podemos nos silenciar quando o terrorismo abusa da religião”, afirmou o Papa.

Vista

Vista do sítio arqueológico em Ur onde, acredita-se, nasceu o profeta Abraão, em 6 de março de 2021 — Foto: Thaier al-Sudani/Reuters

‘Invistam dinheiro de armas no combate à Covid-19 e garantam vacina para todos’, diz Papa Francisco

O papa Francisco exortou líderes mundiais, nesta quinta-feira (17), a transferirem recursos investidos em armamentos para enfrentar problemas como a pandemia de Covid-19 e fazer com que vacinas cheguem às nações pobres e mais vulneráveis. Em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, que é comemorado em 1º de janeiro, Francisco também repetiu um apelo pelo estabelecimento de um fundo global com dinheiro destinado a armas a ser usado para ajudar a erradicar a pobreza.

A mensagem anual, intitulada neste ano de “Uma Cultura de Cuidado como Caminho para a Paz”, costuma ser enviada a chefes de Estado, de governo, de organizações internacionais e de outras religiões.

“Quantos recursos são gastos em armamentos, especialmente armas nucleares, que poderiam ser usados para prioridades mais significativas, como garantir a segurança de indivíduos, a promoção da paz e do desenvolvimento humano integral, a luta contra a pobreza e a disponibilização de cuidados de saúde”, disse o papa.

“Problemas globais, como a pandemia de Covid-19 presente e a mudança climática, só tornaram estes desafios ainda mais evidentes”.

Sob o comando do papa Francisco, a Igreja Católica endureceu a postura contra as armas nucleares e pediu sua abolição total. Em 2017, ele disse que os países não deveriam armazená-las nem como elemento de dissuasão.

“Que decisão corajosa seria estabelecer um ‘Fundo Global’ com o dinheiro gasto em armas e outras despesas militares para eliminar permanentemente a fome e contribuir para o desenvolvimento dos países mais pobres”, disse.

Francisco, que criticou várias vezes o chamado “nacionalismo da vacina”, disse que as nações mais pobres não deveriam ser deixadas para trás na luta contra o coronavírus.

“Renovo meu apelo aos líderes políticos e ao setor privado para que não poupem esforços para garantir o acesso às vacinas contra Covid-19 e às tecnologias essenciais necessárias para se cuidar dos doentes, dos pobres e daqueles que são mais vulneráveis”, disse.

Ele homenageou os profissionais médicos e outros trabalhadores da linha de frente que arriscam a vida ajudando vítimas do coronavírus, especialmente aqueles que morrem fazendo-o.

“Diante da pandemia, percebemos que estamos no mesmo barco, todos nós frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos nós chamamos a remar juntos”.

 

Foto: Divulgação/Reuters

Papa Francisco envia carta à Fiocruz e diz que pandemia evidenciou o ‘vírus da indiferença’

Em carta enviada à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) nesta terça-feira (3), o papa Francisco elogiou a instituição por seu trabalho, saudou profissionais da saúde que trabalham na linha de frente contra a Covid-19 e disse que a pandemia “não excluiu ninguém no seu rastro de sofrimento”.

“Neste momento em que o Brasil, juntamente com o resto do mundo, enfrenta a pandemia da Covid-19, se faz ainda mais significativa a missão desta instituição e de cada profissional da saúde”, afirma.

“Penso que o esforço da Fiocruz, bem como de tantos outros centros de pesquisa no Brasil e de cada mulher e homem, investigador, médico ou enfermeiro, além de ser uma manifestação de zelo profissional, pode e deve ser vivido como uma expressão concreta de amor para o próximo”, segue.

A carta foi enviada em resposta a um pedido da instituição para que o pontífice compartilhasse uma mensagem no seminário “Fratelli Tutti: a mensagem social global do papa Francisco”, realizado nesta terça, do qual participaram o teólogo Leonardo Boff, o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, a pesquisadora emérita da Fiocruz Maria Cecilia Minayo e o professor emérito da instituição Paulo Marchiori Buss.

No documento, o papa Francisco citou sua encíclica, Fratelli Tutti (Todos Irmãos, em italiano), que versa sobre fraternidade e amizade, para reforçar seu pedido pela construção de uma “sociedade marcada pela inclusão”.

“[Esta pandemia] evidenciou ainda mais os efeitos nocivos de um outro tipo de vírus que há muito tempo assola a humanidade: o vírus da indiferença, que nasce do egoísmo e gera injustiça social”, diz.

A Fiocruz é a instituição que produzirá a vacina da Universidade de Oxford no Brasil, se ela for aprovada. Na segunda (2), a presidente da fundação, Nísia Trindade Lima, afirmou que as primeiras doses do imunizante contra a Covid-19 devem ser aplicadas no país até março de 2021.

 

Fonte: Folhapress

Assim como o Papa Francisco, Padre Fábio de Melo defende união civil entre homossexuais

Durante uma live, transmitida na noite de ontem (28), o Padre Fábio de Melo defendeu a união civil entre casais homossexuais. A declaração foi feita ao ser questionado sobre a posição do Papa Francisco, que recentemente também defendeu que homossexuais precisam ser protegidos por leis de união civil.

“Em 2013, eu dei uma entrevista e fui execrado pela ala mais conservadora da Igreja Católica. A união entre duas pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa, é uma questão civil. É um direito. Sempre considerei uma injustiça e não cabe a mim julgar, não cabe a mim impor regras religiosas ao outro. A questão é do Estado”, disse o religioso.

O Padre Fábio reforçou a opinião do Papa Francisco. O pontífice, por meio de um filme lançado recentemente, enfatizou que um casal LGBT, assim como qualquer outro, deve ter o direito de consolidar o matrimônio na esfera civil.

