Consumo de alimentos ultraprocessados pode causar depressão, revela pesquisa

Segundo os cientistas, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode levar a depressão. Saiba mais a respeito.

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Por rodrigosouza
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Foto: Reprodução/ mundoboaforma

Você já parou para pensar como a comida que você consome pode afetar seu humor? Recentemente, um estudo da NutriNet Brasil cohort revelou que alimentos ultraprocessados podem estar ligados a sintomas de depressão. Esta pesquisa é importante porque nos mostra que o que comemos pode impactar não só nossa saúde física, mas também a mental. Fique conosco até o fim da leitura para entender mais sobre essa descoberta e como ela pode influenciar seu dia a dia.

Como os alimentos ultraprocessados afetam a saúde mental?

De acordo com o site Mundo Boa Forma, os pesquisadores acompanharam os hábitos alimentares de várias pessoas desde 2020. Eles descobriram que quem come muitos alimentos ultraprocessados tem 42% mais chances de desenvolver sintomas depressivos. André Werneck, um dos principais pesquisadores, estava estudando a relação entre exercícios físicos e saúde mental quando decidiu também investigar como a comida influencia nosso humor. O resultado? Evitar ao máximo os alimentos ultraprocessados.

Para realizar o estudo, a equipe analisou os dados de quase 16 mil adultos que não tinham depressão no início da pesquisa. Esses voluntários responderam a questionários a cada seis meses, informando sobre os alimentos que consumiram no dia anterior e seu estado de saúde. Isso ajudou os pesquisadores a entender melhor o papel dos ultraprocessados na dieta dos participantes.

O perigo dos alimentos ultraprocessados

Os ultraprocessados são alimentos que passam por muitos processos industriais e contêm muitos aditivos químicos, como sódio, gorduras ruins e açúcares. Eles geralmente têm pouco ou nenhum valor nutricional. No Brasil, esses alimentos representam cerca de 20% da energia que consumimos diariamente, mas essa porcentagem pode chegar a quase 40% em algumas pessoas.

Por outro lado, aqueles que têm uma alimentação mais saudável, com frutas, verduras e vegetais, consomem bem menos ultraprocessados, cerca de 7%. Mesmo quando as pessoas que comem muitos desses alimentos também consomem frutas e verduras, os sintomas depressivos ainda são mais comuns. Isso sugere que os aditivos químicos podem alterar a microbiota intestinal, o que afeta a absorção de nutrientes e pode contribuir para a depressão.

O que os estudos mostram?

Para fortalecer essa tese, uma equipe de cientistas da USP fez uma meta-análise, juntando dados de outros cinco estudos feitos na Europa e nos Estados Unidos. Esses estudos confirmaram que o risco de desenvolver sintomas depressivos é 32% maior em pessoas que consomem muitos ultraprocessados.

André Werneck acredita que esses resultados são importantes para conscientizar a população e ajudar na criação de políticas públicas que promovam uma alimentação mais saudável. Ele espera que, no futuro, essas informações possam levar a campanhas educativas que ensinem as pessoas a fazer escolhas alimentares melhores para a saúde mental e física.

Esse importante estudo nos mostra que devemos prestar mais atenção ao que comemos no dia a dia. Alimentos ultraprocessados não são apenas ruins para o corpo, mas também para a mente. Fazer escolhas alimentares mais saudáveis pode ajudar a prevenir a depressão e melhorar nossa qualidade de vida. Então, na próxima vez que for ao supermercado, pense duas vezes antes de encher o carrinho com ultraprocessados. Sua saúde mental agradece.

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