Setor Marista e Jardim Goiás tem os aluguéis mais caros de Goiânia

No Setor Marista, o preço médio do aluguel por metro quadrado atingiu R$ 55,50, enquanto no Jardim Goiás, esse valor foi de R$ 51,10

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
Setor Marista é o setor mais valorizado de Goiânia e por isso tem os maiores aluguéis
Setor Marista é o setor mais valorizado de Goiânia e por isso tem os maiores aluguéis

Em 2023, Goiânia experimentou um aumento substancial nos preços de aluguel, liderando o ranking nacional com um incremento de 37,28% nos valores. Este crescimento foi notavelmente superior à média nacional de 16,16% e ultrapassou significativamente a inflação do país, que foi de 4,62% no mesmo período. Atrás de Goiânia no ranking geral das cidades avaliadas estavam Florianópolis, Fortaleza, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Entre os bairros de Goiânia, destacam-se o Setor Marista e o Jardim Goiás, que apresentaram os aluguéis mais caros da cidade. No Setor Marista, o preço médio do aluguel por metro quadrado atingiu R$ 55,50, enquanto no Jardim Goiás, esse valor foi de R$ 51,10. Estes preços são substancialmente mais altos do que a média da cidade, que ficou em R$ 36,07 por metro quadrado.

Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, observa que, apesar desses aumentos, Goiânia ainda mantém “um preço do metro quadrado baixo quando comparado com outras cidades”, indicando um espaço para crescimento no setor imobiliário. Ele explica que o aumento no preço dos insumos da construção civil para novos empreendimentos, uma vez concluídos, repercute na locação de imóveis. “Goiânia possui atualmente um grande número de lançamentos imobiliários, elevando o valor do metro quadrado para venda, o que também afeta os aluguéis”, destaca Amaral.

O levantamento realizado pelo FipeZap, que mede o preço dos imóveis usados, evidencia que dois fatores principais conduziram a esse aumento: o mercado imobiliário aquecido e o crescimento dos custos de construção pós-pandemia. “Com a valorização dos imóveis novos, os usados também acompanham essa tendência de alta”, acrescenta Amaral.

Além desses fatores, contribuem para o aumento dos aluguéis a alta demanda por novos imóveis, a multiplicidade de novos lançamentos imobiliários, a evolução do setor nos últimos anos, a recomposição de preços pós-pandemia, a variação dos indexadores de aluguel e a maior procura por imóveis bem localizados para locação.

Para 2024, a expectativa é de que essa tendência de aumento nos preços de locação continue, impulsionada por diversos lançamentos imobiliários, tanto residenciais quanto comerciais, e pela valorização de determinadas áreas da cidade.

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