Revelamos detalhes secretos da gigante elétrica que moldou o norte do Brasil
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, é um marco da engenharia brasileira. Com impactos econômicos significativos, também levanta debates ambientais profundos
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, é uma gigante elétrica, localizada no Rio Tocantins, no estado do Pará, é um marco da engenharia brasileira e uma das maiores usinas hidroelétricas do mundo. Com uma capacidade instalada de 8.370 MW, é a segunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, ficando apenas atrás da usina de Belo Monte.
Construção e Expansão
A construção da usina começou em 24 de novembro de 1974 e foi inaugurada em 22 de novembro de 1984 pelo presidente João Figueiredo com capacidade de 4.000 MW. Posteriormente, em meados de 2010, a capacidade foi ampliada para 8.370 MW. A barragem de Tucuruí, de terra, tem 11 km de comprimento e 78 m de altura. O desnível da água varia com a estação entre 58 e 72 m.
Sistema de Transposição
A usina introduziu um sistema de transposição de barragem por meio de duas eclusas, inauguradas em 2010. Uma eclusa e um canal de 5,5 km possibilitam a navegação fluvial entre Belém e Santa Isabel1.
Impacto Econômico
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí teve um impacto econômico significativo na região. A cidade de Tucuruí, que leva o mesmo nome da usina, se beneficiou principalmente dos royalties pagos pela produção de energia elétrica e pela área inundada pela barragem. Isso posicionou Tucuruí como a segunda cidade com o maior orçamento no Pará, atrás apenas de Belém.Além disso, a usina contribuiu para o desenvolvimento de infraestrutura urbana e a geração de resíduos sólidos urbanos na cidade de Tucuruí está projetada para aumentar de 37,671.51 toneladas/ano em 2023 para 41,519.72 toneladas/ano em 2043, representando um aumento de 29,26% ao longo do período de 20 anos.
Debates ambientais e econômicos
A construção e operação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí geraram debates ambientais e econômicos profundos. A instalação de um complexo de energia hidroelétrica em lugares como a Amazônia provou causar mudanças na cobertura da terra e alterar a dinâmica da população local. Questões como migração e expansão da cidade podem causar impactos econômicos, sociais e culturais localmente, enquanto os benefícios são vistos em outras regiões.Em resumo, a Usina Hidrelétrica de Tucuruí é um exemplo impressionante de engenharia e desenvolvimento econômico, mas também destaca a necessidade de considerar cuidadosamente os impactos ambientais e sociais de tais projetos.
O impacto econômico da usina é significativo. Tucuruí contribuiu para o progresso de urbanização e infraestrutura da cidade com o mesmo nome, principalmente através dos royalties pagos pela produção de energia elétrica e pela área inundada pela barragem. Isso posicionou Tucuruí como a segunda cidade com o maior orçamento no Pará, atrás apenas de Belém.
Entretanto, os impactos sociais e ambientais da construção da usina foram vastos e controversos. A criação de um reservatório que inundou 280.000 hectares de floresta tropical intocada desencadeou mudanças drásticas na ecologia do rio, afetando severamente a biodiversidade e as populações de peixes. Além disso, cerca de 30 mil cidadãos foram realocados, incluindo várias comunidades indígenas, sem a devida consideração pelos impactos ambientais antes da exigência legal de estudos de impacto.
A dependência do Brasil pela energia hidrelétrica, especialmente evidente com projetos como Tucuruí, representa riscos significativos devido às mudanças climáticas. No entanto, o avanço das energias renováveis, como solar e eólica, oferece uma perspectiva otimista para a diversificação das fontes de energia do país.
Além disso, os desafios de implementação do sistema de transposição para manter a navegabilidade do rio Tocantins exemplificam as complexidades técnicas e econômicas associadas à hidrelétrica. A inauguração das eclusas, um dos maiores conjuntos do tipo no mundo, marcou um avanço importante, mas as operações estão atualmente paralisadas, ilustrando os contínuos desafios operacionais e de manutenção.
Em resumo, enquanto a Usina Hidrelétrica de Tucuruí é uma peça central na infraestrutura energética do Brasil e trouxe benefícios econômicos tangíveis para a região, seus impactos ambientais e sociais destacam a necessidade crítica de buscar alternativas energéticas mais sustentáveis e inclusivas. A história de Tucuruí serve como um lembrete poderoso dos trade-offs enfrentados no desenvolvimento de grandes projetos de infraestrutura em ambientes sensíveis como a Amazônia
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