 

Foto: Reprodução/Instagram

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Papa Francisco defende união civil entre homossexuais

O Papa Francisco afirmou, em um filme que entra em cartaz nesta quarta-feira (21) na Itália, que os homossexuais precisam ser protegidos por leis de união civil. Foi a forma mais clara que Francisco já usou para falar de direitos dos LGBTIs.

“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, diz ele no documentário “Francesco”.

“O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”, ele afirmou.

Confira o anúncio do filme:

Francesco

O filme foi exibido no Festival de Roma nesta quarta-feira. No domingo (25), ele deverá passar nos EUA pela primeira vez durante o Savannah Film Festival.

O diretor Evgeny Afineevsky acabou as gravações em junho de 2020. O filme fala de temas como a pandemia, racismo e abuso sexual. Há temas geopolíticos também, como a guerra na Síria e na Ucrânia.

Segundo o jornal argentino “La Nación”, o filme mostra um italiano gay que vive em Roma. Ele tem três filhos, e relata que uma vez escreveu ao papa e pediu para enviar suas crianças à paróquia, mas que tinha receio de que as crianças fossem discriminadas.

O homem afirma que o Papa Francisco o incentivou a mandar os filhos à Igreja e nunca disse qual era a opinião dele sobre a família formada por pais gays e que, apesar de a doutrina não ter se alterado, a maneira de lidar com o tema mudou radicalmente.

Foto: Crédito/Christopher Furlong

Papa convoca cristãos para oração mundial nesta sexta e anuncia benção especial

O papa Francisco disse nesse domingo (22) que fará nesta semana a bênção extraordinária de “Urbi et Orbi”, normalmente concedida apenas no Natal e na Páscoa, e pediu que haja oração mundial em resposta à crise do coronavírus.

Ele fez o anúncio em sua oração semanal do Angelus, que vem conduzindo de dentro do Vaticano pela internet e pela televisão, em vez de fazê-la diante das multidões na Praça de São Pedro.

Sua decisão de abrir uma exceção e dar uma bênção especial “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo) reforça a gravidade da situação global, principalmente na Itália, que superou a China como o país mais atingido pelo surto do novo coronavírus.

O papa disse que na sexta-feira (27) à noite ele fará a bênção extraordinária diante de uma Praça de São Pedro vazia. O local, parte do Vaticano, foi fechado como parte de um bloqueio na Itália para tentar conter a propagação do vírus.

Os católicos que recebem a bênção, pessoalmente ou por meio das mídias, podem, sob certas condições, receber uma indulgência especial. Uma indulgência é a remissão da punição pelos pecados.

Em carta a Lula, Papa Francisco pede para ex-presidente ‘ter coragem e não desanimar’

Pelas redes sociais, o perfil oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compartilhou algumas cartas que foram trocadas entre ele e o Papa Francisco. 

No texto, que é uma resposta a uma carta enviada por Lula, o pontífice lamenta as perdas familiares do ex-presidente, citando Dona Marisa, o irmão do político, Genivaldo Inácio da Silva, e o neto de 7 anos, Arthur Araújo Lula da Silva. Na carta, o Papa Francisco também pede coragem para o petista ‘não desanimar’.

Em uma das cartas, Lula diz que está há mais de um ano preso na sede da Polícia Federal em Curitiba e agradece o apoio que o Papa “vem demonstrado ao povo brasileiro, pela justiça e pela defesa dos pobres”. “Tenho a consciência de que só estou preso porque os poderosos querem destruir toda a rede de proteção e cuidado que construímos para os excluídos, para que os bancos e poderosos tenham ainda mais lucros e acúmulos de riquezas”, escreveu o petista para o Papa.

Em resposta a Lula, Papa faz ainda considerações religiosas e acredita que “o bem vencerá o mal”. “Graças a Ele, podemos passar da escuridão para a Luz; das escravidões deste mundo para a liberdade da Terra prometida; do pecado que nos separa de Deus e dos irmãos para a amizade que nos une a Ele; da incredulidade e do desespero para a alegria serena e profunda de quem acredita que, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação”.

 

Papa Francisco reconhece segundo milagre da baiana Irmã Dulce e ela se tornará Santa

Conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, Irmã Dulce (1914-1992) teve um segundo milagre reconhecido pelo Vaticano, por meio de um decreto, e será proclamada Santa. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo site “Vatican News”, canal oficial de comunicação da Santa Sé.

“Com o Decreto autorizado pelo Santo Padre reconhecendo o milagre atribuído à intercessão de Irmã Dulce, a Beata será proximamente proclamada Santa em solene celebração de canonizações”, de acordo com o portal de notícias.

Três graças alcançadas por devotos, após orações a Irmã Dulce, estavam sendo analisadas pelo Vaticano, com vista no processo de canonização da religiosa. Esses três casos foram enviados ao Vaticano pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em 2014, após análise de profissionais da própria instituição. O segundo milagre que foi reconhecido agora, no entanto, ainda não foi divulgado.

Entre outros decretos, destaque também para o que reconhece as virtudes heróicas do Servo de Deus Salvador Pinzetta, Frade Menor Capuchinho nascido em Casca, no Rio Grande do Sul, em 1911, e falecido Flores da Cunha (RS) em 1972.

Irmã Dulce

Irmã brasileira, Beata Dulce Lopes Pontes, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, nasceu em São Salvador da Bahia em 26 de maio de 1914 e faleceu em 22 de maio de 1992.

“O Anjo bom da Bahia” é recordada por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados. Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011 e com este decreto será proclamada Santa “proximamente em solene celebração de canonizações”, segundo o Vaticano.